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║Conquistas║

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║Conquistas║

"Jaemin-ah"

Jaemin não queria chorar de emoção (ao menos não sozinho, mas não tinha achado Haechan até então). Então o beta agradeceria se sua avó o deixasse manter a dignidade, mas é claro que a senhorinha tinha que estar entrando no seu quarto segurando uma caixinha que ele conhecia bem em suas mãos.

"Vovó..." Já disse suspirando, já disse sabendo que ia ficar (ainda mais) emotivo. Já disse soltando a prancheta que tinha em mãos e indo até a beira da cama se sentar com a mulher.

A senhora Na podia ser carrancuda, falante, intimidadora quando queria, mas também era uma das pessoas mais carinhosas, batalhadoras, gentis e cuidadosas que Jaemin conhecia. Naquele momento, como em muitos outros, ela transparecia amor. E naquele momento, como em muitos outros, Jaemin agradeceu à Lua pela dádiva de ter sido criado por ela e sua mãe, duas mulheres incríveis.

Jaemin sabia que o pequeno porta jóias que a avó tinha em mãos continha anéis. Anéis de companheirismo, anéis de casamento de várias gerações da família. Anéis que simbolizavam uniões respeitosas, felizes e duradouras. Sabia, porque sempre foi um romântico por natureza. Tinha feito sua mãe repetir incontáveis vezes como conheceu seu pai, encontrando conforto no fato de que ela tinha tido amor, mesmo que ele não estivesse mais presente.

A morte de seu pai nunca tinha sido o foco de sua vida. É claro que houveram muitos e muitos momentos em que se sentiu triste por não conseguir se identificar com todos os pequenos detalhes de relações entre pais e filhos, não conseguir sentir o que seus colegas sentiam ao ter o pai presente em eventos escolares onde recebia ingressos que sempre sobravam. Contudo, sua mãe e avó sempre falaram dele com afeto, sempre disseram o quanto ele teria adorado conhecer Jaemin, o quanto ele estaria orgulhoso. Sempre lhe deram atenção, sempre lhe ensinaram com base no amor, e não da dor. Sempre tentaram lhe mostrar que força era muito mais que a física.

E por isso, Jaemin era grato.

Quando a mulher pôs a caixa no colchão e estendeu a mão, o neto imediatamente pôs sua palma ali, para que ela pudesse segurá-la entre seus dedos calejados e cuidadosos.

"Você sabe que eu tô muito orgulhosa de você. E sua mãe também. E que independente de como for hoje, você é a maior alegria das nossas vidas." 

Jaemin já sorria delicadamente, algo frágil que podia soltar lágrimas a qualquer instante. Fez menção de responder, mas a avó prosseguiu:

"Um dia não define sua vida. E eu tô muito feliz de vocês terem seguido o caminho certo. Esse dia não te define, porque um pedido de companheirismo só deve vir depois de vocês já terem desenvolvido o companheirismo naturalmente. Um compromisso não é para ser feito como uma promessa de um momento só, ele é feito todos os dias. E eu quero que você sempre lembre disso."

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