O inverno havia passado, agora era primavera, meio de março. Aquela primeira entrevista com Skeeter que tinha feito no início do ano foi, por incrível que pareça, uma das coisas mais inteligentes que já fiz. A população bruxa havia se acalmado e não ficou mais desesperada por informações minhas.
Logo depois da entrevista, fui com a mente aberta até Gringotts ver os termos e saber sobre a minha herança. O doente das minhas contas e investimentos era supreendentemente gentil, me explicando o que não sabia e o que poderia realizar, mesmo que tivesse algumas ideias em mente.
Quando ele me mostrou a fortuna que tinha herdado, fiquei zonzo com tantas casas decimais tinham, não saberia dizer exatamente quantos galeões eram, já que o papel mudava a cada segundo, aumentando ou diminuindo a minha fortuna dependendo dos investimentos iam passando.
Soube também que era o único herdeiro de todo o sobrenome Potter, por isso essa quantidade de ouro que tinha. O doente me explicou que o ministério e uma grande parte dos bruxos, como agradecimento de ter matado o Lorde das Trevas, transferiram alguma quantia para a minha conta, a aumentando ainda mais.
Sírius e Severus me deixaram como seu herdeiro, porém dessa informação eu já sabia, só não fazia ideia o quanto isso somaria as minhas contas. Era estranho de se pensar que uma parte de todo o meu dinheiro ocorreu por causa de uma tragédia.
Já em Hogwarts, ainda que tinham alunos que me faziam algumas perguntas não respondidas na entrevista, não era mais nada de tão invasivo. Sem contar, que tinha cuidado do meu pânico e ansiedade em responder aqueles que me tocavam ou vinham em grupo.
Eu e Snape, durante esse período na escola, conseguimos produzir o total de três lotes de poções de cura da maldição cruciatos, descobrindo que elas são muito complicadas de serem feitas em grande escala, então tínhamos de ter paciência e muita, muita cautela. Na primeira tentativa de faze-la, acabamos por quase infestar a sala com um cheiro horrível e os caldeirões haviam derretido com a mistura, por isso tivemos que adaptar alguns objetos.
O diretor muito encarecidamente nos ofereceu uma sala nas masmorras específica para podermos realiza-la e, para a segurança, apenas nós sabíamos que ela existia e, sem contar, a senha para entrar na sala mudava toda semana.
Logo após a primeira venda, o lucro que tinha ganhado com a primeira dúzia de poções não achei que fosse o suficiente para a doação, então esperei o dinheiro da segunda dúzia e, só então, doei para as comunidades que necessitavam. Essa foi a última vez em que apareci na primeira página do Profeta até o momento, mas nada os impediu de fazerem algumas outras pequenas reportagens utilizando o meu nome.
Nesse meio tempo, enquanto eu e Severus produzíamos a cura nas masmorras, ele havia recebido algumas cartas de Celine Alban. Não li o que estava escrito nelas, entretanto, toda vez que ele as recebia, ficava corado e rapidamente tendia a responderde-las. Esperava que isso fosse algum indicativo de que eles estavam saindo juntos e, de coração, acreditava que eles pudessem dar certo, pois sabia o quanto o mestre de poções queria e precisava de alguém do meio amoroso ao seu lado. Eu tenho Hermione, Sírius tem Lupin e Severus... poderá ter Celine, se tudo ocorrer de boa forma.
Anotava todas as ocorrências dos últimos meses em um pergaminho, para não esquecer dos acontecimentos paralelos que aconteceram durante o meu tempo como professor substituto. Ainda que, quisesse uma imagem do momento, poderia colocar as minhas lembranças na penceira, a emoção sentida ou, pelo menos, a linha de raciocínio precisava ser imposta. Pelo menos era assim que eu me organizava.
- Eu odeio as provas da volta das férias, é muito conteúdo! – Entrou correndo Hermione em nosso quarto com vários livros em suas mãos.
Levo um susto, virando a minha cabeça em direção a garota e largando a pena na mesa. Ela parecia cansada e seus cabelos pareciam estar mais bagunçados que o comum, deveria ter voltado da biblioteca pelo seu estado de fadiga.
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Professor Potter
FanfictionEm uma realidade em que o Lorde das Trevas foi, de fato, morto por Harry Potter na noite do Dia das Bruxas de 1981. O Garoto-Que-Sobreviveu foi morar com os amigos de seus pais, Sírius Black, Remus Lupin e Severus Snape, onde ambos os magos decidira...