Capítulo 2

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Olá, pessoal. Não, não se trata de uma miragem. Over The Dusk está mais uma vez de volta e agora para ficar! Não vou me delongar com justificativas pelo meu sumiço, porque não vem ao caso. O que importa é que a história vai continuar e agora com uma parceria! OTD não é apenas minha, e sim, um trabalho conjunto com AngelBooks77. Ela me inspirou a voltar! Para isso, usaremos uns codinomes: eu, a autora de Into The Dead, serei a titia Wolf e a Angel a titia Vamp. Só para facilitar a comunicação mesmo.

[Wolf] Alguns pequenos avisos: assim como Into The Dead, o enredo de Over The Dusk vai ser recheado. Gostaria de pedir, encarecidamente, que NÃO associem as personagens dessa fanfic às suas pessoas na vida real. Isso aqui se trata de uma história de ficção, se trata de um universo alternativo, se trata de uma coisa NÃO REAL. Não há favoritismo, não há qualquer masculinização proposital ou ligação má intencionada com a vida real e com as trajetórias pessoais dos indivíduos que integram esse enredo. Todos os personagens vão passar por crescimentos e por evoluções, portanto, algumas atitudes serão mudadas ao longo do tempo (assim como acontece na nossa vida, não é mesmo?!).

Releiam os capítulos postados séculos atrás. Peguem um bom fone de ouvido, uma comidinha e aproveitem essa trajetória que vai ser insana.

[Vamp] E as atualizações vão acontecer aos domingos: semanalmente ou, no máximo, quinzenalmente. Favoritem os capítulos, deixem comentários (amamos ver as interações de vocês) e compartilhem nas redes sociais. Aliás, nos sigam nos twitters: AngelBooks77 e control5h.

Musicas do capítulo: "So Far Away" do Dire Straits; "A Little Respect" do Erasure; "Making Love Out Of Nothing At All" do Air Supply.

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Reminiscência [s.f]: Recordação do passado: o que se mantém na memória. Recordação de uma verdade observada pela alma no momento da desencarnação e, quando retomada pela consciência, pode ser a eminência da base de toda sabedoria ou do conhecimento humano.

Miami (1986) – 21 horas e 43 minutos

*Music On* (So Far Away – Dire Straits)

Sentada com a cabeça escorada no banco de estofado negro, Lauren mantinha os olhos compenetrados na cidade movimentada do lado de fora, através do vidro do Fusca amarelo modelo Volkswagen 1984 de Veronica. Suas íris verdes cansadas, morteiras, analisavam os brilhos vermelho e laranja dos letreiros dos cinemas, dos bares e discotecas anunciando novos filmes, bebidas e shows de banda de rock; as pessoas com dinheiro caminhavam nas calçadas com suas jaquetas jeans ou de couro, calças, saias e blusas bem passadas, botas e saltos luzentes para virarem mais uma noite nas badaladas festas que aconteciam em qualquer parte de Miami. Nas esquinas, as garotas de programa com seus cabelos volumosos por spray e roupas minúsculas assobiavam sem a menor vergonha para os homens que passavam por perto; os pedintes em maltrapilhos, sentados em papelão e escorados às paredes, balançavam copos de alumínio em busca de míseros trocados.

Ah... os extremos de uma cidade grande. Sempre presentes.

E o melhor de tudo era que, a cada dois dias, ônibus dos condados e estados vizinhos paravam nas esquinas e deixavam mais e mais turistas e iludidos pelo Sonho Americano para viver naquela região.

Aquilo seria um ciclo sem fim.

Com as mãos no volante fino, Veronica alternava os olhos escuros entre a rua e a melhor amiga sentada ao seu lado. Os carros, que se resumiam em fuscas e Chevrolets por estarem em uma área de classe média da cidade, buzinavam à sua frente porque um babaca vacilara quando o semáforo finalmente havia ficado verde. E naquele meio tempo esperando que a fila de automóveis desenvolvessem em sentido Norte, a mulher de cabelos longos e com a lateral esquerda raspada, no famoso sidecut, teve alguns segundos para estudar Lauren, que encarava o vidro do carona e a impossibilitava a visão do rosto por completo.

Over The DuskOnde histórias criam vida. Descubra agora