capítulo 22

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POV. Laura

Acordei com o despertador, me chamando a realidade, essa que honestamente estava querendo fugir. Levantei fui até o banheiro, necessitava de uma ducha gelada, para amenizar o inchaço do meus olhos, pois nem sei em que momento adormeci, acompanhada pelo meu desespero.
Respirei fundo, ainda com a toalha no cabelo, amarrei com firmeza a cinta do roupão, passei pelo quarto de Sophia, que ainda estava dormindo, pois era cedo ainda, desci para fazer o café... Precisava me recompor, buscar energia pois já sabia que meu dia seria difícil.
Preparei uma caneca de café, subi até meu quarto, Lurdes não havia chegado ainda, pois acordei mais cedo do que de costume, não queria ser vista em estado tão deprimente, comecei a me arrumar, encarei o espelho, coragem Laura, só o que pude pensar.
Já arrumada, com uma roupa simples e confortável pois iria visitar a obra do seu Antunes com Justin, desci as escadas, dei um oi pra Lurdes e fui trabalhar, como o Marcelo mesmo disse, negócios são negócios .

Pov. Marcelo

Acordei com a sensação de vazio, como se eu estivesse saindo de um estado de letargia, um imenso vazio. Fui trazido a realidade pelo celular que vibrava intensamente ... 7h da manhã, o despertador me chamava para uma realidade, que não sei se estou pronto para encarar.
Respirei fundo, desliguei o mesmo e fui tomar uma ducha, pois meu corpo encontrava-se suado devido a intensidade do sonho que tive com Laura. Como se por mágica a ducha gelada, pudesse me tirar toda sensação que ainda emanava sob meu corpo.

Cheguei ao escritório às 8:30h, abri as persianas da minha sala, incrível que de todos os ângulos possíveis a visão deste prédio é única, o que me fez esquecer por alguns segundos, tudo que eu estava vivendo.
Sentei em frente a  minha mesa, tentando me ambientar, abri meu notebook e para extravasar tanta adrenalina comecei a trabalhar, se tem algo que me anestesia, esse algo é o trabalho.

Pov.Laura

Pontualmente 8h, peguei Justin na frente do prédio e fomos ver a obra combinada no dia anterior.

-Bom dia chefia! disse Justin animado.

-Bom dia! Que empolgação toda é essa?

-Ah! amo o que eu faço ,mas sinceramente não aguento ,mais aquela mesa de projeção. Ir na obra isso sim ...é ser raiz!

Não contive e caí na gargalhada. O que deixou Justin surpreso, pois a Laura de hoje não se dava a estes luxos em público.

- O que foi, nunca viu alguém rindo?! Falei balançando a cabeça.

- É bom saber que a chefia é como nós, simples mortais.

Chegamos no local e o mestre de obras me aguardava ansioso, pois estava tudo parado devido a essa modificação arquitetônica que mudava bruscamente toda estrutura, do pé direito da obra.
Analisamos, revisamos, fizemos novos cálculos e quase duas horas depois chegamos a um entendimento junto com o cliente,  que recentemente havia chegado.
Chegamos ao meio termo, que agradou em cheio ao cliente e não mexeu na estrutura o que nessa altura do campeonato era para lá de oportuno.

Chegamos na empresa, Justin, maravilhado com minha liderança, o que para mim era normal, apontar, identificar e resolver da melhor maneira possível qualquer imprevisto que possa ocorrer em uma obra, afinal decisões precisam ser tomadas a todo instante, mas quem nunca tinha visto na prática causa admiração.

- Chefia lacrou!falou Justin dando pulinhos ao meu lado.

-Lacramos Justin, lacramos.. tenha um bom dia!
Falei isso batendo em seu ombro e seguindo até o elevador no final do corredor.

-Bom dia para a senhorita também.

Balancei a cabeça ao ouvir, Justin gritando..
Perdida em meus pensamentos nem percebi que já tinha chegado até meu andar, a porta se abriu e me deparei com Savana, sorrindo já desejando bom dia, a cordialidade do povo canadense não cansa de me encantar.

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