Capítulo 18

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-Se sente melhor? -Ker perguntou preocupada assim que viu Juliette sair com Sarah do hospital e Juliette sorriu pela preocupação da mulher.

-Estou. Obrigada por me trazerem.

-Quando acordou Sarah explicou o que houve? Sarah é péssima em tranquilizar as pessoas. Uma vez eu fui internada e, quando acordei, a primeira coisa que ela me disse foi "Eu arrumei o chuveiro da sua casa." -Ker falou disparada e Juliette gargalhou, vendo Sarah enrubescer.

-Bem, ela... não perdeu esse costume. -Juliette disse sorrindo.

-Oh virgenzinha, o que ela disse? -Thaís perguntou curiosa.

-Prefiro não comentar. -Juliette disse, vendo Sarah respirar aliviada.

-Entrem no caminhão porque preciso recuperar o caminho. Vamos! -Sarah disse e Carla suspirou, se inclinando para Juliette assim que Sarah marchou até a porta de seu caminhão e entrou nele.

-Como eu disse: Mocinha em apuros. -Carla sussurrou fazendo Juliette rir e todas entraram no caminhão.

[...]

-E aí a borboleta entrou no meu quarto. -Juliette contava à Sarah, que ouvia tudo rindo. -Imagina o meu desespero ao ver um monstro daquele invadir meu quarto de madrugada. Eu não pude dormir e nunca mais abri a janela de noite.

-Juliette, borboletas são fofas e indefesas. -Sarah disse rindo, enquanto as outras três assistiam a interação com uma grande interrogação no meio das testas. Se fosse uma delas contando sobre aquilo, tudo o que Sarah faria seria responder entre resmungos e risos contidos. Com Juliette ela estava tendo todo um diálogo e paciência.

-Quem me garante que um espírito não a possua e ela fique malvada? -Juliette indagou e outra risada de Sarah ecoou pela lataria do veículo. -Pior, e se ela tivesse raiva ou algo que a fizesse ficar má?

-Juli, borboletas não têm isso. -Sarah disse, levando sua mão direita até o nariz da menor e o apertando. -Não seja boba.

-Prefiro não arriscar, Sarah. Eu não gosto de borboletas.

-Mas por quê? São tão meigas e fofas.

-Não gosto e fim. -Sarah riu e Juliette bufou, encostando sua cabeça no ombro de Sarah. -Estou cansada.

-Juli... Assim eu não poderei mudar a marcha. -Sarah disse séria. -E do que está cansada? Não fez nada.

-Deixa eu ficar aqui um pouquinho? É estrada reta, não precisa mudar a marcha agora. Já já eu saio. -Ela pediu e Sarah sorriu no canto de seus lábios. Era impressionante como aquela garota ousada, sexy e provocante conseguia ser meiga e fofa também.

-Argh. Tudo bem. -Sarah se deu por vencida fingindo uma carranca, mas no fundo ela havia amado aquele toque.

-Obrigada. -Juliette respondeu sorrindo. -E sobre eu estar cansada... Bem, cansa não fazer nada também, sabia?

-Sou obrigada a concordar. -Thaís se meteu. -Só não morri de tédio ainda porque meus olhos encontraram uma boa distração.

-Que distração? -Sarah perguntou.

-É... hm, não vem ao caso. -Ela não diria à Sarah que ver ela interagindo com Juliette era fofo e divertido. Conhecia sua cunhada há tempo o suficiente para saber que ela se fechava quando alguém comentava sobre isso por achar essas situações embaraçosas.

-Sah, posso ligar a rádio? -Juliette indagou, olhando, disfarçadamente, para o par de coxas expostas de Sarah, já que a loira usava um short bem curtinho de moletom, cinza com as beirinhas pretas; gostosa, pensou.

-Não. -Sarah respondeu solenemente, todavia, Juliette colocou uma mão sobre uma das coxas de Sarah, sem malícia, e se aconchegou mais contra o corpo dela.

-Por favor... -Juliette pediu e Sarah lhe olhou de soslaio. Como dizer não à uma imagem tão adorável? A maior rosnou baixinho e bufou.

-Tudo bem, Juliette. -- E, ao ouvir a menor bater palminhas de puro entusiasmo, Sarah riu. Juliette depositou um beijo na maçã do rosto de Sarah antes de sintonizar em alguma rádio de seu agrado.

Ker riu, negando com a cabeça. Ela deveria ter levado o celular, definitivamente, mas era um trato delas: Nas viagens que faziam juntas ninguém levava celular. Porém a pequena loira não imaginava que sua outra irmã também arrumaria alguém e que ela ficaria sobrando.

-Não, Juliette! -- A voz firme de Sarah trouxe Kerline de seus pensamentos.

-Por que não? Canta, vai?

-Não vou cantar com você. -Repetiu seriamente.

-Você é muito chata, sabia? -Juliette disse voltando a enterrar seu rosto na curva do pescoço da maior. Ela adorava o cheiro que a pele de Sarah emanava e não perdia a chance de inalar aquele perfume natural cada vez que lhe fosse possível.

-Sabia. -Sarah respondeu e Juliette riu. A menor olhou para trás e viu que mais ninguém prestava atenção nela, pelo contrário, as três cantarolavam a letra da música que tocava de olhos fechados. Juliette voltou a afundar o rosto do pescoço de Sarah e levou uma mão até a coxa da maior, acariciando vagarosamente a região.

-Sarah... -Juliette sussurrou em seu ouvido com aquela maldita voz que fazia a intimidade de Sarah entrar em alerta. Sarah sentiu todas as células de seu corpo se arrepiarem quando Juliette depositou um beijo lento em seu pescoço, subindo um pouco a cabeça e mordiscando o lóbulo de sua orelha. -Vamos parar para comer? Estou com fome. -Juliette sussurrou, subindo um pouco mais sua mão, sem deixar que fosse algo imprudente, já que as garotas poderiam abrir os olhos a qualquer momento.

-Certo. -Sarah disse, notando como as batidas de seu coração se aceleraram. Juliette continuou a provocar-lhe e quando Sarah estacionou ela ficou confusa. -Comam. Eu já volto! -Disse séria, abrindo a porta do caminhão e se esquivando de Juliette para descer. A porta do caminhão fechou-se com certa brutalidade e a menina ali se viu perdida.

-O que ela foi fazer? -Juliette perguntou confusa, vendo pelo retrovisor Sarah andar até a parte de trás do caminhão e logo sumir de vista.

-Vá ver por si própria. -Carla disse dando de ombros, atacando o isopor no momento seguinte. Juliette, por ser tão curiosa, realmente decidiu ir. A garota abriu a porta e desceu do caminhão. Apenas encostou a porta para Sarah não saber que ela havia descido.

Caminhou até atrás do caminhão e deu de cara com Sarah controlando a respiração, de olhos fechados e com a cabeça para o alto.

-O que está fazendo? -Juliette perguntou e Sarah abriu os olhos, lhe encarando.

-Vim pegar um ar. -Ela disse e Juliette assentiu, olhando para os lados antes de se aproximar de Sarah.

-Você está muito... linda. -Juliette disse, percorrendo seus olhos pelo corpo de Sarah. -Eu não disse lá dentro porque você parece ser bem reservada.

-E sou. -Sarah disse, sentindo o sol da manhã lhe acertar em cheio.

-Bem, vou deixar você tomar o seu ar, então. -Juliette disse, mas sentiu a mão de Sarah se enroscar em seu braço e puxar ela para si, colando os corpos.

-E que tal se ficar e me ajudar a perder o ar? -O sorriso provocante de Juliette enfeitou seus lábios ao ouvir aquilo.

-Com prazer.

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Último de hoje pra vocês
Até amanhã, beijos

Curtam e comentem que tô de olho por aqui.

Os capítulos de amanhã vão está pagando fogo 🤫

Destino Incerto | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora