Memórias perdidas (CONCLUÍDA)/ Revisado

Capítulo 5: A insistência

Eu fui para a loja do Dylan e assim que ele me viu, correu para falar comigo.

— Ei! Mas que surpresa! O que foi? Aconteceu alguma coisa?

— Sim, Dylan. O tio James... Ele me falou algo que me deixou bem confusa.

Contei a história toda para ele e ele me olhou, espantando.

— Está claro agora. O James está envolvido na morte da Margaret e agora tem medo de você descobrir.

— Dylan, você acha que ele é capaz de me machucar caso se sinta em perigo?

— Não sei, mas tenho medo de isso ser bem possível. Escute, eu quero que conheça uma amiga minha. Acho que ela pode nós dar mais informações sobre a morte da Margaret. Vou falar pra um colega assumir o trabalho e nós podemos ir.

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Ele me levou para o consultório da médica local. A doutora nos recebeu com um sorriso.

— Olá! Mas que surpresa, Dylan!

— Oi, Emily! Eu quero que você conheça a Emma, neta da Margaret.

— Ah, é um prazer, Emma. Meu nome é Emily e eu era a médica da sua avó.

— É um prazer também, Emily.

— Emma, a Emily é nossa amiga. Acho que devíamos perguntar algumas coisas sobre a Margaret. Sabe Emily, nós não temos tanta certeza se a Margaret morreu de um infarto.

— Sim, eu entendo. Tenho que dizer que eu mesma achei estranho que uma mulher tão saudável com a Margaret morreu tão de repente. O coração dela estava perfeito pra idade dela, e eu como sua médica posso confirmar isso. Ainda assim, no mês passado eu fiquei fora a maior parte do tempo por causa da morte do meu pai. E outro médico ficou no meu lugar. Talvez os problemas cardíacos dela tenham aparecido nesse tempo.

— Mas podemos dar uma olhada nos arquivos dela?

Perguntei.

— Infelizmente não, porque todos esses documentos foram levados ao escritório de saúde local. Sinto muito, mas não posso ajudar vocês com isso. Mais tem outra coisa que eu acho estranho e estive pensando desde que a Margaret morreu. Alguns dias antes do meu pai morrer, ele queria falar com a Margaret.

— Ele conhecia a minha avó?

— Sim, Emma. O pai da Emily era policial. Ele trabalhou em Glenville mais de 20 anos atrás.

— Sim, eu nasci aqui. Nós vivemos aqui e meu pai era um policial local, e então... de repente nós nos mudamos pra uma cidade grande e nossas vidas mudaram.

— Mais por quê? Aconteceu alguma coisa com vocês?

— Não sei. Não tenho certeza mas acho que tem algo a ver com aquele acidente. Nada foi o mesmo depois daquilo. Meu pai não foi mais a mesma pessoa. Eu prefiro não falar disso. Provavelmente é algo doloroso pra você Emma.

— É sim, mas eu quero que você me conte o que sabe. Pode me ajudar a entender tudo melhor. Eu era pequena na época e não sei muito.

— Então Emma, no dia depois que o acidente aconteceu, meu pai voltou do trabalho. E disse para minha mãe e eu fazermos as malas, que nós íamos nos mudar no mesmo dia. Nós nos mudamos pra uma cidade grande, meu pai achou trabalho lá, mas ele nunca foi a mesma pessoa que costumava ser antes do acidente. Eu sempre via medo nos olhos dele, apesar de ele tentar esconder. O que quer que seja, tenho certeza que o meu pai viu algo lá que virou o mundo dele de cabeça pra baixo. E dois dias antes de morrer, me mandou ligar pra Margaret porque queria falar com ela. Mas naquele dia, ele insistiu que ela fosse visitar ele. E depois daquela conversa ela saiu como se estivesse delirando. E foi a última vez que eu a vi.

— Meu Deus! A Margaret começou a agir estranho um mês atrás, e agora eu sei porquê.

Disse Dylan.

— Tenho certeza de que o meu pai falou algum segredo pra Margaret no leito de morte e algo me diz que foi sobre o acidente em que a sua família morreu, Emma.

— De qualquer jeito, eu gostaria de saber mais sobre isso. E tomei uma decisão. Vou ficar em Glenville mais um tempo pra procurar respostas. Tem perguntas demais sobre o meu passado solta no ar, e eu preciso descobrir a verdade. Eu devo isso à minha família.

— Emma, eu quero que saiba que estou do seu lado sempre, ajudo no que você precisar.

— Eu também! Você não está sozinha nisso.

— Obrigada, pessoal.