Capítulo VIII

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Depois de todos os acontecimentos, a fuga do pai de Jade, a fuga de Pettigrew (o desgraçado fugiu em sua forma animaga de rato), o reencontro que durou poucos minutos. A carta que Sirius mandou para ela quando acabaram as aulas foi a primeira de duas. Ele mandou outra algumas semanas depois, dizendo que estava vivo e bem, ele e bicuço. Pelo menos não estava sozinho, tinha a companhia do hipogrifo. 

Bom, vários meses se passaram desde então. Foi anunciado no profeta diário que iria ocorrer a Copa de Quadribol, Jade iria com Cedrico e o pai dele. Era a primeira Copa de Quadribol que veria. Ela estava fazendo sua mochila quando Madame Bloom apareceu na porta do seu quarto. 

— Jade, querida, seu amigo já está lá embaixo te esperando. — ela agradeceu, fechou a mochila e foi em direção ao andar de baixo — Divirta-se muito, e não saia de perto do Sr. Diggory nem por um minuto sequer, ouviu?

— Sim, senhora. — quando chegou no andar de baixo estava Cedrico com seu pai — Bom dia, Sr. Diggory — ela estendeu a mão.

— Jade, é um prazer conhecê-la querida. Cedrico falou muito bem de você. — Jade sorriu olhando para Cedrico que estava segurando o riso — Está tudo pronto?

— Sim, nós já podemos ir.

— Ótimo, muito obrigado Madame Bloom, vamos crianças. — Sr. Diggory estendeu o braço direito que Cedrico segurou e Jade a mão do mesmo.

Eles aparataram próximo a uma colina e foram andando até a mesma, iriam encontrar os Weasley, pois iriam dividir uma chave de portal. Andaram um pouco, então finalmente encontraram os ruivos, junto com Harry e Hermione, Jade foi até Harry e deu-lhe um abraço. Nas férias trocaram poucas cartas, o assunto era quase sempre o mesmo, Sirius.

 Todos foram até a chave de portal, que iria levá-los até o acampamento dos bruxos próximo onde ocorreria o jogo. Era um sapato, seguraram nele e foram sugados, como um redemoinho. Jade segurou no braço de Cedrico, os outros soltaram o sapato e caíram na grama, o Sr. Weasley, Sr. Diggory, Cedrico e Jade caíram em pé. 

Os três despediram-se dos Weasley e foram até onde armariam sua barraca, Jade já havia acampado com as crianças de orfanato, sabia que a barraca era maior do que aparentava. Ao entrar viu que era belíssima, um sofá e duas poltronas, um beliche e uma cama de casal, fogão, mesa, tinha de tudo. O Sr. Diggory saiu da barraca, iria falar com o pessoal do Departamento de Esportes Mágicos.

— A minha é a de cima! — disse Cedrico jogando sua mochila na cama de cima do beliche. 

— E eu sou a criança aqui. — o garoto riu e deu um empurrão de leve no ombro dela — Como você se sente? Último ano em Hogwarts, não vai precisar olhar pra minha cara nunca mais. —  Jade deu um meio sorriso. 

— Sinceramente? Estou nervoso. — Mas acho que vou ficar bem até o final, eu sou durão. — disse rindo.

— Eu vou sentir sua falta, os outros não vão falar comigo como você fala, você sabe, por causa do meu pai e tudo mais. — ela sentou no sofá, Cedrico sentou ao seu lado e a abraçou de lado.

— Não fala isso, não é como se eu não fosse escrever pra você todo dia, mandarei corujas todos os dias, isso é uma promessa. — Jade sorrio e Cedrico também — Melhor colocarmos nossos adereços — ele jogou um cachecol da Irlanda para ela e colocou um chapéu — VAI IRLANDA! 

— Você é muito bobão — eles riram, passaram tinta no rosto para completar seus adereços. Esperaram o Sr. Diggory aparecer para irem.

