1. A Chegada

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O DIA ESTAVA NORMAL, NADA FORA DO COMUM

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O DIA ESTAVA NORMAL, NADA FORA DO COMUM. Todos trabalhavam em seus postos com os devidos serviços seguindo as regras normalmente, até a hora esperada. 

O som das correntes eram altíssimos, parecia que tudo iria desabar a qualquer instante, estava subindo e não descendo, porém ela não sabia. O alto barulho lhe fez acordar e deixou-a atenta a qualquer coisa que acontecesse. 

Estava assustada. Não sabia de nada, não lembrava de nada, nem mesmo sobre si e isso a deixava agoniada e com medo. Olhou para os lados buscando algo para ajuda-la, foi em vão. Não tinha uma corda, uma ferramenta ou algo que recordasse que poderia contribuir com seja lá o que faria. Estava em completo desespero.  

Avistou caixas e rapidamente tentou abri-las para pensar em algo que a ajudasse, porém, quando puxou a tampa de uma das caixas de madeira, sua puxada sincronizou com a parada da Caixa Elevadora em que estava e o baque a fez cair, batendo a cabeça com força nas grades e a apagando de vez. 

Rapidamente, com o barulho da Caixa subindo, todos os garotos da Clareira foram até a mesma para desvendar o mistério e descobrir quem era o novato, o próximo fedelho, o próximo jogado ali sem um motivo coerente  — pelo menos para os clareanos. 

Newt foi o primeiro a se aproximar das grades de ferro, as abrindo e pulando dentro da mesma para conhecer o novo fedelho. Só não contava com o que estava por vir.  

Ficou perplexo ao ver. Era a primeira garota que vira, pelo menos depois que chegou na Clareira, e nunca havia acontecido algo parecido. 

— O que é que está havendo aí? — perguntou um dos garotos da roda ao redor da Caixa. 

Sem saber o que dizer, como falar ou o por que terem mandado uma garota depois de tantos meses apenas de meninos, encarou Alby o instruindo a entrar na Caixa e se certificar que não tinha sido picado por um Verdugo e estava delirando. 

Espantado e com a mesma confusão em seu semblante, ele exclamou: 

— Não é possível. — murmurou para si mesmo. — É uma garota!  

Murmúrios e fuxicos foram ouvidos por segundos, todos estavam chocados. Isso era uma novidade para a Clareira. Desde o início quando Alby, o primeiro clariano, chegou naquela Caixa até o momento atual nunca houvera aparecido uma garota na Clareira. Eles nunca tinham visto uma garota na vida. 

Alby e Newt tiraram a garota da Caixa cuidadosamente, a colocaram na grama, ainda no centro da roda, e ficaram a admirando ainda boquiabertos com a situação. 

Mesmo sendo a primeira e única garota que tinham visto em sua vida, acreditavam ser a bela do mundo. A garota possuía pele clara delicada como porcelana, cabelos castanhos e um corpo magro agraciado aos olhos dos garotos. 

Entre todos os murmúrios de confusão, a garota ia se remexendo e resmungando algo deitada no chão, dando leves gemidos de dor. Quando finalmente abriu seus olhos, levou sua mão até os mesmos e reclamou da claridade do sol em seu rosto causando uma dorzinha de cabeça chata. Sentou-se no chão e ao olhar para os lados e ver vários garotos a observando recuou para perto da Caixa. 

DESCARTÁVEL | The Maze RunnerOnde histórias criam vida. Descubra agora