Hermione havia me convencido para pegar o Expresso de Hogwarts para voltar para casa no Natal. Não quis discutir com ela sobre o assunto, pois a garota passaria comigo essa época do ano em vez de com seus pais ou com a família Wesley, faria o que ela quisesse e de acordo com os termos dela.
Já estava anoitecendo quando notamos que o trem começou a desacelerar. Ficamos conversando a viajem inteira sobre diversos assuntos e mudamos várias vezes de posição. Convenhamos que os bancos não eram dos mais confortáveis e, por esse motivo, que ocasionou que cada um ficou deitado em cada assento.
- Acho que temos que levantar, ou ele vai sair conosco. – Fala Hermione se sentando, com os cabelos armados por conta da posição que estava anteriormente.
- Como se isso fosse um real problema. – Abro um sorriso malicioso em sua direção, permanecendo deitado no banco.
- Vamos lá Harry, ou você não quer que eu passe o Natal com a sua família? – Disse desamassando a roupa e passando a mão pelos seus fios castanhos.
E, quase pulando imediatamente do local onde estava e ficando em pé, me deparo com a garota rindo da minha rápida reação.
- Você gosta mesmo de brincar com a minha frequência cardíaca. – Dou um passo à frente e a puxo pela cintura. – Queria me matar logo agora, querida? – Suas bochechas tomam um tom avermelhado.
- Não sei, mas mexendo assim com o meu coração, quem sabe eu não te deixe vivo. – E ela se desfaz do agarro.
Era incrível esses tipos de diálogos que tínhamos as vezes, por algum motivo, eles nos conectavam ainda mais, ou pelo menos era isso que sentia a cada vez que a provocava de alguma maneira, e ela sempre respondia ao mesmo nível.
Esperamos que todos saíssem do trem para evitar qualquer multidão, contudo, assim que pisamos para fora veículo, uma infestação de repórteres e bruxos cercavam uma bolha de proteção mágica a fim de conseguir algo, nem que isso significasse sair de casa dois dias antes do feriado natalino.
Em seu meio se encontrava apenas Sírius, já que tanto Remus quanto Snape iam pela rede flu para a mansão. Segurei fortemente a delicada mão de Hermione e, tomando coragem a partir de tal ato, caminhamos em direção a padrinho que, mesmo com tudo ao seu redor, continuava sorrindo.
- Filhote! – Gritou o homem abrindo os braços e vindo em minha direção, me abraçando fortemente, o que me ocasionou em soltar a mão dela. – Hermione! – E o mesmo aconteceu. – Vamos, vamos, conversamos quando chegarmos em casa.
Não deu tempo de falar nada, quando notei que Padfoof ficou em nosso meio e colocou a mão em ambas as costas, os segundos tortuosos da aparatação vieram junto com a visão do lar em que morava.
Se tem uma coisa que é certa, você só sente falta de algo quando você o perde ou passa muito tempo longe. Nunca notei o quanto sentiria falta dessa casa, dessa mobília misturada com o novo e o velho, dos tons mais escuros que a casa apresentava, dos tapetes estranhos que padrinho comprava, até mesmo o cheiro parecia fazer falta.
Hogwarts era incrível e, com toda certeza, moraria facilmente em um local como aquele, mas ela era a minha segunda casa, não a primeira. Aqui sempre seria o ambiente familiar que me sentiria confortável, com todas as lembranças da minha infância e de meus estudos.
- Bem-vindos a Mansão Black. – Sírius parou em nossa frente, erguendo os braços como se fosse exibir o local. – Harry, bem-vindo de volta. Hermione, bem-vinda pela primeira vez. Filhote, peço que mostre a sua companheira a mansão e, logo em seguida, partiremos para a janta. - O bruxo sai do local, provavelmente indo em direção ao seu quarto.
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Professor Potter
Hayran KurguEm uma realidade em que o Lorde das Trevas foi, de fato, morto por Harry Potter na noite do Dia das Bruxas de 1981. O Garoto-Que-Sobreviveu foi morar com os amigos de seus pais, Sírius Black, Remus Lupin e Severus Snape, onde ambos os magos decidira...