Capítulo 30

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Madelaine Petsch p.o.v

Eu já tentei fugir daqui de todas as formas possíveis. Meu pulso já está vermelho e machucado de tanto que eu puxei essa algema. Eu não sinto a minha perna esquerda por eu ainda estar presa e não ter como movimentá-las. 

Já devem ser umas cinco horas da manhã, uma pequena luz começa a tomar conta desse lugar onde estou. A água que Roberto deixou aqui já está menos da metade, por conta da fome eu tive que beber bastante água para ver se passava um pouco.

Ouvi um barulho e vi a mesma lanterna me deixar encandeada. Roberto voltou e parecia um pouco mais contente, mas o motivo eu ainda não sei. Ele trouxe uma sacola em mãos e o cheiro de donuts tomou conta dali, fazendo minha barriga roncar alto.

- Desculpe a demora, estávamos todos ocupados com um caso importante.- ele disse sorridente.

- Qual caso?

- O seu.- ele me encarou com um sorriso, um tanto psicopata por sinal- Acho que você é muito importante para eles, sentiram sua falta bem rápido.

- Eles já devem saber onde eu estou, Roberto, não são idiotas.- resmunguei, tentando convencê-lo- Você pode me soltar e eu vou embora, não digo nada a ninguém e fingimos que isso nunca aconteceu.

- Eles não sabem de nada, acredite.- Roberto sorriu, tirando um donut de dentro da caixa- Sua namorada ficou a par desse caso, mas são poucas provas.

- Você esqueceu das câmeras...

- Eu não sou um principiante, Madelaine, me poupe dos seus comentários. Eu pedi para um grande amigo meu, que não gosta muito de você, apagar as filmagens direto da fonte, assim eles não conseguiriam recuperar.

- Eu ainda não sei porque você está fazendo tudo isso.

- Porque você iria acabar com a minha vida se eu não fizesse.- ele veio até mim e me entregou dois donuts e outra garrafa de água cheia- Coma isso e tente poupar um pouco, eu vou demorar um pouco para voltar dessa vez.

- Roberto!- gritei antes que ele fosse embora- O que você vai fazer comigo? Se você acha que eu vou falar para alguém se você me soltar, o que vai fazer então?

- Hum...- ele pensou um pouco e me olhou novamente- Acho que eu vou ter que te matar.

Roberto disse isso com tanta frieza e olhando diretamente para mim, que eu nem o reconheci. Eu só esperei ele sair para atacar um dos donuts. Meu estômago agradeceu tanto por isso e eu também, pelo menos depois de alimentada eu vou poder pensar em como sair daqui mais rápido.

Vanessa Morgan p.o.v

Já amanheceu e nós nem saímos do lugar ainda. Os agentes contratados por Michele já chegaram e eles tinham a última localização de Madelaine antes do celular ser desligado. O lugar é um mercado pequeno, a uns dez minutos daqui, no caminho para sair de Houston. 

Já que Roberto teve que sair, eu me dispus a ir com eles até lá e procurar alguma pista. O lugar é bem parado, quase não passa carros ou tem pessoas por aqui e ainda são 6:00am da manhã. Entramos lá e procuramos pelo gerente. Uma moça que trabalha no local veio até nós com um objeto em mãos, embrulhado em um saco preto.

- Vocês são policiais?- ela me perguntou, já que eu era a única desocupada ali.

- Sim, somos do departamento 31.

- Olha, deixaram isso aqui ontem a noite, já era bem tarde.- ela me entregou o embrulho- Disseram que a polícia viria e que era para eu entregar a eles.

- Muito obrigada.- peguei o embrulho e falei com a moça- A senhora sabe quem deixou isso aqui? Nome, alguma característica do rosto...

- Foi um homem, mas ele entrou todo mascarado e ficamos com medo de que fosse um assalto, por isso não perguntamos mais nada e apenas obedecemos.

Departamento 31Onde histórias criam vida. Descubra agora