Professor Potter

Capacidade em poções

O jantar da noite anterior foi uma merda de tortura psicológica para mim.

Era de um fato que, apenas a olhar não seria o suficiente.

Tinha chego a essa conclusão após perceber que ela havia queimado um pouco a sua língua depois de colocar a comida, sem soprar, na boca e ninguém havia notado. E, quando saí do Salão Principal, havia sido rodeado de estudantes do terceiro ano da corvinal me perguntado sobre um exercício específico.

Resultado, tinha subido para o meu quarto sem perguntar a Hermione se ela estava bem e sem desejar boa noite.

Meu padrinho havia me ligado momentos após minha chegada ao dormitório e, a primeira coisa que ele fez foi gargalhar por minutos da minha cara, falando que tinha herdado aquilo de meu pai.

- Filhote, os Potter's amam apenas uma única vez, e sempre são aquelas que são dotadas por algum tipo de inteligência. – Ele comentava enquanto ficava sentado em seu sofá, tomando uma taça de vinho.

- Diz o bruxo que era apaixonado pelo seu melhor amigo desde o início da amizade. – Falava, já de pijama e me acomodado na cama, pelo espelho-de-dois-lados.

Conversar com o meu padrinho ontem tinha me relaxado, Sírius sempre foi alguém descontraído e de uma mente muito aberta. Não importava para ele se eu beijasse homens ou mulheres, se aquele bruxo me fizesse bem, era isso que importava para ele.

Havia me contado algumas histórias, mesmo que repetidas, sobre os meus pais e como James tinha demorado para conquistar minha mãe. A expressão usada foi "uma longa batalha para um cavaleiro com suas cantadas". Talvez nessa parte Padfoof estivesse meio bêbado por conta do vinho que estava tomando, mas ele ficava cada vez mais engraçado.

Me culpava muito levemente por achar divertido ver meu padrinho bêbado me contando histórias de sua infância, porém eram momentos marcantes demais para simplesmente acabarem tão rápido. Foi só quando Remus entrou no quarto, duas horas antes dele se transformar, que nos despedimos.

- Você sabia que Harry se apaixonou por uma gênia? – Dizia Sírius, beijando o cabelo meio loiro do namorado.

- Tenho certeza que ele ficará feliz em me contar outro dia, quando pudermos nos reunir. – Comentava se aconchegando no peito do conjugue.

- Temos que ir filhote, eu e o Lobisomem aqui temos uma longa noite pela frente.

Foi quando realmente tínhamos desligado a chamada. Não era desconhecido o fato de sempre ficar com o peito apertado toda a semana de lua cheia, Remus não merecia isso. Porém, Padfood, nunca aceitando apenas um sofrer com toda a situação, tinha influenciado todos os marotos a aprenderem a se tornarem animagos para ficar ao lado dele.

Um fator marcante aqui, é que até hoje, mesmo depois de todo esse tempo, Sírius, todos os meses, se transforma em um cachorro e fica junto de quem ama, enfrentando toda a situação juntos. Era mais fácil para eles agora, segundo Remus, mas, na época em que meus pais morram e da traição de Pedro, durante um pouco mais de um ano, aqueles dias eram realmente depressivos para ambos.

Por causa dessa pequena depressão, com toda a responsabilidade de ter que cuidar do filho de seus melhores amigos, eles acabaram por descobrir que ficar bêbado amenizava as dores no corpo do dia seguinte e, que durante a noite, era mais tranquila para o animal, que mal conseguia se ficar em pé dependendo da quantidade de álcool. Então Black fazia questão de comprar as melhores bebidas, para ficarem, como ele afirma, "chapados em nobres maneiras! ".

Esse, na realidade, foi um dos motivos para eu fabricar a minha primeira bebida alcoólica, e, quando ela deu certo, Sírius logo me incentivou a fabricar e a vende-la, mesmo com Severos o repreendendo um pouco por causa disso, em seguida ele percebeu que o líquido realmente era bom, e aceitou.