Capítulo 19: Armazém

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Fui encontrar a Scarlett. Ela parecia calma agora.

— Scarlett, você está se sentindo melhor agora?

— Sim, estou. Depois de falar com você ontem eu me senti melhor e dormir bem. A propósito, você está ótima! Parece que você também conseguiu dormir bem. Mas me diga, você viu o Ethan depois do jantar na casa dele?

— Não, não vi. Por quê?

— Bem, tenho algo pra te contar sobre ele. Algo que você vai gostar. Bem, hoje de manhã eu fui pro consultório dele pegar uma receita pra minha mãe e ele foi muito educado. Ele me perguntou sobre você com um sorriso persistente que não conseguia esconder. O jeito com que ele falava sobre você fez parecer que ele não te quer só como amiga.

— Vamos, Scarlett, não acho que ele tem sentimentos assim por mim. Nós só nos vimos algumas vezes.

— Isso não exclui a possibilidade dele ter se apaixonado por você.

— Bem, qualquer que seja a verdade, tenho outras coisas pra pensar agora.

— Eu entendo. Eu também. Minha mãe não está se sentindo bem de novo. É por isso que eu fui pro consultório do Ethan.

— Ah, Scarlett, eu sinto muito. O que está acontecendo com ela?

— Não sei. Ela se trancou no quarto ontem e não quer me deixar entrar.

— Scarlett, não sei o que te dizer. Pelo menos não é a primeira vez que isso acontece.

— Acho que a única solução é levar ela de volta pra Nova York. Tenho certeza de que algo em Glenville é a causa da doença dela.

— Sim, é bem possível. Mas não se preocupe, Scarlett. Vou sempre tá aqui com você. Más tenho algo pra ti dizer.

Contei para ela a história do meu tio e meu plano para descobrir quem ele ia encontrar.

— Ah, mas Emma, isso pode ser arriscado demais! Por que não pede pro Dylan ir com você?

— Não, Scarlett, eu não posso envolver ele nisso. Ele já arriscou a sua segurança muitas vezes.

— Mas e se alguma coisa de ruim acontecer com você?

— Não se preocupe, não vai acontecer. Vou ter cuidado.

De noite...

Quando a noite chegou, eu decidi ir ao velho armazém antes do meu tio, para poder encontrar um bom lugar de onde poderia observar a situação.

Estava a caminho do armazém. Tudo estava em silêncio, com quase ninguém passando. Ainda assim, senti a ansiedade tomar conta de mim, o que me assustava.

Depois de uns 15 minutos, cheguei no armazém. O lugar era enorme, com muitas salas.

Eu tenho que ter cuidado para não fazer barulho. Eu andei pelas salas e, quando ia entrar numa delas, ouvi um barulho vindo de dentro.

Então ouvi uma voz feminina vindo da escuridão do quarto.

— James! É você?

Eu espiei dentro e vi a silhueta de uma mulher vindo até a porta.

Eu comecei a correr pelo corredor, e quando ia entrar numa sala vazia que vi no fim do corredor, alguém me agarrou por trás. Eu ia gritar por ajuda mas essa pessoa cobriu a minha boca e, logo depois, eu estava lutando para respirar.

Então eu apaguei.

Memórias perdidas (CONCLUÍDA)/ RevisadoOnde histórias criam vida. Descubra agora