Capítulo XXI

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Não conseguia parar de pensar na visão. Estava tão distraída que não vi quando Kile me atingiu com uma azaração e fui jogada do outro lado da sala.

—  Ai!

—  Por Merlin! Você está bem? — resmunguei um "sim". Kile me ajuda a levantar e franze o cenho. — O que você tem hoje? Está estranha.

—  Nada... — ele cruza os braços e me olha sério. — É que... aconteceu uma coisa. — suspirei. —  Ontem, antes das aulas...

Fui interrompida por um barulho muito alto, onde costuma ser a porta da sala estava saindo poeira, como se algo forte e pesado batesse na parede. Harry se aproxima e logo depois se afasta rápido, a parede tinha explodido. Kile e eu nos encolhemos e tossimos por conta da poeira.

Umbridge, Sr. Filch e a Brigada Inquisitorial, Draco segurava Cho pela gola da capa.

—  Peguem todos!

Um membro da brigada me pegou pela gola da minha camisa, na confusão acabei separada de Kile. Apontaram as varinhas para todos nós. Enquanto nos levavam para o salão principal, pude ver Umbridge levar Harry e Cho em direção ao escritório de Dumbledore.

Quando chegamos ao salão, o membro da brigada me empurrou com muita força, teria caído do chão se Jorge não tivesse me segurado.

—  Está no seu lugar natural não é mesmo, Black? Com a ralé. — disse Draco. Ele virou e saiu do salão junto com o Sr. Filch e os outros, então as portas fecharam em um baque.

Olhei ao redor e procurei por Kile, quando o encontrei, tinha o rosto em uma feição assustada, assim como todos. Agora que Umbridge tinha visto de verdade que tínhamos um clube secreto, não podia imaginar o que poderia acontecer a Harry, ou a Hermione, ou a Rony.

Esperamos alguns minutos pela chegada de alguém, então as portas foram abertas novamente, e por elas entraram Umbridge, o ministro, Harry, Cho e outros aurores.

—  Assim como Harry Potter — começou o ministro. —  Todos aqueles que participaram da Armada de Dumbledore serão punidos, o castigo será escolhido pela nossa Alta Inquisitora. —  Umbridge deu uma risadinha.

—  Obrigada, ministro. — ela deu um passo a frente. — A começar por amanhã, todos deverão cumprir detenções, durante um mês. — deu outra risadinha. — Estou bem generosa na verdade, Cornélio. — virou para o ministro. —   O que fizeram foi um ato de pura deslealdade. Juntar-se com alguém que deseja tomar o ministério, terrível.

Os gêmeos iriam falar algo para a cara de sapo, mas belisquei seus braços para que não se metessem em mais problemas.

—  E que fique claro — disse o ministro novamente. —  Que se algo desde tipo for feito novamente, a punição será dez vezes pior. — ele olhou na minha direção, depois para todos, então saiu do salão.

—  Todos para os dormitórios, agora.

Passamos por ela com a cabeça baixa.

Segui para meu dormitório com outros alunos da lufa-lufa, não pude me despedir de Kile, ou dos outros. Quando cheguei a sala comunal, o clima era tenso. Segui para o dormitório, coloquei o pijama e deitei.

Não consegui dormir, estava muito agitada, pensando em toda a confusão que teria depois. Levantei e sentei perto da janela, tinha uma boa vista da floresta negra. Fiquei olhando para a noite fria e calma que a floresta transmitia. Mas então por entre as árvores eu vi, a mesma silhueta de alguns dias atrás, franzi o cenho e me aproximei janela, tomando cuidado para não cair, claro.

A Herdeira BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora