Perfeita imperfeição

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Anos mais tarde...

- Não acredito que um dia voltaria a New York. Vou sentir saudades de Washington. - Kabal falou saudoso.

- Eu também sentirei saudades. Entretanto, temos um motivo maior para virmos morar aqui, meu amor. - Kimberly respondeu.

- Sim, eu já sei. Michael está na Academia para se formar bombeiro. Confesso que tenho muito medo dele se ferir. Não gosto muito dessa ideia. Ele é bem cabeça dura quando quer também. Puxou a quem será?

- A mim que não foi, nem começa.

- Ah, foi você sim!

- Que seja! Enfim, gostando ou não temos que apoiá-lo. Infelizmente esses riscos fazem parte do trabalho dele. Assim como quando você foi policial.

- É, mas a polícia é diferente.

- Não, é não. A única diferença que vejo é que ao invés de trocar tiros, Michael vai apagar incêndios. Pare de ser super protetor, sabe que isso o irrita. - Kimberly o repreendeu.

Foram surpreendidos quando o filho abriu a porta.

- Mãe, pai... que bom que vieram, entrem! Não sabem o quanto esperei por vocês. - Michael os recebeu festivo.

- Claro que viemos, eu fui transferido da empresa de segurança e sua mãe abriu um escritório aqui. Sem contar que é seu aniversário, ou já se esqueceu?

- Verdade! Me desculpem, ando tão atarefado na Academia... enfim, também fico muito feliz pelas conquistas de vocês. Querem alguma coisa? - Michael fazia questão de fazer seus pais se sentirem bem.

- Eu aceito um copo de água, estou morrendo de sede. - Kimberly falou.

- E eu quero a sua melhor cerveja. Tem aí?

Kimberly arregalou os olhos com a ousadia do marido.

- Kabal, deixa de ser intrometido!

Michael riu do jeito de seus pais. Adorava provocar sua mãe quando seu pai estava por perto.

- Deixa ela falar, é bom que sobra mais. Pode pegar quantas cervejas você quiser.

- Michael, seu boçal! - Kimberly deu um peteleco na cabeça do filho. - Pare de me provocar. Você também, Kabal!

- Ui, ela está brava. Que medo! Tantos anos casada comigo e ainda entra na provocação. Não é minha insanidade? Olha só como fica linda toda vermelha.

O marido a provocou e levou um pisão no pé.

- Também não é para tanto, Kimberly. Puta que pariu!

Ela deu um sorriso satisfatório, pois quando pediam para parar. Realmente tinham que parar.

- Vai, já chega os dois. Desculpa ficarmos a provocando... mas é que sentia tanta saudade dessa nossa bagunça. Que acabei extrapolando. Aqui está sua água e pode pegar o que quiser. A minha casa também é a casa de vocês. Fiquem à vontade. - Michael deu um beijo no rosto de sua mãe. Que se derreteu. Enquanto seu pai o olhava de soslaio.

- Está desculpado, meu amor. Você é realmente parecido com seu pai. Mesmo depois de adulto, não herdou muitos traços meus.

- Herdou sim, Kim. Michael é responsável, astuto e dedicado como você. Pena que não quis ir para a faculdade de engenharia civil. Sabe o que acho dos bombeiros...

Kimberly cuspiu a água, aquilo foi o auge do início de uma discussão.

- Olha, se você veio aqui para me torrar a porra do saco e jogar na minha cara que a faculdade é melhor que o Corpo de Bombeiros. Então pode ir embora, já te falei várias vezes que essa super proteção me irrita. - Michael encarou seu pai.

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