Destino Incerto | Sariette

Capítulo 16

Oii galera, voltei...
Ontem não atualizei pq estava doente, então não consegui atualizar pra vocês.

Mais hj vou tentar atualizar pelo menos uns três capítulos.

Obrigada pra quem tá acompanhando, que está interagindo e curtindo.

Então vamo lá pra mais um capítulo....

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Sarah já estava há cerca de vinte minutos, aproximadamente, velando o sono de Juliette. A garota acordou mais cedo do que todas, como de costume, e passou por cima de Kerline, indo escovar seus dentes e lavar seu rosto lá fora. Ainda chuviscava e por isso ela não demorou lá fora.

-Bom dia, Sarah! -Ker acordou ao sentir o banco se remexer e disse ao ver sua irmã voltar para o caminhão.

-Dia! -Ela respondeu com a mesma seriedade de todas as manhãs. Guardou sua escova de dentes e voltou para o lado de Juliette.

-Estou morrendo de fome. -Kerline disse se sentando no banco. Falou um pouco alto demais, o que acabou despertando Juliette. Os olhos castanhos se abriram assustados, mas ao encontrar aquelas esferas esverdeadas vidradas nela um sorriso nasceu em seus lábios.

-Bom dia, Sah. -A garota disse docemente e levemente rouca e no rosto de Sarah se formou um meio sorriso.

-Bom dia, Juli. -Ker franziu o cenho e olhou confusa para sua irmã. Que carambolas foi aquela? Cadê o "dia!" Seco e sem humor de todas as manhãs? -Dormiu bem?

-Uhum. -A garota respondeu, lembrando-se de ter enterrado seu rosto no pescoço de Sarah durante boa parte da noite e dormido inalando o cheiro da pele da garota.

-Você está bem? -Sarah perguntou ao ver a garota tossir e então notou que ela estava com o nariz levemente avermelhado. Sua mão tocou a testa de Juliette e então bufou irritada ao sentir a temperatura da garota. -Eu sabia que aquela chuva não te faria bem.

-Eu estou bem. -Juliette falou se aconchegando mais em si própria.

-Está com frio? Com sede? Fome? Precisa do quê? -Sarah perguntou e novamente Ker arqueou uma sobrancelha.

-Eu estou bem. Não se preocupe, bobona. -Juliette disse, segurando a mão de Sarah que estava em sua testa e entrelaçando com a sua.

-Você ter saído naquela chuva ontem foi culpa minha. Então me preocupo sim. -Sarah disse, puxando a coberta de Kerline e colocando gentilmente sobre o corpo de Juliette.

-Mandou Julierte te ajudar a desatolar o caminhão? -Ker perguntou confusa e Juliette riu, tossindo junto.

-Ao que parece meu caminhão não quer desatolar, Ker. É uma espécie de feitiço. -Juliette disse rindo e logo negou com a cabeça quando Ker franziu o cenho.

-Coma algo, Juli. -Sarah pediu e Juliette fechou os olhos, sentindo sua cabeça doer.

-Eu vou chamar as meninas para comer, falando nisso. Assim a gente não se atrasa em sair. -Ker disse, abrindo a porta do caminhão e olhando o céu nublado. Correu para a porta traseira para não se molhar com os leves pingos de chuva.

-Deita aqui comigo um pouquinho? -Juliette perguntou fazendo dengo.

-Elas estão prestes a voltar. -Sarah disse.

-Estou com frio. -Juliette disse colocando um lindo biquinho para enfeitar seus lábios e Sarah sorriu.

-Te dei o cobertor, madame. -Sarah disse franzindo os olhos e rindo.

-Mas calor corporal é mais eficiente. -Disse e Sarah riu novamente, se deitando ao lado de Juliette, finalmente. Os braços da menor circundaram o corpo de Sarah e ela enterrou o rosto no pescoço da maior. Sarah ficou afagando os cabelos de Juliette em silêncio, até ouvir ela fungar e soltar uma risada baixinha.

-Do que ri? -Sarah perguntou.

-Eu estava me lembrando da sua cara de bravinha ontem. -Juliette respondeu, levando uma mão até os botões da frente da camisa que Sarah usava e brincando com eles. -Sarará, eu tenho uma dúvida.

-E qual seria?

-Eu ainda vou poder te beijar ou aquilo foi só mais um momento de fraqueza? -Sarah riu e olhou para a garota, que ergueu a cabeça para vê-la melhor e aspirou ruidosamente pelo nariz.

-Eu acho que você pegou um belo de um resfriado. -Sarah disse sorrindo. -Vamos tratar de cuidar de você primeiro e depois você pode me dar quantos beijos você quiser, hm?

-Droga! Só temos menos de seis dias para isso. -Juliette reclamou e voltou a enterrar o rosto no pescoço da maior. Sarah se arrepiou ao sentir o suave beijo que Juliette depositou um pouco abaixo de seu maxilar.

-Então trate de comer as coisas que eu pedir e tomar o que eu te der. -Sarah disse e sentiu Juliette assentir com a cabeça.

-Ainda estou com frio. -Juliette reclamou baixinho e Sarah passou seu outro braço ao redor do pequeno corpo, tendo as duas mãos acariciando Juliette. Uma afagava os cabelos, enquanto a outra acariciava as costas.

-Ker, fica aqui atrás com ela para mim? Preciso dirigir. -Sarah murmurou e Ker assentiu.

Quando as garotas voltaram para a frente do caminhão Sarah silenciou elas com um pedido mudo, pois Juliette havia pegado no sono em seus braços.

-Posso escovar os dentes antes ou...?

-Claro! Faça as suas coisas e coma, não precisamos de mais ninguém doente aqui. -Sarah disse e Ker assentiu.

-E você não vai comer? -Thaís perguntou baixinho para Sarah.

-Não. Vou ficar aqui com ela. -Carla sentiu uma extrema vontade de zombar de Sarah, mas não se atreveu. Sabia que sua irmã era séria demais em relação à sua vida amorosa e não queria deixar ela de péssimo humor tão cedo.

-Tomara que ela melhore logo. -Carla disse e Sarah aquiesceu.

-Claro que ela vai melhorar, vou passar na farmácia da próxima cidade e se ela não melhorar com o remédio eu a levarei no hospital.

-Isso não vai atrasar toda a sua viagem? -Carla perguntou, se controlando muito para sua pergunta não soar de forma sugestiva.

-Vai. -Sarah respondeu séria e Thaís deu um meio sorriso, mas nada mais disseram.

Assim que Ker voltou e comeu Sarah se livrou do toque de Juliette e voltou a tocar sua testa. A expressão séria e preocupada no rosto de Sarah fez as meninas lhe olharem com anseio, vendo ela entortar a boca e bufar.

-A febre está aumentando. -Disse, deslizando a mão da testa para o rosto da garota.

-Pode ir dirigir que eu fico aqui com ela. -Ker disse gentilmente e Sarah assentiu um pouco contrariada. A mulher se inclinou e tocou seus lábios na testa da garota adormecida de um jeito protetor.

-Você vai ficar bem, Juli. -Sussurrou e então pulou para a frente, ligando o caminhão e começando a dirigir, mas a cada segundo seus olhos iam para o retrovisor, vendo a figura adormecida na boléia.

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Volto Jajá com mais capítulos