Capítulo V

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Algumas semanas se passaram. Não souberam mais notícias sobre Sirius Black, mas as prevenções continuaram. Nas aulas, Jade tinha que aguentar as marcações do Professor Snape, que tinha raiva de todos os  alunos, com exceção dos que eram da sonserina. Estavam a algumas semanas do jogo de quadribol contra a grifinória, Cedrico sempre a chamava para assistir os treinos, ela não via a hora de poder jogar também, adorava quadribol. 

— Talvez faça o teste ano que vem, acho que daria uma boa artilheira, ou batedora. — disse Jade, voltando para a sala comunal da Lufa-Lufa junto a Cedrico, depois de mais um treinamento, já era noite quando acabam. 

— Sei que sim, nas duas posições — disse Cedrico, eles chegaram a sala comunal e Cedrico foi andando para o dormitório dos meninos — Acho que vou ao banheiro dos monitores tomar uma ducha, te encontro no salão principal — ele subiu e depois saiu da sala comunal. 

Jade foi para o dormitório das meninas e ficou lá até a hora do jantar. Quando deu a hora, desceu e foi para o salão principal, no caminho encontrou  Pirraça, o Poltergeist, que tentava jogar bexigas d'água nela e em outros alunos que passavam, conseguiu desviar de alguns, mas para o azar dela, Pirraça acabou acertando uma na cabeça dela, tentou se secar o máximo possível e seguiu seu caminho para o salão. Quando chegou, Cedrico já estava lá, conversando e gargalhando com seus amigos, quando Jade sentou ao lado dele, os outros ficaram em silêncio. 

— O que houve com você? Alagou o banheiro feminino? — disse Cedrico rindo

— Engraçadinho! Pirraça estava jogando bexigas d'água — falou raivosa se servindo de uma torta salgada — Quer parar de rir? Mas que coisa! — Cedrico não conseguia parar de rir, respirou fundo e disse:

— Tem um feitiço que vai te ajudar — ele pegou a varinha, apontou para ela e um vento saiu da varinha a deixando seca — De nada. — Jade deu um meio sorriso e continuou comendo.

— Ei, Cedrico, soube que Black está atrás do Potter? — disse um dos amigos do Cedrico, Jade olhou para ele confusa — Não você, é claro! Seu pai! Parece que enviou uma firebolt pra ele — Jade ficou surpresa, não era nada legal seu pai assassino está enviando presentes para O-Garoto-Que-Sobreviveu. 

Depois do jantar todos voltaram para suas salas comunais, até que uma multidão de alunos da grifinória estavam voltando para o salão principal, pareciam nervosos e chocados. Quando Jade continuou seu caminho para sua sala comunal, uma mão agarrou seu ombro, era o Harry. 

— Jade, posso falar com você um segundo? — disse ele levando-a até outro corredor, não tinha muitos alunos — Não sei se soube, me mandaram uma firebolt, suspeitam que foi Black, porque ele está vindo atrás de mim e- — Jade o interrompeu.

— Por que ele está atrás de você?

— Bom... Ele traiu meus pais! Deve está vindo para... Terminar o serviço, bom. — engoliu em seco — Hermione achou melhor entregar a vassoura para a Professora McGonagall, para verificar se não tinha nenhum feitiço ou coisa assim. — Jade assentiu, mesmo não sabendo onde ele queria chegar — Só achei que deveria saber, e mais agora, depois do que aconteceu com a mulher-gorda e- — Jade o interrompeu novamente.

— O que aconteceu com a mulher-gorda? — Harry não respondeu, estava nervoso, assim como os outros alunos da grifinória — H-Harry, o que aconteceu com a mulher-gorda? — Harry olhou para os lados e falou sussurrando.

— O quadro da mulher-gorda foi rasgado! Marcas de garra. Ela disse que foi ele, Sirius Black! Foi por isso que vim falar com você, não só todos do castelo estão correndo perigo, mas principalmente eu e você! — ele falou surrando, mas de uma forma exasperada, Jade sentiu falta de ar, ele estava no castelo! 

Filch apareceu o corredor, mandando Harry ir para o salão principal e Jade para a sala comunal da Lufa-Lufa. Ele não precisou falar duas vezes, saiu em disparada para a sala, quando falou a senha e entrou pelo buraco da pintura. Haviam poucos alunos acordados, entre os acordados, Cedrico. Ele percebeu que ela não estava bem, estava pálida e tremendo. Ela contou tudo pra ele. O castelo já não era mais seguro como todos diziam. 

