My Babyboy - Noany

Capítulo 01

                     Any Gabrielly

Meu nome é Any Gabrielly, mas prefiro que me chamem apenas pelo primeiro nome, tenho 20 anos e não sou o tipo de pessoa que gosta de ir a festas ou para lugares lotados, prefiro muito mais minha cama e minha série favorita para maratonar.

Estou em uma cafeteria que encontrei aqui na nova cidade que irei morar, sim, eu acabei de me mudar de cidade e preciso urgentemente de um emprego que possa me sustentar.

- Boa tarde, o que a senhorita deseja? - um rapaz com estrutura mediana, olhos azuis e um belo sorriso me perguntou.

- Boa tarde - dei um sorriso ao rapaz - vou querer apenas um cappuccino, por favor - falei olhando para o cardápio rapidamente, mais voltando minha atenção para o homem.

- Apenas um cappuccino - falou baixinho anotando o pedido em um caderninho que estava na sua mão - Ok, só terá que aguardar alguns minutos e eu já trago seu pedido - concordei e ele se retirou.

Minha infância e adolescência podem ser consideradas uma das melhores, passei minha vida "inteira" com meu avô. Meus pais nunca deram muita bola pra mim, se eu estava bem ou não, eles nem faziam questão de perguntar. Me lembro da única vez que minha mãe me perguntou se eu tava bem, mais quando fui falar que não estava é que estava recebendo altas críticas na escola, ela recebeu um telefonema muito importante é teve que voltar para a empresa imediatamente. 

Mas meu avô foi e sempre será minha pessoa preferida, aquela pessoa que mesmo longe você sabe que pode contar com ela. Ele morreu uma semana antes de mudar, a morte dele pode ter sido o estopim da minha decisão de cair fora daquela cidade tóxica.

- Aqui senhorita, um cappuccino especial para uma pessoa especial - falou concentrado em não deixar o café cair.

- Muito obrigada - falei e soltei um sorriso

- É nova na cidade ou quis experimentar lugares novos? - perguntou, mas antes deu responder ele continuou falando  - Saiba que aqui, no nosso restaurante, tem os melhores cafés que você pode tomar - falou com um ar filosófico, olhando para o nada e voltou a atenção para mim - é nova?

- Sou nova na cidade, acabei de me mudar - disse com um sorriso e o rapaz não fala nada - Bem..., Prazer Any - falo estendendo a mão e ele me comprimentou com seu sorriso, já falei que o sorriso dele é perfeito?, Não?!, Então, o sorriso dele é perfeito.

- Prazer Any, meu nome é Josh - falou se curvando, como se eu fosse uma pessoa da realeza.

- Bonito nome... - Quando fui terminar minha frase, o telefone dele toca e ele olha quem é, seu olhar se direciona para mim é se retira.

Só vi Josh indo para os fundos do restaurante e falando com uma mulher baixinha com os olhos puxados, ela me olha e vem em minha direção.

- Desculpa pelo Josh - ela se explica - Ele tem que ajudar um amigo, mas depois ele volta, gostou do cappuccino? - perguntou tímida e um pouco nervosa -  Desculpa, meu nome é Heyoon - ela disse rindo e olhando para baixo - Gostou do cappuccino?

- Muito - falei dando um sorriso reconfortante, acho que ela nunca atendeu um cliente, deve ser do caixa - eu já terminei, muito obrigada, estava ótimo.

Paguei pelo café e saí do estabelecimento, entrei no meu carro e agora vou procurar um emprego.

Olhava para todos os lados, tenho que admitir, essa cidade é maravilhosa, crianças brincando, famílias passeando e todos felizes, parece até filme.

(..)

Já compareci a duas entrevistas de emprego, e meu Deus, que coisa difícil. Eu pensei que você dava seu currículo e já era escolhido, que complicação.

- Olá moço - falei ao cara que estava atrás do balcão - eu quero um Donut de chocolate.

Ele concordou e foi pegar meu doce, estou no Duking Donuts, e estou muito cansada de ficar indo de um lado para o outro procurando emprego.

- Aqui está - falou me entregando um pacote com o donut.

- Obrigada - dei um sorriso - posso te fazer um pergunta? - falei olhando para o rapaz e ele concordou - Você sabe se tem algum lugar aqui perto que está procurando funcionários?

- Deixa eu ver -  ele pega o celular e começa a mexer - Sim!, Tem uma empresa que está procurando funcionários, é aqui próximo, vou anotar a localização e já volto - ele deu um sorriso e saiu.

Mais uma empresa, em todas que eu fui, tinha sempre uma fila de pessoas que estavam lá para a mesma coisa que eu.

- Aqui - me entregou o papel - te desejo sorte - respondi com um sorriso e sai dali.

Não é muito longe, mas não dá para ir a pé. Entro no meu carro e vou em direção a essa empresa.

Quando chego, percebo que essa empresa não é pequena igual as outras, ela é um prédio enorme, com o nome "Urreapions League" no meio da mesma.

Eu vou conseguir, não vou perder esse emprego por nada. Entrei na recepção e vi algumas pessoas, umas cinco, sentadas ali.

- Com licença - chamei atenção da moça que estava alí sentada -  eu vim para a entrevista de emprego.

- Ah sim, meu nome é Hina.

- Desculpa, eu estou nervosa meu nome é Any - falei estendendo a mão e ela me comprimentou.

- Então, o chefe teve um problema e não vai poder te entrevistar, mas o CEO está aí é pode fazer a entrevista com a senhorita, pode ser ou prefere com o chefe?

- Para mim tanto faz - falei com um sorriso - pode ser com o CFO.

Ela me direcionou para o elevador e falou para ir até o trigésimo andar, e primeira porta a direita.

Chegando lá, uma mulher falou que eu podia entrar que ele já estava esperando.

- Bom dia - falei me virando e encontrando um homem sentado me olhando.

- Any, certo? - concordei - Meu nome é bailey, sou CFO da empresa, e irei te entrevistar, pode ser sentar - falou apontando para cadeira a minha frente.

Depois de todas as perguntas, ele me olha e sorri.

- Por mim você já seria contratada, mas tenho que ter o comando do chefe supremo - ele falou sorrindo.

- Que bom-  falei sorrindo para ele.

- Amanhã eu te ligo e aviso se você foi aceita, tudo bem?

- Sim! - falei feliz - pode me ligar a qualquer hora, estarei com o celular ao meu lado - falei levantando e indo até a porta -  com licença.

Me retirei dali e entrei no meu carro, começei a fazer uma dancinha levemente vergonhosa, mas eu tava feliz e ninguém podia acabar com isso.