Execução

17 2 2
                                    


Alguns momentos antes...

- Vai querer o que para a sua última refeição, esquisitão? - O carcereiro perguntou.

- Quero mais que você e todos vão tomar no rabo! Não estou com fome. - Kabal o confrontou.

- Eu te daria uma surra, detento. Porém vai ser executado em breve, então não vou me dar ao trabalho. Que você se foda. - O carcereiro saiu.

No entanto, antes de ser executado. Kabal ainda tinha direito a uma última ligação. Ligou para sua advogada que chegou agoniada.

- Então esse é nosso último adeus. Queria ter mais tempo para poder te abraçar, te amar, sentir outra vez seu toque e seus beijos. E também poder conhecer esse bebê. Você foi muito maravilhosa comigo durante todo esse tempo. Não me arrependo em nenhum momento de tê-la roubado de Bennie para mim. E faria muitas outras vezes, se pudesse. - Kabal chorou.

- Pare de dizer essas coisas, isso me parte o coração. Vamos ter mais tempo sim e você conhecerá esse bebê, Kabal. - Kimberly tentava manter a calma, mas aquelas palavras a feriam.

- Não, não vou. Eu te amo muito, Kim. Tinha até planos para nós.

- E quais seriam esses planos?

- Eu queria casar com você, reformar aquela casa, talvez tentar arrumar um emprego e cuidar de nós três. Só que não será possível. Hoje mesmo tudo isso acaba aqui.

- Discordo. Nada acaba aqui, entendeu! Vamos nos casar, sim. Vamos ter e realizar muitos planos. O governador virá em breve. Faltam ainda 30 minutos. Logo meu tio e Bruce Lewis aparecerão por aquela porta e você será um homem livre.

- Queria muito pensar assim...

Kabal estava irreconhecível, pois chorando e falando daquela forma. Deixava Kimberly assustada e de mãos atadas. Afinal, ele parecia ser um homem com emoções inquebráveis e destemido.

Eles conversaram muito antes de o levarem para a sala de execução. Kimberly e Kabal contavam os segundos, angustiados. Aonde seu tio e o governador estavam? Ela ligou para a casa de sua tia. Que deu a mesma informação, dizendo que Chris foi encontrar Bruce no aeroporto e estavam à caminho.

- Caralho... faltam apenas 10 minutos. - Kabal falou. Cada vez que olhava o relógio, seu desespero aumentava.

- Sim, mas eles já estão chegando. Aguardemos mais um pouco, não vamos perder a esperança.

- Toda aquela reportagem não adiantou de nada. Gostaria de estar vivo para ver Bennie pagar.

- Adiantou sim, todos nós o veremos pagar por tudo.

- Senhor Kabal, vamos. Está na hora. Gostaria de nos acompanhar, senhora Jones? - O agente perguntou.

- Faltam ainda 5 minutos, meu tio e o governador estão chegando. Por gentileza, nos deixe mais um pouco. - Kimberly insistiu para tentar ganhar tempo.

- Lamento, mas esses 5 minutos são para o preparar para a execução. Agradeça por ser injeção letal. Poderia ser muito pior na cadeira elétrica. - O agente zombou. - Agora vamos, se a senhora quiser pode vir junto. - Concluiu.

Kimberly não teve escolha a não ser os acompanhar. Kabal estava sem forças e reagir também não adiantaria nada. Quando chegaram na sala, um calafrio percorreu a espinha dos dois.

Kabal foi algemado a maca. O médico chegou e antes de iniciar o processo, explicou como seria feito.

- É totalmente rápido e indolor. Primeiro será anestesiado, depois receberá uma injeção que causará uma parada respiratória e por último uma outra que o levará a uma parada cardíaca. Agora vou punçar sua veia. - O médico já estava mais do que acostumado aquilo, porém Kabal causava um certo medo nele.

Perfeita Imperfeição.Onde histórias criam vida. Descubra agora