Capítulo 7: A perseguição

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Uma hora depois quando a chuva parou, eu saí da casa do Dylan. Contudo, assim que saí da casa dele, vi a sombra de uma pessoa.

Saindo da casa do meu tio pela porta de trás e desaparecendo por entre as árvores atrás da casa. Eu corri para a casa, mas a pessoa já tinha desaparecido.

Eu toquei a campainha e meu tio abriu a porta alguns segundos depois.

— Emma, que bom que você está bem.

— Tio, você teve visitas enquanto eu não estava?

— Não. Por quê?

— Porque um segundo atrás eu vi uma pessoa sair da casa pela porta de trás e desaparecer entre as árvores.

— Não, você deve ter visto coisas. Eu estava sozinho esse tempo todo.

— Tio, não estou doida! Eu sei o que eu vi.

— Bem, talvez alguém passando por aqui ou algum vizinho quis entrar mas mudou de ideia e foi embora.

— Sim, você pode estar certo. Pode ter sido só uma ilusão. Talvez eu esteja cansada demais e meus olhos estejam vendo coisas. — não quero discutir, mas não acredito em você. Eu sei que está acontecendo alguma coisa. — Vou pro meu quarto tio, boa noite.

**********

No dia seguinte, eu me encontrei com o Dylan. Eu contei a ele o que vi na noite anterior e como meu tio reagiu quando falei para ele sobre isso.

— É claro que não devia acreditar nele Emma. Talvez ele tinha um cúmplice no que quer que ele esteja fazendo.

— Não sei, Dylan, mas tenho medo de ele estar envolvido em algo sério.

— Escute, vou te levar pra um lugar onde podemos achar algumas das respostas que procuramos.

— Ok.

**********

Ele me levou para a biblioteca local.

— Dylan, o que você tem em mente?

— Vamos pegar todos os jornais da cidade publicados no dia depois do acidente. Assim podemos descobrir mais alguma coisa sobre isso. Vamos lá. Vamos perguntar da bibliotecária onde podemos achar os exemplares.

Depois de um tempo, conseguimos juntar todos os jornais que precisávamos.

— É isso, vamos ver. Você pega a metade e eu pego a outra.

— Não acredito! Nem uma palavra sobre o acidente.

Falei cansada.

— Sim, isso realmente é meio estranho. Nós temos mais um jornal pra checar.

Nós folheamos as páginas e uma manchete chamou a minha atenção de repente.

— Dylan, encontrei. "Família morre em acidente de carro." É isso.

— Sim. Pode ler?

— Sim. — Contudo, assim que comecei a ler o artigo, fiquei confusa. — "Uma família de três, um homem, uma mulher e uma garota, morreu ontem num acidente que aconteceu..." Uma família de três? Deve ter sido um erro. Éramos quatro.

— Espera! Talvez esse artigo seja sobre algum outro acidente.

Depois de ler o artigo com atenção, não havia dúvida. Era sobre a minha família. E mais, eles mencionaram várias vezes que havia três de nós no carro.

Então claramente não era um erro. Ou não foram bem informados. Ou escreveram assim de propósito.

E o artigo também dizia que o carro pegou fogo e que os corpos foram destruídos pelas chamas, então como eu não tive uma única queimadura?

— Dylan, o que isso quer dizer? Por que eles escreveram algo que não faz sentido?

— Não sei, mais tenho certeza que tem algo errado por trás disso tudo. Vamos copiar o artigo.

— Sim, vamos.

Nós saímos e corremos pelo corredor.

— Espere por mim aqui, vou copiar o artigo. A copiadora fica naquela sala.

— Ok.

Contudo, assim que ele saiu, ouvi o som de algo quebrando ao longe.

Eu andei até lá com passos leves e vi que um dos ornamentos quebrou em pedaços espalhados pelo chão. Então ouvi uma correria no corredor.

Eu comecei a correr também, só para perceber alguns segundos depois que a pessoa entrou em uma das salas e trancou a porta. Naquele momento, o Dylan voltou.

— Emma, terminei. Fiz várias cópias, só por segurança.

— Dylan! Eu tenho que te contar o que acabou de acontecer.

Eu contei toda a história pra ele.

— Meus Deus! Alguém estava seguindo a gente.

— Será a mesma pessoa que colocou fogo nos papéis no escritório do meu tio?

— Talvez, vamos sair daqui! Parece que não estamos seguros.

Memórias perdidas (CONCLUÍDA)/ RevisadoOnde histórias criam vida. Descubra agora