13 - "Recaídas"

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Namjoon pov

9:01pm

Bloqueei meu celular e bati com o mesmo, de tela, no balcão do bar em que eu estava, após ler as mensagens de Alyssa. Ela estava me evitando, sem ao menos me explicar o motivo e aquilo me deixava muito mal. Mais uma vez ela não estava me correspondendo, me deixando no escuro, me fazendo esperar por ela.

Por que insistia em fazer isso comigo? Eu não fiz nada para merecer ser tratado daquela maneira. Na verdade, nós dois éramos vítimas da crueldade insana das nossas mães, que tentavam adestrar o nosso amor como se fôssemos animais. Agora -mais que nunca- nós deveríamos ficar juntos! Unidos, contra tudo isso.

Eu não conseguia entender, apesar de respeitá-la. Porque doía muito, e tudo o que eu queria era segurá-la nos meus braços e me esconder no seu toque. Chorar em seus ombros, chorar no seu pescoço, chorar para ela enxugar as minhas lágrimas como sempre foi.

Eu a amava, e me sentia triste, frustrado, revoltado, ansioso, sozinho. Por que tudo isso tinha que acontecer com a gente? Por que não poderíamos ser um daqueles casais que vivem um amor perfeito como num filme clichê de Hollywood?

Depois que me despedi de Alyssa, não consegui ficar na empresa por muito tempo. Minha mãe demitiu Aaron e me colocou em seu lugar, sem nem lhe dar explicações. Nunca o vi tão triste em toda a minha vida. Raquelle não parava de cantar sua vitória com minha mãe, e eu estava começando a sentir nojo de ficar perto das duas.

Por um lado estava menos ansioso e medroso por estar perto dela, já que acabei explodindo e enfrentando a mesma, aquilo foi bom. Porém, tinha certeza de que o seu plano maléfico havia triplicado de tamanho.

Acabei indo em direção ao bar mais próximo da Kim'style, mas mais parecia um pub voltado para a galera mais jovem. Era barulhento, com música alta e risadas exageradas, cores vibrantes e luzes coloridas.

Minha cabeça estava à mil, eu já havia bebido bastante, -parei de contar após o sétimo copo de vodka- e ainda por cima estava de coração partido. Dizem que o álcool ajuda a esquecer os problemas, mas infelizmente aquele não era o meu caso.

Merda.

Mesmo não raciocinando muito bem, chorando sem parar num local mais afastado da bagunça e prestes a vomitar no chão, me sentia grato pelo que Alyssa fez comigo. Ignorando minhas ligações e mensagens, ela não precisou lidar comigo nesse estado. Eu provavelmente deixaria as coisas bem piores se ela me visse assim, então que continuasse postando vídeos e fotos nas redes sociais com seus amigos, sorrindo e se divertindo enquanto aproveitava a sua festa de aniversário que eu ajudei a escolher o tema...

...Enquanto eu me destruía.

Senti uma mão masculina em meu ombro e o mesmo me apertou, dando alguns tapinhas em minhas costas. Larguei o centésimo copo no balcão e me virei bruscamente pelo susto, quase caindo, mas sendo segurado pelo tal homem.

-Namjoon... Não esperava te encontrar aqui hoje, e nem nesse estado. -Disse ele, negando com a cabeça rapudamente enquanto ainda me segurava.

-Aaaaah, vai a... A-... Merda. -Segurei seu pulso e o larguei no ar para que tirasse sua mão de mim, voltando a me sentar na banqueta e voltando a beber.

-Faz bastante tempo que não te vejo por aqui. -guardou as mãos nos bolsos, me encarando seriamente.- Pensei que havia desistido do álcool. Você sabe... Isso não te faz bem.

-E f-faz bem a quem, caralho...? -berrei, apontando o copo vazio na direção de Aaron.- Isso aqui? É... É uma MERDA, igual a vi-da, é uma MERDA, só traz. Infeli... Cidadeee... -solucei algumas vezes, gargalhando logo em seguida.- Você também veio distrair a sua tristeza, veio?! Eu sei que você. Você gosta de beber... Mas hoje tem um-... Um motivo especial! Você PERDEU o emprego!

Designated;;KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora