Memórias perdidas (CONCLUÍDA)/ Revisado

Capítulo 3: A busca por respostas

Logo depois, tio James voltou.

Eu subi as escadas para o meu quarto, mas ao invés de sonhos diversos, meus sonhos foram para o Dylan.

Fora o Thomas, o Dylan é o único homem em anos que me beijou. E por que foi tão bom?

Na manhã seguinte, após o funeral, nós voltamos para a casa. Nenhum de nós falou uma palavra o caminho todo.

Ouvi a notificação de uma mensagem e me surpreendi ao ver que era do Dylan.

"Emma, por favor venha à minha loja hoje à tarde quando meu turno acabar. Preciso falar com você."

— Tio, acho que vou sair pra caminhar um pouco. Preciso clarear a mente.

— Tudo bem. Vou estar no meu quarto.

**********

Quando cheguei na loja dele, o Dylan estava pronto e esperando por mim.

— Dylan, o que está acontecendo?

— Emma, vamos pra algum lugar quieto onde ninguém possa nos escutar. Eu lembrei de algo que pode nos ajudar a desvendar o mistério da morte da Margaret.

Só o pensamento de ficar sozinha com ele fez a minha imaginação trabalhar.

A aura de mistério ao redor dele fazia ele parecer ainda mais sexy, e o jeito que ela se combinava com a natureza rebelde dele era irresistível

Depois se uma caminhada de dez minutos, chegamos num lugar que eu conhecia bem.

— Esse é o lugar pra onde eu venho sempre que preciso pensar.

— Dylan, eu... eu conheço esse lugar. Minha irmã e eu costumávamos vir aqui sempre que visitavamos a vovó.

— Ah, sim, a Margaret me falou sobre sua família. Eu sinto muito.

Mas aquele lugar trouxe de volta algumas memórias, apesar dos meus esforços de suprimir elas.

— O que está acontecendo, Charlotte? Por que você saiu correndo assim?

— Emma, aquela mulher... Ela estava me encarando de um jeito estranho.

— Que mulher, Charlotte?

— Era tão assustador. Eu tenho medo dela, Emma. Medo de que ela queira fazer algo ruim comigo.

A voz do Dylan me trouxe de volta a realidade.

— Emma, você está me ouvindo?

— Eu lembrei da minha irmã e dos momentos que passamos aqui. Desculpa, o que você estava falando?

— Eu queria te dizer que algo importante passou pela minha mente um tempo atrás. Eu lembrei que a Margaret tinha um diário. Ela nunca me disse o que escreveu dentro, mas uma vez mencionou que guardava ele escondido num velho baú no sótão. Esse diário pode esconder o segredo da morte dela.

— Você realmente acha?

— Sim, tenho quase certeza.

— Bem, eu lembro que eles têm um velho baú no sótão com fotos velhas e jornais. Eu costumava esconder doces lá, porque não tinha como ninguém encontrar. Ninguém nunca abria aquele baú.

– Aí está! É o lugar perfeito pra esconder algo importante. Só prova que o diário era importante pra Margaret e por isso ela escondeu lá.

— Bem, sim, isso é verdade.

— Escuta, eu tenho um plano. Quando o James sair hoje, o que eu sei que vai acontecer como de costume, Você pode me ligar e eu vou imediatamente lá, e podemos ir ao sótão procurar o diário. Ok?

– Ok, Dylan. Vou fazer o que for pra descobrir o que aconteceu com a minha avó.

— Emma, eu tenho que admitir que tenho medo do que a gente possa descobrir.

— Também tenho medo, Dylan. Quero dizer, já estou farta de coisas ruins.

— Eu entendo. Mas não se preocupe, vamos descobrir a verdade. Só temos que ficar juntos e unir forças, e qualquer segredo virá à tona. — ele pegou as minhas mãos nas dele e olhou no fundo dos meus olhos. — Ah, desculpa, eu esqueci completamente de te dar parabéns pelo seu casamento.

— Bem, não tem nenhum motivo pra me dar parabéns.

— Como assim? A Margaret me disse um tempo atrás que você ia se casar em breve.

— Sim, mas o casamento foi cancelado e nós nos separamos.

— Ah, fico feliz... Quero dizer, sinto muito.

— Tudo bem. Acho que não era pra ser.

— Bem, talvez ele não fosse o homem certo pra você. Talvez o certo ainda está por vir.

Ele segurou minhas mãos com mais força e eu senti arrepios me percorrerem.

Podia ficar assim para sempre, mas eu sabia que não era o momento certo de ceder a esses sentimentos que lentamente tomavam forma dentro de mim.

Foi tudo muito estranho porque, alguns dias antes, o Thomas era o único homem com quem eu me imaginava. Agora ele lentamente desaparecia dos meus pensamentos.