2. Tratamento

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Paciente 240

Dia 1: Paciente estava calma, alimentada e descansada. Não se queixou de dor ou de incômodo. Tomou a medicação como prescrito pelo psiquiatra anterior. Demonstrou estar feliz em me conhecer. 

Dia 5: Estava sonolenta, mas estava bem. Estava sem apetite no dia, de acordo com a enfermeira fez apenas duas refeições. 

Dia 10: Estava dormindo. Decidi ir embora, pois a mesma não havia descansado bem na noite anterior, de acordo com a enfermeira. 

Dia 15: Paciente foi encontrada desacordada no banheiro. Havia tomado toda a medicação prescrita pelo psiquiatra anterior. Prosseguimos com o processo de lavagem

Dia 16: Acordou. Estava chorando muito e disse que não iria conseguir se controlar. Desmarquei duas outras sessões pra cuidar dela. Passei quatro horas em seu quarto até que ela adormeceu. 

...

Dia 30: Uma grande piora. Além de se masturbar compulsivamente durante nossas sessões de terapia, a paciente chorava durante o ato. 

Dia 35: Demiti um enfermeiro por ter colocado-a na camisa de força. De acordo com ele, a paciente estava descontrolada e tentou ataca-lo. Mas na verdade, ele havia mentido. A paciente o induziu a ter relações sexuais e para não perder o emprego, ele a colocou na camisa de força e se machucou propositalmente para culpa-la. Soltei-a e prossegui com a terapia. Ela havia passado cinco horas na camisa de força, seus braços estavam dormentes. Estava faminta e reclamava de dor.

Dia 40: Mais uma vez se masturbando compulsivamente. Sua vagina estava machucada desta vez. Mais um enfermeiro será demitido hoje. Ela se masturbou por duas horas seguidas, e eu resolvi sair de lá. 

Dia 50: Paciente muda totalmente a expressão corporal e as atitudes quando eu chego. Já é a terceira vez que a paciente tenta flertar comigo. Felizmente, a mesma não se aproxima de mim e não tenta um contato mais íntimo. Mas me observa bastante. Irei passar uma medicação para inibir seus desejos e um calmante, pois a mesma mais uma vez estava reclamando de dor e não consegue dormir. Estava toda arranhada.

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NICHA POV

— Não dá mais pra fazer isso, Yuqi. A culpa é minha. — Levei a caneca até a minha boca e dei um longo gole no café com leite. — Ela piorou desde que eu cheguei... seu estado está cada vez mais incontrolável. Deveria ter visto ela ontem. 

Yuqi era uma brilhante psiquiatra. Eu, ela e Soyeon éramos melhores amigas, e trabalhávamos no mesmo bloco e em casos diferentes. Soyeon era a enfermeira-chefe. 

— E o que houve ontem?! — A voz grave e rouca ecoou pela pequena sala. Ela estava sentada no sofá e também segurava uma caneca cheia de café. Hoje o dia iria ser intenso.

Levei a mão direita até minha testa e massageei as têmporas com as pontas dos dedos, soltando um longo suspiro. 

— Ela estava se masturbando de novo. Mas por sorte, não tinha nenhum tipo de machucado na vagina dela. Eu tenho medo dela se ferir de novo, sabe? Ontem ela se masturbou de novo, mas parece que o diário anda ajudando de certa forma. — Deixei a caneca em cima da mesa ao meu lado e então me encostei nela, cruzei os braços e fiquei de frente pra Yuqi. — Tô preocupada de verdade, Yuqi... mais um enfermeiro abusou dela e se aproveitou de seu estado. Eu não aguento mais. Daqui a pouco não vai ter mais um enfermeiro nesse bloco. O que vamos fazer em relação a isso?! Fora que eu me sinto culpada pela piora dela, é bem claro pra mim que esse apego que ela tem comigo pode ser algo perigoso pra sua condição. Ela já está dependente de mim, exige me ver as vezes... chama atenção. Isso tá acabando comigo. Estou pensando em desistir dela.

Touch of My Hand (Mimin)Onde histórias criam vida. Descubra agora