Quando o senhor Diggory chegou foram para as arquibancadas, estavam em um lugar bem alto, dava para ver o campo todo. Jade olhava com atenção cada detalhe do campo, pensou como seu pai estaria. Provavelmente estaria muito longe, em alguma caverna talvez. O jogo estava um máximo, a Irlanda estava ganhando da Bulgária, Cedrico fez uma aposta com Jade, a Irlanda pegaria o pomo de ouro, Jade disse que a Bulgária pegaria. Quando o jogo acabou, Vítor Krum, da Bulgária pegou o pomo, Cedrico suspirou derrotado e entregou 5 galeões de ouro para Jade, que fazia uma dancinha engraçada da vitória. 

— Eu não acredito, como a Irlanda perdeu o pomo? Nunca mais eu torço pra eles! — falou Cedrico quando chegaram a barraca e Jade ria da cara dele — Pelo menos eles ganharam o jogo! — sorriu convencido. 

— Sim, eles venceram, mas Vítor Krum pegou o pomo. Isso quer dizer que a Irlanda venceu, mas você perdeu a aposta! — disse Jade ainda rindo do garoto, ele riu também. 

Estavam discutindo sobre o jogo quando ouviram gritos e um barulho de correria do lado de fora, o Sr. Diggory apareceu na barraca desesperado e apressado. 

— Pai, o que está acontecendo? — perguntou Cedrico nervoso.

— Comensais da morte! — Cedrico e Jade prenderam as respirações — Estão atacando os bruxos e uma família de trouxas, corram para a floresta e não olhem para trás, rápido! - Cedrico pegou a mão de Jade e os dois correram em direção a floresta. 

Corriam e esbarravam com vários bruxos nervosos e apavorados. O que comensais da morte estavam fazendo ali? Será que estavam atrás de Harry? Ou até mesmo de Jade? Correram mais um pouco até o centro da floresta, mas não muito para não se perderem no caminho.

— Aqui está bom — falou Cedrico quando encostou em uma árvore — Você está bem? 

— Sim, o que será que querem? Acha que vieram pegar alguém? 

— Não sei, talvez, mas se viessem atrás de alguém já teriam encontrado e matado, ou o que deveriam fazer. 

— Ajudou muito, gênio — disse Jade exasperada. Um clarão verde se iluminou no céu, um crânio com uma cobra se entrelaçando que brilhava mais que fogos de artifício dos trouxas — Isso é... 

—  A marca negra! — completou Cedrico.

— Cedrico, vamos voltar pra barraca — eles correram em direção a barraca, ao chegaram a fecharam e aguardaram o Sr. Diggory com varinhas em punho, ele apareceu e suspirou aliviado aos vê-los bem, disse que uma elfo doméstico quem reproduziu a marca no céu. — Conseguiram pegar os Comensais? 

— Infelizmente não, querida, rápido não vamos ficar, vamos levar você de volta ao orfanato. — eles arrumaram-se e aparataram em frente ao orfanato — Querida, sinto muito, estou com pressa e ainda preciso voltar ao ministério, mas foi um prazer conhecer você — ele abraçou Jade que retribuiu o abraço.

— Eu que agradeço. — ela foi até Cedrico e o abraçou forte — Vejo você no trem. 

— Até o trem. — Ele desaparatou junto com o pai e sumiu. 

Jade correu para dentro do prédio, Madame Bloom não estava acordada e a porta estava aberta, isso era estranho. 

Ela nunca deixaria a porta aberta.

 Ouviu um barulho estrondoso na sala de jantar, jogou a mochila no chão e correu até lá. Havia um homem lá, alto, pele clara, cabelos negros, ele girou em direção a Jade que estava com a varinha em mãos e deu um sorriso maléfico. Ele desaparatou, Jade olhou para o chão, o corpo de Madame Bloom estava jogado lá. Sem vida. 

A Herdeira BlackOnde histórias criam vida. Descubra agora