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"Nana"

Escutou seu nome num sorriso – Jaemin estava sorrindo, e apenas o som da voz da Renjun já indicava que o ômega também estava.

Ômega tá no nosso ninho. – Seu lobo informou e, por uma vez na vida, não adicionou 'sexy' ao final da frase.

Como se tudo em si entendesse a seriedade do momento, a preciosidade, a reverência.

Foi desacelerando ao chegar na pequena clareira que já tinham marcado como deles antes mesmo do solstício começar. Desculpa Lua, mas é só pra garantir! 

Se ergueu em duas pernas, agradecendo ao seu lobo por ter levado-o até ali e tomando novamente a forma humana.

Ao chegar nela, viu Renjun em toda sua glória (ele estava nu? sim, mas não era esse o sentido da glória – a simples presença do garoto ali era uma honra, porque significava que era sério, era real.) 

O Huang carregava um sorriso de felicidade mal contida nos lábios, tinha estendido uma toalha no chão e– não. Deleta. Aquilo não era uma toalha. Não era um cobertor também, como Jaemin poderia ter pensado. 

"Isso é uma... pele?!" Foram as primeiras palavras (super românticas) que o beta dirigiu à Renjun naquele dia tão importante.

O menor riu alto, jogando a cabeça levemente para trás.

"É, Nana. Pela sua crise aquele dia no banco sobre não ter coragem de caçar alguma coisa eu percebi que não deve ser comum aqui, mas... Ah... Lá na China todo mundo passa por uma iniciação quando descobre seu lobo. E quando foi minha vez, como ômega, eu devia no máximo pegar um esquilo ou algo assim, sem ir longe e sem fazer muito esforço."

Jaemin estava dividido entre surpreso e completamente chocado.

"Mas?" Acabou erguendo uma sobrancelha, já conhecendo o Huang o suficiente para saber que ele nunca ia querer fazer "só" o que era esperado de um ômega. E existia um fascínio estranho nisso, um magnetismo que atraía o Na.

"Mas aí o Sicheng foi comigo. E aí, juntos, a gente passou o dia na floresta. E no final eu fiz esse tapete. Eu ia fazer um casaco, pra quem sabe dar pro meu futuro alfa, mas na época eu ainda achava que ia ser um casamento forçado, então..." 

"Então preferiu pisar nos costumes, ao invés de seguir eles? Literalmente?" Jaemin segurou um sorriso (tentou segurar, tentou. Falhou quando Renjun sorriu também).

"É mais ou menos exatamente isso." O ômega mordeu os lábios, como se não conseguisse controlar a alegria de poder dizer algo assim – completamente contra o que a sociedade esperava de si – e ser completamente aceito pelo beta.

Jaemin deu um passo à frente, sem suportar continuar longe do ômega mais um instante sequer. Estava quase explodindo de ansiedade para segurar a mão do ômega na sua, abraçá-lo e fazer o mesmo com Jeno.

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