Entraram no mês de março, o mês da colação de grau das meninas. Na segunda semana, numa segunda feira, foi o grande dia, ambas estavam ansiosas e Jhenny já havia chorado todo seu estoque de lágrimas. A família inteira se fez presente para prestigiá-las, elas estavam explodindo de alegria, mas ver Cristopher triste num canto chamou a atenção.
- Cris? O que foi? – Jhenny se aproximou.
Ele estava chorando de cabeça baixa, já vestido com sua beca.
- Ninguém vem...
- Sua família você quer dizer?
Cristopher ergueu a cabeça para olhá-la.
- Meu namorado veio, está aí e mais ninguém! Sou uma pessoa tão ruim assim? - Cristopher voltou a abaixar a cabeça chorando. - Meu pai disse que não iria na formatura de um viadinho... E não veio mesmo!
Jhenny ouvia com uma grande dor coração, mas todas as opiniões que ela tinha iriam denegrir a imagem da família dele, então ela preferiu não falar.
- Vem cá, Cris! - Ela o puxou pelo braço, até um local de onde era possível ver os convidados. - Está vendo aquele pessoal todo ali? - Jhenny apontou para sua família. - Eles são sua família, eles vieram, e estão felizes por você!
Cristopher sorriu emocionado e a abraçou.
- Eu te amo tanto! Obrigado por existir na minha vida!
- Eu também te amo, todos nós te amamos, do jeitinho que você é! Daqui nós vamos para a nossa festa, vamos comemorar e eu não quero ver mais nenhuma lágrima de tristeza nesse rosto!
- Diva! Tem razão!
Os dois voltaram para terminar de se arrumar, Dani e Isabella também confortaram Cristopher ao saber o que estava acontecendo e aos poucos ele foi esquecendo, ou pelo menos fingiu.
Jhenny já carregava uma exuberante barriga de 7 meses, que ficou bem marcada por baixo da faixa verde que cercava sua cintura. Deu-se início a cerimônia e mais uma vez ela teve aquela sensação de volta ao passado, sorrindo sozinha ao se lembrar de tudo que tinha vivido até chegarem ali, e mais do que isso, imaginando como seria de agora em diante.
Durante a entrega dos canudos, cada formando foi chamado separadamente, todo aluno tinha uma espécie de torcida, um grupo de pessoas que gritavam e comemoravam sua conquista. Todos foram chamados por ordem alfabética, logo Cristopher foi antes das meninas, ele se levantou constrangido ao ouvir seu nome e imaginou que seria a única coisa que ouviria além do silêncio ou no máximo o aplausos de pessoas penalizadas, mas foi surpreendido quando a família de Jhenny e Cristiano ficou de pé para aclamá-lo, com gritos, aplausos e assovios.
- Lindooooo gostoso!!!! – Cristiano berrou.
- Razão do meu tesão!!!! – JP se juntou a ele.
Os meninos gritavam arrancando gargalhadas dos demais, Jhenny chorou emocionada ao ver a alegria no rosto do amigo.
- Cadê o striptease?? – Felipe gritou.
- Meu Deus, gente, parem! – Manuela os repreendeu sorrindo.
Os meninos começaram a gritar pedindo por striptease, os formandos amigos de Cristopher gargalhavam e faziam o mesmo.
- Meu Deus, agora vou ter que andar com o cinto na bolsa... – Carmen resmungou.
- Parou, parou, parou! – Aline interferiu. - Vamos manter a calma e dar continuidade pessoal, olha o respeito! - De repente ela se virou para os meninos na plateia. - Cristiano, Rafael e João Paulo, achei que já tinha me livrado de vocês!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O destino dita as regras IV - Amor eterno
RomanceO destino dita as regras IV - Amor eterno , é o quarto livro da série, O destino dita as regras. Não existem relacionamentos perfeitos, a perfeição consiste em aceitar as adversidades e entender que o amor verdadeiro tudo supera.