Nasce uma família

14 2 1
                                    

Kimberly estava contente por ter conseguido ganhar uma causa cível para uma cliente, pois há uns quatro meses que ela não recebia pensão alimentícia do ex marido e nem conseguia alguém competente para resolver tal assunto.

Ao contratar Kimberly, não escondeu a gratificação e o sorriso de felicidade. De fato, a advogada ia fundo quando precisava.

- Muito obrigada, senhora Jones. Agora meu ex marido vai pagar tudo o que me deve. E enfim, poderei dormir tranquila com meu filho. Vou indicá-la para mais pessoas, pode ter certeza. - A cliente disse sorridente.

- Disponha, isso nada mais é do que meu trabalho. Agradeço a sua confiança e fico contente pelas indicações. Desejo tudo de bom de agora em diante. - Kimberly deu um aperto de mão amigável.

Ver e ouvir aquilo a deixavam cada vez mais confiante. Seu nome aos poucos estava sendo construído e reconhecido. Era nítido o "brilho" que Kimberly começou a mostrar.

Kabal também estava desenvolvendo um bom trabalho com a equipe de seguranças. Quando não estava fazendo a guarnição nos bancos, com o transporte de valores. Estava dando instruções e treinamento para os mesmos. Afinal, todo seu conhecimento policial fazia a diferença dentro daquela equipe.

- Muito bem, homens. Guardem os materiais, estão dispensados. - Kabal ordenou.

Kabal foi para uma cidade vizinha recolher os malotes que um banco havia deixado separado. O que não esperava é que uma dupla de assaltantes apareceu para trocar tiros com os seguranças.

Imediatamente ele os organizou e deu ordem para abrirem fogo.

- Peguei vocês, larguem as armas ou os mato aqui mesmo! - Kabal os rendeu.

- Pensa que é quem? Segurança de merda! Não tem todo esse poder. - Um bandido o confrontou.

- Vou te mostrar quem é o segurança de merda: você está preso. - Kabal tirou uma algema de seu uniforme. Também mostrou seu distintivo de policial. Afinal, mesmo reformado ainda poderia exercer a função quando necessária.

Os bandidos foram dominados por ele e pelo restante dos seguranças. Assim que a polícia chegou, eles foram liberados. Vez por outra, a equipe tinha problemas do tipo. Entretanto, nenhum homem ainda tinha sido ferido quando o ex policial estava naquele turno.

Kabal havia acabado de voltar para a empresa e foi surpreendido pelo gerente. Que foi apressado em direção ao empregado.

- Aí está você, ainda bem que chegou. - Wilson disse ofegante.

- O senhor está pálido, aconteceu alguma coisa? - Kabal perguntou preocupado.

- Sim... me ligaram agora há pouco do trabalho de sua esposa. Precisa correr para o hospital central, ela acabou de entrar em trabalho de parto. - Wilson falou.

- Cacete! Achei que fosse demorar um pouco mais. Não sei o que fazer... - Kabal levou as mãos a cabeça. Estava muito nervoso.

- Rapaz, fique tranquilo. Vai dar tudo certo. Deixa que vou arrumar um substituto para você. Agora vai logo. - O gerente o dispensou.

Ele saiu às pressas do trabalho e foi para o hospital. Chegou suando de nervoso na recepção. Sua esposa havia acabado de subir para o centro cirúrgico obstétrico.

Os familiares de Kimberly chegaram logo em seguida. Ao verem Kabal extremamente nervoso na sala de espera, foram conversar com ele. Sua ansiedade era descomunal.

- Hei, jovem. Venha cá. - Chris o chamou. - Eu entendo seu medo, é perfeitamente normal. Ainda mais quando se é pai de primeira viagem.

- Não entendo, até um tempo atrás isso parecia tão simples. Só que agora nesse momento, minha cabeça está a mil. Como será que eles estão? Será que conseguirei ser um bom pai? Meu estômago chega a doer de preocupação.

Perfeita Imperfeição.Onde histórias criam vida. Descubra agora