Era final de tarde, estava cansado do meu primeiro dia de aula como professor substituto, agora poderia entender um pouco do porquê Severus reclama tanto.Meus níveis de paciência foram duramente testados pelo pessoal do primeiro até o terceiro ano em poções, onde mal sabiam como cortar algumas plantas fundamentais para o cozimento. Muitos, na realidade, nem sabiam qual era o sentido horário e anti-horário, era sempre perguntado "esquerda" ou "direita".
Mas tinha de ser calmo e, colocando um sorriso, ainda que meio malformado no rosto, fazia outro tipo de pergunta recreativa para responder a dela, " com qual mão você escreve? ", e era daí que eu obtinha suas respostas.
Colocava um pouco de culpa no mestre de poções? Também, porém vinha ao caso neste momento, onde, em meus pensamentos se concentravam apenas naquela bruxa de cabelos castanhos do sétimo ano.
Ela que, em muitas das vezes, no meio de uma explicação, me perdia lembrando naquele rosto envergonhado de quando me aproximei. Resultado, tive de também repetir a mesma coisa várias e várias vezes.
Era de rir pela minha situação, no meu primeiro dia como alguém responsável, me vejo levemente apaixonado por essa pessoa, na qual nem ao menos saia de minha cabeça. Sua inteligência me fazia me sentir atraído, sua magia é viciante, estar ao seu redor era uma das coisas mais confortáveis que já senti.
Meu padrinho havia me dito que isso aconteceu com meu pai em seu primeiro ano de Hogwarts, onde, ao olhar com minha mãe, já se apaixonou completamente por ela. Potter's sendo Potter's, apenas isso.
Após deixar numa estante, dentro do meu novo quarto, na Sala Precisa, meu novo teste com a nova receita da tentativa de resolver o problema da maldição cruciatos, saio do local com apenas um livro em mãos, apenas uma história para resolver e relaxar a mente. Nada melhor que Orgulho e Preconceito.
Uma das obras de época, sobre romance, mais famosas do mundo, escrita por uma das melhores autoras já nascidas, Jane Austen que, no século XIX, conseguiu publicar suas obras, mesmo que em anonimato, mostrando, de forma muito sarcástica, os defeitos da comunidade de seu período.
E, mesmo sendo um livro escrito há muitos anos, seus temas são modernos e inteligentíssimos. As escritas trouxas têm muito do que ensinar para os bruxos, ainda que não exista a magia para resolver uma parte de seus conflitos, eles ensinam muito mais do que isso.
Por isso, no momento, descendo as escadarias de Hogwarts, estou indo em direção a biblioteca lê-lo, talvez para conseguir entender um pouco dos meus pensamentos ou de meus sentimentos.
Poderia pegar o espelho-de-duas-faces e ligar para Moody ou Padfood para conversar com ele sobre a situação, mas não me parece o momento certo para isso. É apenas o primeiro dia, nada de muito exagerado pode ocorrer.
E, dessa vez, caminhando por aquela escola, não estava usando a capa ou o mapa, pois, de uma certa forma, queria ser visto hoje e gostaria de observar como os alunos reagiriam. Minha roupa não era a mesma que a de hoje de manhã, era toda preta e meus cabelos estavam meio molhados.
- Ele é tão elegante, bonito, sexy, inteligente. – Suspirava uma garota a outra enquanto passava por elas.
- Já reparou nas mãos dele? – Falou outra.
- Alguém já perguntou sobre a sexualidade dele? – Mesmo não tendo conseguido ouvir muito do que um jovem dizia sobre mim, ainda dava para entender.
Balanço um pouco a cabeça, mesmo errado, para alguém conhecido era acostumado a ser assediado por olhares ou falas do gênero, e esse era um dos pontos do porquê eu não gosto da minha fama.
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Professor Potter
FanfictionEm uma realidade em que o Lorde das Trevas foi, de fato, morto por Harry Potter na noite do Dia das Bruxas de 1981. O Garoto-Que-Sobreviveu foi morar com os amigos de seus pais, Sírius Black, Remus Lupin e Severus Snape, onde ambos os magos decidira...