Capítulo 14

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Como teríamos ainda duas horas para nos prepararmos, eu decidi tomar um banho. Não só porque eu estava a muito tempo sem um banho, mas também para ver se um pouco do cansaço ia embora. 

Taylor tinha deixado Olive em casa, então eu tentei fazer o máximo de silêncio para não acordá-la. Olive acorda com qualquer barulhinho, e quando ela sente saudade de mim, acorda até se sentir o meu cheiro.

Quando eu tentei pegar alguns biscoitos no armário para disfarçar a minha fome, Olive acordou e veio até mim. A peguei no colo e dei alguns beijnhos em seu rosto. 

- Oi meu amor...- falei com uma vozinha fina- Desculpa ter te acordado.- peguei o pacotinho de biscoitos no armário e fui andando até a sala- Eu preciso ir tá? Mas já já eu estou de volta.

Ouvi um latido em resposta. Peguei minhas chaves mais uma vez e o meu celular. Meu corpo implorava para que eu deitasse naquele sofá e simplesmente dormisse, mas o trabalho me chama.

Cheguei na delegacia e já recebi alguns olhares, me deixando constrangida. Pediram para que eu me arrumasse ao nível do Natural Science não foi? Então eu tentei me arrumar a esse nível, mas não tão arrumada para sete horas da manhã.

- Cacete Mads, você está maravilhosa!

- Obrigada Lili, mas não é para tanto. Eu estava cansada demais para me arrumar, mas me esforcei.

- Se você estava cansada para se arrumar e ficou assim, imagina quando está inspirada.

Revirei os olhos, rindo do comentário de Lili. Óbvio que eu tinha me esforçado um pouco, mas eu nunca diria isso a ninguém. Foi estranho. Eu estava me arrumando, mas aí eu imaginei estar ao lado de Vanessa, e como ela é muito bonita, eu ficaria simples perto dela, então me esforcei um pouco.

Eu escolhi um cropped e uma calça azul xadrez. Coloquei um salto preto para dar um charme e fiz um pequeno rabo de cavalo no topo da minha cabeça, deixando boa parte do meu cabelo solto. 

Fiquei descansando um pouco e esperando até que tudo estivesse pronto

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Fiquei descansando um pouco e esperando até que tudo estivesse pronto. Ouvi alguns murmúrios e todos olhando para apenas uma direção. Quando olhei para a entrada. vi Vanessa. Minha boca se abriu um pouco, vendo o quão diferente ela estava.

Vanessa usava um short jeans, blusa branca por e uma jaqueta jeans grande por cima. Um tênis branco e alguns acessórios. A jaqueta, quando fechada, cobria toda a roupa, deixando-a bem elegante. Ela estava com o mesmo penteado que eu, o que foi uma grande coincidência. Eu não consegui evitar meu olhar, mas disfarcei um pouco o meu espanto.

 Eu não consegui evitar meu olhar, mas disfarcei um pouco o meu espanto

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(imaginem que o cabelo de Vanessa estava sem as tranças kkkkkkkk)

Quando ela desviou seu olhar do celular e me encarou, eu desviei o meu e me concentrei em qualquer outro ponto do departamento. Vanessa não veio até mim dessa vez, ela sentou em frente a mesa de Camila e as duas começaram a conversar.

Depois de mais alguns longos minutos, Roberto apareceu e todos nos juntamos novamente, formando um circulo. Eu peguei a minha bolsa preta e me juntei a todos, parando ao lado de Lili.

- Pessoal, espero que todos estejam pronto, nossa missão começa agora. Já comuniquei a swat e eles estão a postos, todos bem disfarçados.- Roberto olhou para mim e para Vanessa- Vocês estão incríveis meninas, parabéns.- agradeci com a cabeça o elogio- Agora vamos todos, temos muito o que fazer!

Eu confesso que fiquei um pouco nervosa. Essa é a minha primeira missão infiltrada, então sempre dá aquela animação. Eu e Vanessa teríamos que ir em um carro separado, já que teríamos que parar na frente do museu. 

Vanessa abriu a porta e me deu passagem, agradeci com um sorriso curto. Assim que entramos no carro, tinha um homem de terno social no volante. Eu não o conhecia, com certeza era alguém da swat.

- Bom dia agentes.- ele nos cumprimentou- Eu não sei se passaram para vocês, mas eu vou entrar também. Eu vou ser o segurança de vocês, então como ele possivelmente irão fazer uma revista, apenas eu estarei com uma escuta e arma.

- Ok.- eu disse.

Ouvimos tudo atentamente. Ele parou de falar e começou a dirigir. Os outros carros, com os policiais, iam todos atrás, mas bem distantes. Íamos o caminho em silêncio, apenas ouvindo o que os outros policiais falavam pelo rádio.

O perfume de Vanessa estava tomando conta do quarto e das minhas narinas. É um perfume tão bom que me deixou entorpecida. Lembrei que o tal do justiceiro estava metido nisso, mas eu estava tão irritada na hora, que mal ouvi o que ela falava.

- O cara lá tirou a parte dele?- perguntei baixo, tomando cuidado para que o motorista não ouvisse.

- Tirou, ele me mandou uma foto.- ela confirmou, ainda olhando para a frente.

- Ok.

Essa foi a última coisa dita. Eu acho que Vanessa está chateada comigo e com razão. Eu fui superchata com ela, mas eu estava estressada e com dor. Eu sei que isso não é motivo, mas eu vou me desculpar com ela, só não agora.

Estávamos quase chegando do museu, faltava apenas um sinal e estaríamos na frente. O policial estava nos explicando como funcionaria as coisas, então eu estava ouvindo tudo.

- Peçam para que eu entre com vocês, apenas por segurança. Assim que entramos, eu mando o sinal para que eles entrem.

Nós duas assentimos. Quando paramos em frente ao museu, eu olhei para lá e passei tudo que tínhamos que fazer. O policial desligou o carro e abriu a porta de trás. Vanessa saiu primeiro e estendeu a mão para que eu saísse também. 

Segurei em sua mão e desci. Respirei fundo mais uma vez e me senti pronta para entrar. Reconheci um dos nossos carros na esquina, então fiquei mais aliviada. Senti Vanessa segurar a minha mão firme e entrelaçar nossos dedos. Eu fiquei em pânico, mas segurei também e apertei.

Subimos as escadas do museu e entramos. Um segurança que estava na entrada nos deu alguns crachás, que logo colocamos no peito. Andamos um pouco pelo lugar, ainda de mãos dadas. 

Eu fingia olhar alguns quadros. Eu achei alguns muito bonitos e reflexivos. Vanessa não dizia nada e eu também não. Vi o policial entrar também e ficar um pouco atrás de nós, sempre atento e entrando no papel de segurança.

Um homem estava nos olhando desde a hora que entramos. Ele nos olhava de uma porta grande de madeira no centro, com um olhar bem atento. Ele colocou a mão no ouvido, como se escutasse alguma coisa. Ele assentiu e veio até nós. Eu virei meu olhar e comecei a olhar o quadro a nossa frente, fingindo que não o vi.

- Bom dia senhoritas, procuram alguma coisa em especial?

Que o plano comece.

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