Tudo que eu sempre quis

Dicas para conquistar uma mulher

A tarde passou razoavelmente rápido para ela, seu trabalho, graças a Deus, está indo de vento em popa e sua clientela tem só aumentado. Tudo graças ao seu excelente trabalho e dedicação, pois, modéstia parte, Bulma é extremamente competente naquilo que faz, além de amar o trabalho de coração. Ser autônoma então, é melhor ainda, pois tem total liberdade para fazer seu horário e agenda, embora esteja sentindo que isso tem consumido muito do seu tempo.

Talvez seja a hora de contratar um assistente, alguém para cuidar da sua agenda e de toda a parte burocrática de contratos e pagamentos, enquanto ela se dedica inteiramente apenas ao seu talento. Não parece ser uma má ideia.

Ela estrala a língua enquanto pensa dentro da grande banheira cheia de água e espumas que se formou graças aos sais de banho que colocou.

Depois de um dia cheio de trabalho, relaxar é tudo o que ela precisa. Além do que, tem gastado muito mais energias tentando focar no trabalho, procurando não pensar na sua última conversa com Vegeta. Ela ainda está irritada com aquilo e desde então, não se falaram mais. A discussão ainda está latente na sua memória e ela se questiona se não está relacionado com o fato de que ele agora sabe a respeito do mal entendido do passado, já que Lazuli a atualizou sobre este ocorrido durante o day spa. Agora Vegeta sabe bem que Bulma confundiu as coisas, trocou as bolas, pois Kuririn contou para ele no dia que foram jogar futebol.

Ela respira fundo.

Mas, por que ele não falou nada sobre isso? Talvez... Talvez estivesse mais preocupado com o fato de ela ter dito que não o estava levando a sério ou que estivesse interessada em sair com o primo da Suno.

Ela esperava que ele fosse dizer alguma coisa quando soubesse, que fosse confrontá-la ou até mesmo tentar entender o que foi que aconteceu exatamente, contar também o que realmente aconteceu, já que tanto um quanto o outro só sabem da história pelas memórias de Kuririn.

Talvez ele estivesse esperando que ela falasse algo... Talvez pedir desculpas...?

- Oras! Mas desculpas pelo quê? – Ela franze o cenho enquanto questiona alto, para si mesma.

Ela não fez nada de errado para pedir desculpas. Bom, talvez tenha tirado conclusões precipitadas e não quis ouvir o lado dele, o que aliás, ela nunca nem deu chance dele de contar, mas ainda assim, é bem compreensível sua atitude. Ela o escutou falando aquilo e qualquer outra mulher ou pessoa no seu lugar, teria interpretado da mesma maneira e ainda mais ela, que depois de ter sofrido tanto com o último relacionamento, estava ainda, muito fragilizada.

A azulada suspira pesadamente. Talvez ela tenha realmente sido injusta com ele e talvez ela lhe deva sim um pedido de desculpas, mas não é como se ele não tivesse culpa de nada. Ele próprio escolheu deixá-la ir e nunca mais foi atrás, assim como está fazendo agora. Se ela significasse algo para ele realmente, então ele teria buscado por ela, não teria a deixado escapar assim, tão facilmente...

Não é?

Além do mais, mesmo naquela época, quando começaram a se pegar, embora não houvesse sexo envolvido e foi por um momento curto, algo por volta de 2 a 3 meses, eles nunca tiveram um encontro de verdade, já que só se encontravam nas reuniões de amigos nas quais eles se pegavam em determinado momento da tarde ou noite.

Tudo parece tão difícil e tão complicado de entender. Ela sabe que precisa conversar com ele, como adultos, desta vez. Colocar tudo em pratos limpos. Só que ele não dá o braço a torcer, para nada e ela é tão cabeça dura quanto ele.

Só que alguém vai ter que ceder.

Mas quem?

Passados alguns minutos, ela encerra seu banho e vai até a cozinha para jantar e lá ela encontra Chichi cozinhando, o que pelo cheiro, deve ser algo muito bom. Ela se senta em uma das cadeiras enquanto observa a amiga cozinhar. Ela até ofereceria uma mãozinha, mas sabe que a cozinheira ali, simplesmente detesta que metam as mãos nas suas receitas, além de achar que os outros mais atrapalham do que ajudam neste momento e para Chichi, é melhor fazer tudo sozinha do que ter alguém metendo o bedelho.