Capítulo 13

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Maratona 3/5

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Sarah sentiu alguém se remexer sobre seu corpo e abraçou mais o pequeno corpo; o perfume era suave e ao mesmo tempo afrodisíaco, trazendo boas sensações para o corpo de Sarah. Os olhos verdes se abriram na mesma hora assustados, vendo Juliette dormir sobre seu corpo. Porra! Tudo naquela garota cheirava a um convite para sexo.

Sarah estava prestes a empurrar Juliette quando se lembrou que por volta das cinco da manhã ela acordou, vendo que Juliette dormia abraçando seu próprio corpo. Como a mais velha também sentia frio ela pensou: Por que não?

Trouxe o corpo pequeno para cima do seu e se ajeitou melhor no lugar, esticando, pela primeira vez em horas, sua coluna. Juliette se mexeu confusa e abriu os olhos, pedindo desculpas, mas Sarah explicou que ela que aconchegou Juliette daquela forma devido ao frio. A mais nova perguntou se Sarah tinha certeza e, após receber a confirmação, Juliette voltou a deitar sobre o peito da maior e envolver seus braços ao redor dela, não demorando nem cinco minutos para voltar a dormir.

Agora lá estava ela, vendo Juliette ressonar tranquilamente sobre seu peito. Sarah se permitiu analisar o rosto sereno de Juliette. Os machucados já eram quase invisíveis; a pele bronzeada era macia e livre de espinhas e os cílios eram longos; seu nariz combinava perfeitamente com a boca delicada e extremamente beijável da garota.

A maior levou uma mão aos cabelos de Juliette e começou a afagá-los inconscientemente, sentindo a textura macia e sedosa dos cabelos castanhos. A menor se remexeu embaixo de si e Sarah viu os longos cílios se abrirem vagarosamente. Juliette piscou lentamente até se dar conta de onde estava, erguendo a cabeça e a apoiando sobre o peito da maior. Sarah suspirou e sem perceber continuou a carícia.

-Bom dia! -Juliette disse com um tom rouco e levantou uma mão, coçando um dos olhos. -Me mexi muito de noite? -Sarah abriu um sorriso e negou com a cabeça.

-Se você se mexeu eu nem vi, porque dormi feito uma pedra.

-Céus, minha cabeça está explodindo. -Juliette disse, escondendo seu rosto na curva do pescoço de Sarah. A respiração quente acariciando a pele de Sarah causou um arrepio na mais velha, que se levantou às pressas, se esquivando de Juliette como se tivesse acordado de uma espécie de transe.

-Já perdemos tempo demais. Devemos ir. -Ela disse séria. -Esse aniversário me causou um bom atraso.

-Por que em seu tom pareceu que eu tivesse alguma espécie de culpa? -Juliette perguntou arqueando uma sobrancelha.

-Alguém viu minha calcinha? -Uma Carla completamente descabelada apareceu ali, abrindo a outra parte da cortina. -Céus eu não sei onde está a minha calcinha.

-Vamos parar em algum motel de beira de estrada para tomar um banho apenas, precisamos seguir o caminho. -Sarah avisou.

-Eu deixei ela aqui no banco ontem. Oh, meu Deus. Roubaram a minha calcinha.

-Amor, deve estar jogada em algum canto. Não roubaram ela. -Thaís disse, se espreguiçando e se sentando ao seu lado.

-Era a minha calcinha preferida.

-Hey, Sah... -A voz doce de Juliette chamou-lhe a atenção. -Desculpe se fui, é... um pouco chata demais ontem. -Ela pediu e Sarah assentiu, passando para a frente e abrindo a porta sem dizer nada.

*Oh meu Deus, a Ju é só um neném*

Dois minutos depois ela voltou com uma Kerline desnorteada. Thaís olhou para Ker e sorriu maliciosamente.

-Eu escutei uns gemidos pela manhã. -Thaís disse e Ker cruzou os braços.

-Qual o problema em me masturbar? Tive um sonho quente, ora. -Ela disse, olhando para baixo, vendo Carla olhando em baixo dos bancos.

-Ker, você viu minha calcinha?

-Perdeu a calcinha de novo, Carla? -Ker perguntou negando com a cabeça.

-Eu não fico me preocupanda em onde jogar ela quando tenho uma Thaís me esperando. -Carla respondeu apontando para Thaís.

-Vamos! Saia daí porque preciso dirigir. -Sarah disse séria.

-Não vai nem escovar os dentes ou comer? -Thaís perguntou.

-Ela é preta e rendada. Ninguém viu mesmo? -Carla mal prestava atenção no que diziam ao seu redor.

-Se eu me lembro bem, tem um motel há vinte minutos daqui. -Sarah informou. A risadinha de Juliette ecoou pela lataria do caminhão, fazendo Sarah lhe olhar cética. -Do que ri?

-Acho que achei a calcinha da Carla!

-Onde está? -A loira perguntou atônita.

-Enroscada na parte de trás da jaqueta da Ker. -A baixinha se virou tentando ver as próprias costas e Carla puxou a calcinha de lá.

-Ew! Não acredito que dormi com isso.

-E ainda se masturbou. -Thaís tirou o sarro, fazendo Kerline lhe olhar severamente.

-Vamos! Preciso dirigir! -Sarah insistiu e as garotas foram para a boléia, ficando apenas Ker na frente com Sarah.

O vento frio invadiu o caminhão assim que Sarah abriu a janela ao seu lado. Suas orbes focaram no céu, que era sempre tão azulado, mas naquele dia estava acinzentado.

-Ai, que frio! -Juliette reclamou baixinho.

-Hoje vai chover e se prepare! Quanto mais ao para lá chegarmos mais frio se tornarão os dias. -Ela disse, tendo em conta que iriam para uma cidade que fazia fronteira com o México, não que México fosse frio, mas elas ainda estavam há alguns dias de entrarem de vez na primavera.

Os vinte minutos se passaram em total silêncio, Thaís estava deitada com a cabeça no colo de Carla, que acariciava suas costas e sorria bobamente admirando sua namorada; Kerline olhava pelos vidros enquanto as árvores iam ficando para trás; Sarah dirigia e de vez em quando fitava Juliette através do retrovisor; Já Juliette, bem, ela estudava as feições de Sarah. A garota sempre séria permitiu-se sorrir por um dia e depois voltou à seriedade de sempre. Por quê?

Ao chegarem, entraram a pé no motel e, ao explicarem que queriam apenas um banho, a mulher permitiu a passagem das cinco e mais a gata no mesmo quarto.

-Por que está tão fria comigo e evitando me olhar? -Juliette perguntou enquanto todas entravam agora limpas, depiladas, cheirosas e mais leves, no caminhão.

-Não estou fazendo nada disso. -Sarah falou, vendo um relâmpago iluminar o céu.

-Tudo bem. -Ela respondeu, entortando a boca e entrando no caminhão. Sarah desviou seu olhar, pois a garota usava novamente seu vestido azul e não queria faltar-lhe ao respeito vendo sua calcinha. -Podemos conversar sobre isso alguma hora? -A menor perguntou fitando Sarah, que segurava a porta.

-Eu realmente prefiro não tocar nesse assunto. -E, ao dizer isso, a porta foi fechada. Sarah deu a volta no caminhão e entrou, se acomodando ao lado de Juliette sem voltar a olhar para ela nas próximas horas.

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Mais um capítulo, mas tarde volto com os dois últimos de hoje

Tadinha da minha bebê, eu vou bater na Sarah.

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Destino Incerto | SarietteOnde histórias criam vida. Descubra agora