Capítulo 33: Boatos

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Eu não tive vontade de ir para casa, então caminhei perto do Rio. Eu precisava ficar sozinha.

Recuso-me a acreditar que o Dylan é um mentiroso.

Será que a Stephany armou tudo? Conhecendo ela, tem uma hipótese de ela ter armado isso tudo.

Ligarei para Dylan e pedir uma explicação para essa foto. Eu não confio da Stephany.

Peguei o meu telefone e disquei o número do Dylan enquanto minhas mãos tremiam. Alguns segundos depois, alguém atendeu, mas não era o Dylan.

Eu ouvi uma voz feminina do outro lado da linha.

Alô! Quem fala?

O... oi, Dylan?

O Dylan não pode falar agora. Quem é?

Desliguei, sem conseguir falar outra palavra. Não tenho mais motivos para duvidar.

O Dylan tem outra mulher.

**********

Cheguei no meu apartamento tentando esconder as lágrimas, mas foi em vão.

— O que aconteceu? Por que você está chorando?

— Emily, o Dylan, tem outra.

— Outra mulher? Você quer dizer a Stephany?

— Não, não ela, mas outra mulher.

Contei-lhe a história toda sobre a foto que a Stephany me mandou, e sobre a voz feminina que atendeu o telefone no lugar de Dylan.

— Estranho. Completamente inesperado, sendo o Dylan.

— Ele estava mentindo para mim esse tempo todo, Emily.

— Bem, não sei o que dizer. Parece-me meio estranho que a Stephany se preocupe com você de repente e queira abrir os seus olhos. Por outro lado, ela quer casar com ele apesar de saber que trairá ela.

— Talvez ela esteja pronta para aguentar isso devido à criança.

— Não pense que estou tentando defender o Dylan. A Stephany diz que o Dylan é um conquistador, mas eu nunca vi ele com outra mulher fora a Stephany, e também, se ele fosse assim, haveria boatos circulando por Glenville, é por isso que acho isso bem estranho.

— Não tente pensar numa desculpa, porque não existe uma.

— Não, não estou tentando fazer isso, é, contudo, não acredito que isso esteja acontecendo.

— Mas está! E eu não aguento mais essa pressão.

— Não se preocupe, Emma, é só uma fase. Você ficará bem.

No outro dia...

A reunião foi um sucesso total! Todos saíram do escritório e eu fiquei lá mais um pouco para organizar alguns documentos.

Quando terminei estava pronta para sair, mais quando olhei para cima e percebi que não estava sozinha lá.

O home parado na porta era o Ceo da empresa de arquitetura com quem íamos colaborar naquele grande projeto.

— Ah, Sr. Smith! Eu não sabia que você estava aqui.

— Deixaremos de lado as formalidades. Me chame de Adam. Tudo bem, Emma?

— Sim, ok.

— Eu gostaria de te convidar para jantar amanhã à noite, se estiver livre, é claro.

— Eu aceito o seu convite, Adam.

— Farei o meu melhor para você se sentir confortável, eu prometo! Encontrarei um restaurante exclusivo e te mando uma mensagem com a hora e o lugar, ok?

— Ok.

— Estranho, uma pessoa que conheço falou algo sobre a sua personalidade, algo que eu não gostei nada, e agora que finalmente te conheci, vejo que você é completamente diferente do que essa pessoa me falou.

— Adam, o que essa pessoa te falou sobre mim?

— Emma, por favor, deixaremos isso para lá. A pessoa se enganou muito, só isso.

— Por favor, me diga! Eu insisto.

— Foi a minha prima. Ela me falou que você era muito calculista, o que sei ser uma mentira.

— Mas quem ela é? Como ela sabe sobre mim?

— Não é importante, acredite em mim! Tenho certeza de que você provará ser pelo menos tão boa quanto é bonita. Tenho que ir agora.

— Tchau!

Eu fiquei lá parada, tentando imaginar quem inventaria isso.

Memórias perdidas (CONCLUÍDA)/ RevisadoOnde histórias criam vida. Descubra agora