— Cedrico, ele tá aqui! Ele entrou no castelo! É questão de tempo até pegar o Harry, ou... Eu — Ela o olhou apavorada, Cedrico a abraçou, era como uma irmã para ele, não iria deixar que nada de ruim acontecesse a ela.

— Eu protejo você, ele não vai chegar perto — Jade riu, imaginou, Cedrico enfrentando um dos mais leais servos de Você-Sabe-Quem — Andarei colado em você se for preciso! 



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Alguns dias se passaram desde o ocorrido com a mulher-gorda, e chegou o evento mais importante para os alunos, o jogo Grifinória X Lufa-Lufa. O dia estava bastante chuvoso, mas uma chuvinha não interrompeu, quem estava se dando mal mesmo era Harry, os óculos ficavam molhados, mas depois de uma ajudinha de Hermione ele conseguiu jogar melhor. 

A grifinória estava com alguns pontos a frente, mas se a Lufa-Lufa pegasse o pomo de ouro, ganhariam o jogo. Cedrico e Harry subiram com mais alto para pegar o pomo, ninguém conseguiu vê-los, estavam através das nuvens. Depois de um tempo, Cedrico voltou, ainda estava tentando pegar o pomo. Mas onde estava o Harry? Quando todos perceberam, Harry estava caindo a uma velocidade absurda, mas parou no ar, o Professor Dumbledore o ajudou. Ele foi levado rapidamente a ala hospitalar, Cedrico conseguiu pegar o pomo, mas estava insistindo para que remarcassem o jogo, ninguém o deu ouvidos, a Lufa-Lufa ganhou o jogo. 

— Olha, não foi tão ruim! Sim, ele caiu da vassoura, mas pelo menos vocês ganharam o jogo. — já na sala comunal, Cedrico se encontrava cabisbaixo e Jade tentando consolá-lo — Eu vou a ala hospitalar, pra ver se ele está bem. — ele apenas acenou com a cabeça, ela saiu e foi a ala hospitalar.

Foi andando devagar, ainda tinha medo de andar pelos corredores e de repente, Sirius Black aparecer na sua frente, mas não foi ele que apareceu na sua frente, foi melhor. Remo Lupin.

— Jade, o que faz andando pelos corredores sozinha? Tem um assassino no castelo e você andando por aí sem preocupação? — disse o professor Lupin sussurrando/ gritando.

— Desculpe! Só iria ver se o Harry estava bem, não iria demorar muito.

— Poderá vê-lo na hora do jantar, agora vá, de volta a sua sala comunal. Agora! — Jade deu meia volta, mas ela não foi para a sala comunal, quando chegou perto de uma janela, ficou pôr ali vendo a vista, via a floresta, o lago negro e a cabana do Hagrid.

Hagrid estava na frente da sua cabana com seu cão, canino. Parecia meio abatido, alisava a cabeça do cachorro tristemente, estava de cabeça baixa,  mas quando levantou, deu para perceber que estava chorando. Deu uma olhada ao redor para ver se não havia ninguém por perto, então correu até a cabana dele. Quando Hagrid percebeu a presença dela, enxugou as lágrimas e sorriu para ela. 

— Jade! O que faz aqui? Não deveria está com os outros alunos? Em segurança. — disse ele, eles entraram na casa e Hagrid serviu uma xícara (balde) de chá para ele e Jade.

— Sim, eu deveria! Mas vi você triste da janela, achei que queria conversar. —Hagrid sentou-se de frente para ela, seu olhinhos miúdos voltando a lacrimejar.

— Ah, querida, obrigado pela sua preocupação. É só que... O bicuço, meu hipogrifo, será executado — e voltou a chorar, Jade deu uns tapinhas no braço dele. — D-deve ter ouvido falar do acidente, Malfoy! — disse o nome do garoto em um tom ríspido.

— É, eu ouvi! Aquele imbecil! Mas Dumbledore não poderia ajudar você? 

— Ele já fez tudo que pôde querida, não a mais chances pra ele. — Jade foi até a pequena janela da cabana, no jardim, perto das abóboras, estava o grande Hipogrifo. — Uma bela criatura, não acha?

— Achei magnífica! — disse sorrindo — Sinto muito, Hagrid. Eu posso fazer algo por você? 

— Pode passar aqui em casa? Depois do... Você sabe.

— Claro que sim. 

A Herdeira BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora