Capítulo 5

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Olá, pessoal! Cá estamos nós com mais um capítulo neste famigerado domingo!

[Wolf] Obrigada por todos os comentários e favoritos! Ficamos felizes e lemos cada uma das interações! No entanto, gostaria de chamar uma ATENÇÃO especial para este capítulo que está enorme e cheio de detalhes! Ele possui conteúdo sensível e GATILHOS que podem ser extremamente pesados para terminadas pessoas. Há cenas e frases muito homofóbicas, sexistas e tóxicas. Então, se não se sentir confortável lendo, pule. Não é nossa intenção trazer sensações ruins, apenas queremos desenvolver as personagens e explicar suas vivências. Peço, então, respeito nos comentários, pois sei que vão ficar indignados! Lembrem-se: isso aqui é apenas uma HISTÓRIA FICTÍCIA!

Todo o sofrimento dos personagens vão ser importantes no futuro, acreditem!

[Vamps] E aí gente, eu tô meio ansiosa porque foi a partir daqui que eu realmente comecei a escrever a fic. Nos quatro primeiros capítulos, eu só dava ideias e escrevia uma coisa ali e outra aqui para complementar... espero que vocês gostem da minha escrita! Um aviso: para aqueles que amam as obras dos anos 70/80, prestam bem a atenção nos nomes, sobrenomes, apelidos e lugares mencionados ao longo da história. Eu como amante dessas obras de arte, sempre coloco referências e citações no decorrer da fanfic, e alguns easter eggs de coisas mais atuais. Vou comentar emojis de coração para quem pegar essas citações e referências :)

Músicas do capítulo se encontram já na playlist Over The Dusk Oficial.

Peguem um bom fone, um lenço, inspirem fundo e boa leitura!

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Miami (1986) – Sábado - 16 de Agosto

Casa dos Cabello's

O café da manhã na casa dos Cabello geralmente era um evento que conseguia ser mais quieto e desalento do que um funeral. Pai, mãe e filha apenas degustavam da refeição preparada por Rosa Gomes em silêncio, com um comentário ou outro que partia da matriarca junto com a empregada.

Rosa era uma latinoamericana que viera, há dois anos, do Brasil. Cheia de curvas, negra, de cabelos presos em um coque profissional e uma vestimenta cinza por debaixo do avental branco, ela sabia exatamente onde estava cada coisa daquela casa. Trabalhava integralmente por uma quinzena e, na outra, aparecia apenas por algumas horas durante a manhã para deixar o almoço pronto. Fora um acordo que Alejandro dera à brasileira para que ficasse com seu filho, Antônio, por mais tempo e que o educasse em casa, uma vez que o mesmo ainda não era dominante do inglês.

Diferentemente de Patricia na casa dos Jauregui, Rosa não construiu uma relação maternal com Camila. Na verdade, gostava bastante da forma como Sinuhe liderava a família e viviam conversando nos tempos livres.

Mas hoje foi um dia diferente.

Enquanto faziam seu desjejum, uma Sinuhe animada com seu programa de fofocas tagarelava pelos cotovelos os mais variados assuntos fúteis em relação à roupa, cabelos, sapatos, jóias e maquiagem das famosas.

Olhem só que maravilhosos! — ela enunciou eufórica, bebericando um gole de café com leite em sua xícara de porcelana cara escolhida por si, com cuidado, a dedo, sem tirar os olhos da TV.

A cabeça de Camila latejou com a voz da mãe e ela precisou controlar habilmente sua expressão facial de significativa ressaca ao mesmo tempo em que arrumava os óculos no rosto. Pouco dormira naquela noite e ainda acordara cedo para tomar dois banhos e trocar de roupa — emprestadas, mais uma vez. Quase como uma poção mágica, Patricia presenteou todas as jovens com uma vitamina de banana naquela manhã, a fim de aumentar os níveis de glicose, e levou cada uma para suas respectivas casas antes que os pais reclamassem ou desconfiassem de algo. Foi prestativa ao ponto de até voltar à boate, pela moto da Jauregui.

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