Capítulo 21

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Any Gabrielly

Noah está do meu lado, chorando sem parar e pedindo para que eu não dormisse na minha casa, falando que não conseguiria dormir sem mim.

- Mamãe - falou chorando mais - Não faz is-isso comigo - falou soluçando.

Bia nem ligava mais, só fazia um carinho na mão de Lucca para ele não acordar. Não vou dormir na minha casa, só queria mostrar para Noah que se ele desobedecesse, ele teria consequências.

- Ny - fez carinho no meu braço - Eu vou beber o lei-leite sem o choco-late - ele segurou meu rosto e tentou virar, mas não deixei, não queria que ele me visse chorando - Mamãe.

- Noah deixa a Any quieta  - Bia falou brava e impaciente - Deixa ela pensar garoto, para de ser chato - contínuo brava, Bia é extremamente impulsiva.

Senti Noah se arrumando do outro lado do carro, ainda escutava meu bebê chorando, que merda, eu não aguento escutar ele chorar.

- Desculpa meu amor, desculpa - puxei ele e abracei apertado - Desculpa - ele começou a chorar escandalosamente de novo - Shhhhhh - coloquei ele no meu colo como um bebê - Shhhhhh - sussurrei perto do seu ouvido - Perdoa a mamãe amor, a Ny só queria seu bem.

- Perdoa o No-Noah mamãe, per-perdoa - falou soluçando, limpei suas lágrimas, beijei sua testa - Shhhhh - ninei ele e peguei sua mamadeira que estava completa - Já passou, já passou  - levei o bico de borracha a sua boca e ele começou a sugar rápido.

- Dormi um pouquinho meu bebê, já passou - Noah sugava o leite com o achocolatado avidamente, as vezes ele abria a boca para conseguir respirar, seu nariz estava entupido.

Mesmo doente, Noah não poderia faltar no trabalho amanhã, nem mesmo eu, a empresa precisa dele, sem ele, aquilo alí vai por água abaixo.

- Dormiu?  - Bia perguntou, me olhando - Sim - falei olhando para meu bebê suspirando lentamente, tirei a mamadeira de sua boca e coloquei meu seio no lugar, ele sugava lentamente - Ainda bem, ele precisa descansar.

- Noah é muito chato quando cria afeto com alguém, e esse alguém é você - ela riu e eu riu junto - Mas ele já sofreu muito, ele precisa de carinho e atenção falou, e eu beijei a testa do meu bebê.

- Odeio aqueles idiotas que dizem ser pais dele - falei com nojo

- Sim - falou pensativa - Me lembro que em festas de família, Noah não podia brincar comigo e nem com os outros primos, e Regina forçava ele a sorrir a qualquer momento, mesmo com sono ou com cara de choro, o sorriso teria que manter até que todos embora embora - ela limpou uma lágrima que havia caído, já eu chorava intensamente.

- Vontade de colocar eles na cadeia para nunca mais sair de lá - falei rancorosa.

- Me lembro do dia que Noah correu ao meu encontro e me abraçou apertado - soluçou ao meio das lágrimas - Falava que queria minha ajuda para sair de lá - ela apertou o volante forte - Mas Regina chegou e puxou ele pelos cabelos, todos fingiam que não viam, e era isso que eu sentia mais ódio - soltou um suspiro - Depois de um tempo, o garotinho chegou com a boca cortada, eu perguntava o que aconteceu e a única coisa que ele fez foi - soluçou depois deu um suspiro - Sentar na cadeira dele, e mesmo com as lágrimas caindo, ele sorriu.

- Como assim?  - peguei meu moletom e coloquei no rosto de Noah para não acordá-lo.

- O sorriso forçado, o sorriso de sofrimento, o sorriso que pedia ajuda - fungou - Mas eu não pude fazer nada para ajudá-lo, nada - falou com ódio - A culpa não é sua, é daquela megera - ninei Noah ao senti-lo remexer. 

- Sim, então por favor Any, não deixe eles chegarem perto de Noah - sorri e concordei.

Abracei Noah apertado e tirei o moletom de rosto, beijando a pontinha de seu nariz.

- Eu te amo - dei um beijo em seus lábios e o cobri de novo.

(...)

Acabamos de chegar no apartamento de Noah, Bia falou que preferiu ficar no hotel, porque amanhã a gente vai ter que acordar cedo e iremos fazer muito barulho, ela e Lucca querem dormir até tarde.

- Vamos meu bebê - Noah me pediu colo, aí meu Deus, fui até o porteiro e pedi que ele me ajudasse com as malas, fui em direção a Noah e com dificuldade peguei ele no colo - Obrigada - falei para o porteiro e ele sorriu.

- Quer que eu leve ele?  - o porteiro perguntou e eu neguei.

Noah enterrou o rosto no meu pescoço, e abraçou apertado, estava complicado, mas por ele eu faço tudo.

Cheguei no andar e o porteiro deixou como malas na sala e se despediu silencioso. Fui até o quarto dele e deixei meu bebê na cama, ele estava quente, busquei na minha bolsa um remédio para ele.

- Meu amor - ele abriu os olhos e me olhou com os olhinhos vermelhos - Toma esse remedinho - ele pegou o remédio e tomou com a água, depois me olhou e segurou a minha mão para deitar com ele - Só deixa a mamãe trocar a roupa - fui até o closet e troquei de roupa - Quer fazer xixi? - perguntei e ele negou - Ok, então.

Me deitei do seu lado e o mesmo levantou minha blusa grudando a boca no meu seio, sorri e beijei seu cabelo.

- Desculpa por ter feito você chorar - falei com a voz embargada e Noah me olhou - Desculpa amor - derramei as lágrimas presas.

- Não chora mamãe - falou tentando limpar minhas lágrimas.

Ele me abraçou apertado, e deu vários beijos pelo meu rosto e me fazendo sorrir.

- Eu te amo - ele falou sorrindo - amor.

My Babyboy - NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora