Capítulo 28

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A Ju foi embora...
E a Sarará tá sofrendo, oq será que vem por ai?
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O cheiro da forte serragem da madeira que se espalhou pelo enorme galpão fez Ker espirrar alto, levando uma mão ao rosto no momento seguinte.

-Sinto muito. -Pediu baixinho ao ver que Sarah lhe olhava seriamente.

-Como assim dez dias? -Sarah perguntou ao homem moreno, sarado, que havia assoprado um pouco do pó antes de voltar a serrar. Ele tinha enormes braços e a barriga com cada gominho em seu exato lugar. Ker só havia entrado com Sarah pois vira o quão "gostoso" o homem era.

-A peça do seu caminhão que pifou tem que ser incomendada. Sinto muito. -Ele disse ainda serrando. As veias de seu corpo estavam saltadas e Ker não conteve um suspiro ao ver a força que o homem aplicava no serrote. Ele estava ligeiramente abaixado, serrando uma madeira para algo que Ker não se importara em perguntar.

-Eu não posso esperar dez dias, meu senhor. -Sarah disse exasperada. Sua semana estava sendo péssima, começando da parte onde teve que se despedir da garota que realmente não conseguia tirar da cabeça. Depois perdeu uma grande quantidade de dinheiro, consequência de ter se atrasado com a entrega. Aumentando os problemas, o lugar onde haviam se hospedado por dois dias cobrou uma fortuna dela, tudo porque Carla confundiu-se com o valor que a recepcionista havia passado sobre a diária. Quando decidiu que não tinha mais como nada piorar, seu caminhão parou de funcionar do nada, a deixando na mão assim que estavam prestes a regressar para a Flórida.

-Você deveria agradecer de seu caminhão só ter parado agora. Aquela peça estava por um fio e pela aparência estava assim há muito tempo. -O homem disse, esticando a coluna e dando destaque ao enorme volume que tinha entre suas pernas. Ker resfolegou.

-Fiz revisão antes de viajar. -Sarah informou.

-Então não recomendo que volte a fazer revisão neste mesmo lugar, senhorita. -O homem disse, fazendo Sarah bufar. -Olha, se quiser eu posso passar o endereço de alguns hotéis e pousadas boas para ficarem.

-Não, obrigada. -Sarah disse, olhando em volta. O homem trabalhava com serralheria e seu irmão que na verdade era o dono da oficina mecânica, mas o mesmo estava ocupado, por isso deixou seu irmão no comando. O rapaz apertou de leve seu pênis por cima da calça e mandou uma piscadela para Kerline assim que percebeu que ela o comia com os olhos. -Obrigada, senhor Guilherme, em dez dias volto, então. -Sarah disse resignada.

-Sarah, vai indo na frente que tenho umas perguntas a fazer para ele.

-Perguntas sobre o quê?

-Não interessa. Me espere lá com as meninas. -Sarah franziu o cenho e negou com a cabeça quando viu que o homem estava ficando excitado.

-Certo. -Ela disse saindo de lá no momento seguinte.

A garota caminhou frustrada pela propriedade, encarando o galpão ao lado. Quase passou direto, no entanto algo chamou sua atenção, fazendo ela parar. Seus olhos percorreram a grande quantidade de árvores ao lado de fora, tentando ignorar seus pensamentos, mas não conseguiu.

Adentrou o galpão, dando uma olhada em volta. A figura de uma garota encostada, distraidamente mexendo em seu celular fez Sarah caminhar até ela.

-Com licença. -Sarah disse educadamente, vendo duas orbes avelãs lhe fitarem. -Desculpe invadir o seu espaço, moça.

-O que deseja? -A garota perguntou, percorrendo seus olhos por todo o corpo de Sarah. Sarah se sentiu intimidada, pois a moça lhe olhava descaradamente. A mulher não era feia, pelo contrário, tinha lindas pernas destacadas pelo short preto e seios abundantes, marcados pela blusinha branca colada.

Destino Incerto | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora