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║Encontro║

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║Encontro║

"Na Jaemin"

Se apresentou para o beta com avental e um sorriso acolhedor. Kun, se tinha entendido direito o que Renjun tinha dito.

"É um prazer!" - o homem cumprimentou - "Qualquer amigo do Injun é mais que bem-vindo! Por favor, fiquem à vontade. Jun, escolhe uma mesa perto da janela, eu acabei de trocar as flores ali"

Jaemin se perguntou qual seria o cheiro do beta, com dificuldade de distinguir entre o leve perfume das tais flores, do café recém moído e do açúcar dos doces. Fosse qual fosse, tudo no pequeno estabelecimento agradava os sentidos do Na e ele se perguntou porque nunca tinha entrado ali antes.

De qualquer forma, reparou que Kun parecia estar feliz de vê-lo, mas lançava à Jeno olhares menos convidativos enquanto iam seguir Renjun até um lugar mais para dentro da cafeteira.

"Por favor, ignorem o meu primo sobre as flores, ele vai falar delas até amanhã se vocês elogiarem" - o ômega brincou quando se sentou.

Jeno escolheu ficar bem na frente do chinês e Jaemin parou um pouco para analisar a mesa de quatro lugares. Normalmente, iria rápido ficar grudado com o Lee. Normalmente. Mas o jeito que Jeno o tinha olhado a pouco no colégio (ele não precisa de você, Jaemin!) não tinha sido normal. Tinha sido agressivo, irritado.

Ficar pertinho de Renjun, contudo, não era sua primeira opção também, mas talvez fosse melhor tomar lugar ao seu lado e provavelmente deixar Kun feliz por não ter um beta e um alfa de frente para seu priminho. Se era ridículo? Talvez. Mas tinha certeza que era por isso que o dono da cafeteria tinha olhado de forma duvidosa e quase desgostosa para o Lee. Porque era um alfa querendo se aproximar. E isso por si só geralmente não vinha com as melhores das intenções.

Sua discussão interna deve ter durado menos de um segundo, porque sentou do lado do Huang antes mesmo que Jeno terminasse de rir da fala do menor e tentasse morder uma das flores.

"Nooo!" - O Na bateu na mão do alfa - "Deixa a flor em paz!"

O ômega riu de modo contido e tímido, escondendo o sorriso com uma das mãos e Jaemin ficou feliz que Jeno acabou sorrindo também.

"Ele tem mania de sair enfiando coisas na boca" - o beta disse sem pensar. Porque, se pensasse, teria percebido antes que aquela frase não parecia nada apropriada.

Arregalou os olhos, olhando primeiro para Jeno - que apenas deu uma daquelas risadas de fechar os olhos -, antes de virar rapidamente para o menor.

E aí aconteceu de novo.

Aquela... aquela coisa que o estava deixando pé atrás com o ômega. Jaemin viu - não tava doido, viu mesmo! - um minúsculo sorriso safado passar pelo rosto do chinês antes de este assumir uma expressão inocente e angelical, como se fosse tão puro que nem pudesse imaginar outro sentido para a frase.

"Quero dizer, ele já tentou comer confetti uma vez, e outra quis comer um chapéu" - se explicou, porque se ele suspeitava que renjun tinha entendido tudo errado, pelo menos ele estava se salvando de parecer um pervertido.

Ainda bem que Kun não viu, pensou. Ele tinha cara meiga de um pai protetor que colocaria pimenta na comida de Jaemin se soubesse que estava falando indecência para seu primo e ainda ia servir com um sorriso fofo no rosto.

"Se isso tudo é fome, vamos pedir então, antes que o Jeno tente comer os guardanapos" - Renjun brincou, numa risadinha pequena. Um som tão bonito que Jaemin quis morrer.

Pegaram os cardápios e o Na notou com alívio que, mesmo com a confusão de mais cedo e mesmo tendo se afastado de Jeno ao não sentar ao seu lado, a atmosfera entre os dois era calorosa de novo. Não mais aquele calor que dói e queima, mas aquele que parece um cobertor num dia chuvoso, aquecendo devagar o coração.

"Aqui" - o Huang o chamou com aquela voz de mel (que já teria derretido-o por si só) e pôs a mão em cima da sua (que aí terminou de derreter tudo de vez).

"Eles vendem comida também, pra gente almoçar, mas eu quis trazer você aqui por causa da sessão de cafés. Esses dois aqui são incríveis! Eu vou pedir um pra você" - o ômega falou, mas era difícil se concentrar.

Ao mesmo tempo que Jaemin tinha decorado cada palavra, fascinado com as feições dóceis do menor, seu cérebro parecia se concentrar no recado que as terminações nervosas de sua mão lhe mandavam: ele-tá-pegando-na-minha-mao. Certeza? Certeza.

A palma de Renjun era macia e suave, do jeitinho que parecia mesmo. A manchinha de nascença - sim, Jaemin já tinha reparado nela antes - apenas dava um aspecto mais suave na pele de porcelana.

"Calma, junnie!" - Jeno chamou. E o coração de Jaemin parou.

Será que eu tô com uma cara muito tosca? Ou tô vermelho?

Alfa vai entender tudo errado.

Jaemin ia surtar.

"Se você der café assim pra ele, ele vai me trocar pra almoçar só com você todo dia!"

Ah. Era uma piada. Ok. Agora Jaemin se sentia idiota.

Renjun deu de novo aquela pequena risada que te fazia querer abraçá-lo e nunca mais soltar.

"Não fica com ciúmes, eu deixo você vir com a gente se isso acontecer" - o ômega respondeu. Ou flertou. Jaemin não queria parecer doido, mas parecia mesmo, sério, de verdade, que estavam flertando.

Talvez ter deixado Haechan com Mark e vindo com esses dois tivesse sido uma má ideia.

Enquanto Jeno escolheu em dois minutos o que ia pedir, o Na não parava de olhar para o cardápio, escutando a voz do ômega lhe explicando quais eram os melhores pratos.

O jeito que eles passaram a conversar sobre a escola parecia tão natural. O jeito que Renjun se encaixou fácil nas bobeiras do Lee e nos gostos estranhos de Jaemin para a comida era tão natural. Mas o jeito que o Huang lhe tocava vez ou outra no meio de alguma história tinha um efeito grande demais.

E o jeito que Jeno olhava para ambos, do outro lado da mesa, estava lhe dando palpitação.

O jeito que Jaemin se sentia era assustador demais.



























Jaemin, em todo fim de capítulo: I hAvE a hEaDacHe kkkkkkk

I promise que chegando uns pontos de virada desse drama todo aí

Nosso ÔmegaOnde histórias criam vida. Descubra agora