12 - "Tempo para pensar"

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[...] Meses após.

Hoje, fazem três meses completos que comecei a trabalhar como secretária de Kim Namjoon. Bom, aparentemente eu havia demorado tempo demais e todos os outros cargos que poderiam me interessar na empresa já não estavam mais vagos. Desde as visitas dele às faculdades, muitos jovens não perderam a oportunidade de ingressar na Kim'style e já haviam o procurado antes. Não que isso fosse um problema.

Apesar de não estar preparada para esse tipo de emprego, eu estava conseguindo dar conta de tudo... Ou quase. Não fazia a menor ideia de como a Raquelle conseguia se desdobrar em mil para acompanhar os passos de Namjoon, aquele lugar era uma loucura e eu às vezes me perguntava se realmente era MEU lugar.

Reuniões e mais reuniões. Planilhas, um milhão delas. Agenda, agenda, agenda. Se eu deixasse qualquer compromisso passar, qualquer um que fosse, Namjoon estaria perdido. Compromissos com pessoas importantes em outras empresas, contratos para revisar, assinar, estudar o sistema da empresa, conhecer os funcionários, e mais centenas de coisas que não lembro agora.

Coincidir o meu tempo na faculdade com o trabalho era provavelmente a única facilidade que eu tinha. Entrava às sete e saía às doze, indo para a empresa às duas horas da tarde e saía às seis. Os comprimissos do horário da manhã não necessitavam da minha presença, então eu tinha algum tempo para descansar.

O salário era bom, digamos que melhor do que eu esperava. Logo, Kimberly e eu conseguimos por tudo em ordem dentro da nossa casa e até saíamos com mais frequência para nos divertir. Nosso pai às vezes comparecia, confesso que ainda me incomodava -um pouquinho- a sua presença, mas minha irmã optou por perdoá-lo.

Conversamos bastante sobre isso no dia seguinte após eu praticamente desmaiar de cansaço na casa de Namjoon, e ela disse que já havia perdido bastante tempo longe do seu pai, que o perdão é precioso, que as pessoas mudam e merecem chances... Bom, ao menos espero que ele nunca a magoe. Pelo motivo mínimo.

As coisas mudaram bastante de uns tempos pra cá, e já estávamos em abril outra vez; mês do meu aniversário.

O dia seguinte seria bastante cansativo, só de imaginar eu gemia de preguiça na cama do meu quarto, às onze e meia da noite. Não que eu odiasse o meu aniversário, mas estava ficando cada vez mais velha, cansada, mal humorada, ansiosa e dormia cada vez menos.

Quando criança, sempre gostava de imaginar como seria a minha vida quando eu fosse adulta, confesso que não imaginava que teria tanta sorte e azar ao mesmo tempo. Contudo, aprendi bastante nos últimos anos e deixei vários comportamentos imaturos de lado. Minha ficha deveria estar começando a cair de que eu cresci, tinha muitas responsabilidades, desejos, sonhos e minha vontade de transar só aumentava.

Vinte e oito anos... Aí vamos nós!
.
Estava prestes a tentar dormir e largar o celular, pois não era recomendado ficar mexendo no aparelho por muito tempo antes de dormir, porém, recebi uma ligação; era o Joon.

Observando o número salvo como "amor❤🧡💛💚💙💜🤎🖤🤍" no celular, -sim, ele quem exigiu todos esses corações no seu contato- de repente eu senti um friozinho na barriga estranho, imaginando que a essa hora da noite a sua voz deve estar mais grave, que ele estava possivelmente deitado na cama usando apenas uma calça moletom como sempre, descansando o seu corpo grande e forte.

Sei lá, eu andava muito fogosa. Já fazia um tempo desde a nossa última vez e eu estava morrendo de saudades do seu corpo forte, do seu toque, de sentir ele.

-Oi, amor. -Atendi, seja lá porquê, cheia de expectativas.

-Oi, boa noite. -eu pude sentir o seu sorriso largo do outro lado da chamada.- Eu estava aqui pensando... Amanhã é um dia importante, e eu queria de te fazer uma surpresa.

Designated;;KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora