Capítulo 23

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Any Gabrielly

Já faz mais ou menos uma semana que eu fui no médico pergunta se eu podia produzir leite.

Flashback On

- Bom dia - sorri para a atendente - Eu remarquei minha consulta para hoje

- Qual é o seu nome?

- Any Gabrielly Rolim Soares - ela sorriu e começou a mexer no computador

- Sala 5, o médico André te espera lá.

- Muito obrigada - fui em direção a sala empolgada, Noah sempre me perguntava se eu iria produzir leite, mas falava que não queria me forçar, mas eu sempre tento fazer o melhor para ele. Bati na porta e escutei um "entre".

- Bom dia doutor

- Any, bom dia - me abraçou e se sentou na cadeira, me sentei a sua frente - O que te traz aqui?

- Bom doutor, eu estou "namorando" com uma pessoa que é infantilista e...

- E você quer perguntar se pode produzir leite, certo? - sorri - Olha, vamos fazer uns exames e hoje mesmo já te dou a resposta.

(...)

- Então Any - sorriu e olhou a folha a sua frente - Você pode tomar o remédio normalmente.

- Que bom doutor

- O leite será produzido lentamente, mas o estímulo irá ajudar a produzir mais rápido

- Ok

- Vou te passar o melhor remédio para esse meio, você consegue encontrar facilmente na farmácia - concordei e peguei a folhinha que tinha o remédio

- Obrigada doutor - fui até a porta - Até - acenei e sai da sala.

Flashback Off

Então faz uma semana que estou tomando esse remédio, consigo perceber a diferença nos seios, é pequena mas é visível.

Nunca namorei ninguém que tem infantilismo, então às vezes perco a cabeça muito fácil com Noah, nunca pensei que  namoraria uma pessoa tão delicada como ele, mas com o tempo eu aprendo a me comportar.

Ele é apenas um bebê, mentalidade, jeito, pensamentos, e ações de um bebê, acaba que no momento da raiva eu ​​desconto nele e me arrependo depois. Noah parece que não liga, eu posso gritar e brigar com ele, meu bebê fica triste mas depois finge que nada aconteceu, isso é o que eu mais acho engraçado.

Percebi o medo imenso que ele tem de me afastar ou deixar ele, às vezes eu paro para pensar e, esse relacionamento não tá legal, eu sou impulsiva e Noah é um neném.

Já penso e ainda penso em dar um tempo para eu e ele colocarmos a cabeça no lugar e tentar um relacionamento menos grosseiro e tóxico, mas fico com medo de sua reação.

- Mamãe - Noah abri a porta do quarto de hóspedes enrolado em sua manta e com carinha de sono, são 20 horas e ele estava tirando uma soneca.

- Vem aqui meu amor - tirei meu computador do colo e ele veio em minha direção se aconchegando no meu colo - Dormiu bem - ele concordou e abaixou minha blusa, grudando a boca no meu seio e sugando preguiçosamente.

Cobri o mesmo com uma manta quentinha e ele se aconchegou mais ao meu corpo. Não sei se conseguiria ficar muito tempo longe dele, mas precisaria de um tempo para pensar sobre isso.

- Depois do jantar nós podemos conversar amor? - fiz carinho no seu rosto e ele abriu os olhos, aquele verde que me fazia lembrar dele.

- O Noah fez algo de errado?  - abracei seu corpo e neguei - Tudo bem então.

Voltou a sugar meu seio, eles estavam doloridos mas não saia leite ainda. Peguei meu celular e comprei uma pizza de frango.

(...)

- Então mamãe, o que a senhora quer falar comigo?  - ele falou com certo receio.

- Eu não sei como te pedir isso - fiz carinho em seu rosto e ele aconchegou na minha mão - Você acha nosso relacionamento ruim?

- Não - ele negou freneticamente - Você é perfeita para mim mamãe - me abraçou apertado.

- Amor - me afastei delicadamente dele
- Eu nunca namorei uma pessoa com infantilismo, entende?

- Você não gosta de infantilismo?  - gaguejou e vi seus olhinhos úmidos

- Eu amo infantilismo - ri para ele e limpei uma lágrima que caiu - Mas acontece que..., Como isso tudo é novo para mim, eu acho que eu não estou te tratando como você merece - Noah pulou  no meu colo e me abraçou apertado.

- Ny, você é perfeita, maravilhosa para mim - ele me olhou e concordou - Eu não consigo imaginar como seria minha vida sem voc-você - soluçou - Não me deixa.

- Ei - segurei seu rosto -  Eu jamais te deixaria, eu falei que não vou te deixar não falei?  - ele concordou com um bico choroso nos lábios - Então, irei cumprir.

- Então, o que você quer dizer com isso? - fez carinho na minha bochecha, limpando uma lágrima fugitiva.

- Eu acho que..., Como eu nunca cuidei de uma pessoa tão especial como você amor, eu tenho que aprender - deixei um selinho em seus lábios - Entendeu?

- Eu te entendo mamãe - me abraçou.

- O que você acha de nós passarmos o final de semana pensando sobre nosso relacionamento - beijei sua testa - E segunda nós conversamos? 

- Você vai voltar para a casinha da Ny?

- Eu precisaria, para pensar melhor na gente - ele me abraçou apertado - Mas só dois dias, depois a mamãe volta e nós conversamos.

- Tudo bem - sorriu choroso - Não esquece que eu te amo mamãe.

- Eu te amo bebê - o abracei apertado - Mamãe te ama amor.

Levantamos e não fomos no quarto dele, arrumei minhas coisas na mala e fomos para o andar debaixo.

- Me empresta seu celular amor - ele me entregou e entortou a cabeça confuso - Conectei um celular no outro, quando precisar de mim só ir ao lugar que eu estiver - cheguei perto dele e beijei seus lábios, sua língua pediu passagem e não tratei de exitar, nossas línguas se tocando, o melhor beijo - Saiba que estarei sempre com meu celular ao meu lado - dei um selinho em seus lábios - Qualquer coisa me liga.

- Tudo bem - falou com a voz embargada derramando algumas lágrimas

- Nunca se esqueça - olhei nos olhinhos dele - Ny ama muito Noah.

- Noah ama muito Ny

Peguei minha mala e fui em direção ao elevador, quando a porta se fechou minhas lágrimas presas caíram

- Calma Any - fiz o carinho na minha orelha, me lembro de quando Noah fazia carinho nela para conseguir dormir, e isso me acalma muito - Vai ser melhor para nós pensamos sobre nossas decisões.

My Babyboy - NoanyOnde histórias criam vida. Descubra agora