Péssima descoberta

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Kabal foi jogado bruscamente na cela. Aquela forma como foi tratado o deixou irritadissímo, já estava mais do que ferrado. Então teve que segurar a sua raiva para não arrebentar a cara do agente, porém não pôde deixar de lançar um olhar intimidador.

Todos o tratavam de forma grosseira, mal educada e indiferente. Seus companheiros de cela não o deixaram quieto um minuto sequer. Toda hora era uma piada ou comentário sarcástico diferente. O cúmulo foi quando um preso quis tocar em seus tubos e ele não deixou barato.

- Escuta aqui, imbecil. Se me tocar mais uma vez. Vou arrebentar sua cara inteira aqui dentro. Não vai ter agente e nem parceiro que vai me impedir disso. Entendeu bem?! - Kabal ergueu o preso contra a parede.

- Não é minha culpa se você é um desfigurado e isso me entretém. - O preso falou sarcástico.

- Agora eu acabo com você!

Kabal bateu o homem contra a parede duas vezes. Sendo segurado por outro detento.

- Parem os dois! Novato, você aí, seu esquisitão. O negócio aqui é mais embaixo. Se um começa uma briga, todos nós pagamos! - O outro detento interveio.

- Devia era falar isso para aquele cuzão ali. - Kabal rebateu.

- Merda, o carcereiro está vindo aí! - Adam falou e foi quem apartou a briga.

- Aí, o que está rolando aqui. Quero saber quem foi o marginal que começou tudo isso! - O agente disse em tom ameaçador.

Adam assumiu a culpa, poupando Kabal. Ele sabia que quando um preso novo fazia algum tipo de motim. Ia para a solitária por 3 dias sofrendo todo tipo de agressão possível. Por ele ser o detento mais antigo e saber como convencer os agentes. O que aconteceu ficou por aquilo mesmo, porém foram advertidos.

- Valeu, irmão por livrar minha pele. - Kabal agradeceu.

- Não esquenta, mas olha, vou te dar umas dicas: todos os novos presos que chegam aqui. São postos em prova. Se não forem com a sua cara, é pior ainda. Então evite cair em qualquer tipo de provocação. Senão tudo isso vai ser contabilizado na sua ficha. Mas e aí, por que foi preso?

- É uma longa história... Vou tentar resumir. Eu era policial em New York. Um dia, quando houve uma invasão estranha por lá. Uma espécie de ser de quatro braços me enfrentou. Nisso, não tive muito tempo para me defender e nem dava também. Quando me dei conta, estava todo ardendo em chamas que ele cuspiu pela boca. E depois usando esses tubos que me mantém vivo. Fui afastado do cargo com a promessa de que me pagariam aposentadoria por invalidez, mas isso foi pura ilusão. Então entrei para a criminalidade, fiz tudo que pode imaginar. Desde furtos a latrocínios. Fugi de New York tentando resolver minha vida aqui. Só que pelo visto, minha advogada é uma inútil! - Kabal deu um murro na parede.

- Cara, que história bizarra. Só que espere aí... eu acho que sei quem você é. Você foi um dos combatentes escolhidos. Eu vi quando saiu no jornal. Teve muita coragem e sorte. Enfim, me Chamo Adam.

- Prazer, Adam. Sou Kabal, realmente não era para eu estar aqui. Mas e você foi preso pelo quê?

Adam contou que foi detido e acusado de homicídio doloso ao atropelar um jovem. E que por não ter conseguido provar sua inocência pegou 10 anos de prisão.

Naquela mesma noite, tentaram implicar com Kabal novamente. Entretanto, enquanto estivesse lá dentro teria parceria com Adam para evitar mais confusão.



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Na manhã seguinte, Kimberly foi ao escritório pegar suas coisas. Sua expressão de derrota e rosto de quem chorou até dormir, era evidente. Bennie a olhou com nojo e desprezo.

Perfeita Imperfeição.Onde histórias criam vida. Descubra agora