Capítulo 14

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Olá, pessoal! Hoje não é domingo, mas tem atualização!

[Vamps]: Como vai o coração de vocês? Espero que bem porque olha, não tá fácil... Se vocês infartaram com o capítulo anterior, SE SEGUREM NAS CADEIRAS, pois este está tão tenso, sangrento e caótico quanto o outro! Agradecemos imensamente pelo apoio de vocês! Aos poucos a fic está crescendo e estamos muito felizes por isso! Continuem comentando bastante e votando! :)

[Wolf] Um dos momentos mais esperados finalmente chegou! Está incrível! Porém, novamente, gostaria de alertar GATILHOS pesadíssimos de cenas de MUITA mutilação e violência explícitas.

Músicas do capítulo se encontram na playlist "Over The Dusk Oficial" no Spotify. Lembrem: 2x significa a repetição da música.

Peguem um bom fone, apaguem as luzes do quarto, preparem a cola para o queixo caído e boa leitura!

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Noite de Lua Cheia

* Music On * (Sciophobia – Jo Wandrini)

Algo inumano chegou a Miami tão sorrateiro quanto a Lua Cheia no alto do céu noturno. É o lobisomem e não há nenhuma razão a mais para sua chegada do que haveria para o surgimento de um câncer ou de um psicótico com crimes em mente. Seu tempo é agora, seu lugar é aqui, nesta grande cidade da Flórida onde o turismo é um dos maiores lucros e novas construções de prédios, shoppings e clubes são religiosamente noticiadas no jornal semanal. Na próxima semana... haverá notícias de uma variedade mais tenebrosa.

Lá fora sua presença começa a ser notada; os rastros de sangue e morte são a sua marca... e o gemido do vento tem algo de selvagem e prazeroso. Não há nada de Deus ou Luz naquele som desalmado — é tudo pertencente ao outono sombrio.

O ciclo do lobisomem começou.


O som gutural saía da garganta da fera faminta, a qual ainda rasgava e se alimentava das entranhas pertencentes ao que um dia foi Keana Issartel. A francesa já morta, com os olhos congelados para o nada, possuía um enorme buraco na barriga de onde jaziam alguns dos restantes e quentes sacos de intestinos e tripas que caíam ao chão. O sangue fresco escorria por entre as patas e sumiam na pelagem negra dos braços da criatura manchada por vermelho até os cotovelos; o líquido viscoso parecia quase escuro sob o oscilante clarão da lua que rodeavam as paredes de concreto através das frestas nas janelas.

Soltando um grunhido raivoso, a lobisomem abriu o peito desprotegido abaixo de si com ambas as patas e pouco esforço. Arrancou a pele na medida em que puxava os tecidos epiteliais em direções opostas. Abriu a caixa torácica ao meio, respingando sangue para todos os lados e criando uma enorme fenda para expor as costelas estreitas e brancas. Bufando em antecipação, enfiou a pata entre elas e arrancou o coração de Keana, não hesitando em levar o órgão à boca e mergulhar os dentes afiados na carne macia e fibrosa. O fluido quente encheu-lhe a boca e escorreu-lhe pelo queixo; o sabor vibrou em sua garganta em prazer absoluto. Cada vez mais, os dentes afiados dilaceravam o músculo suculento, saboreando-o até que não restasse mais nada.

Ainda sentindo fome, ela vasculhou a carcaça de Keana atrás do fígado, rins e de outros órgãos vitais.

E então vozes entraram no seu campo de audição, fazendo a lobisomem erguer uma de suas longas orelhas para captar melhor.

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Corredor Próximo - Universidade de Miami

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