4 - "Reencontro"

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Namjoon POV

Reencontrar novamente a jóia mais preciosa e significativa da minha vida, me fez sentir uma energia estranha no coração, era como se ele estivesse recebendo um bom motivo para continuar batendo, como se suas pulsações ganhassem importância, como se a minha vida voltasse a fazer sentido. Há tempos, eu não me sentia tão vivo quanto no instante em que segurei o colar da Alyssa em minhas mãos após quase vinte anos de uma procura sem resultados e infinitas vezes em que sofri pela falta ruiva.

Minha visão ficou turva durante alguns segundos enquanto eu forçava os olhos para observar cada detalhe do colar, meu corpo inteiro se agitava como um louco; eu estava entrando em estado de possessão, sendo possuído pela ansiedade, felicidade, e muitas, muitas dúvidas.

Raquelle continuou calada observando o colar em minhas mãos, ela também parecia querer digerir a situação, mas eu estava impaciente demais, irritado com o seu silêncio e com muitas perguntas que ela deveria responder.

-Vamos, Raquelle. Me responda! -aumentei o tom da voz, a assustando minimamente.- Como o encontrou, onde o encontrou e o quê estava fazendo com ele?

-E-eu...

-Você deveria ter me entregado isso imediatamente após achar, francamente, percebe o que isso significa? O que importa para mim?

-Eu não sabia qu...

-S-significa que você encontrou a Alyssa! E isso pra mim importa como o oxigênio que eu respiro!

-Você quer me deixar falar?

Ela se afastou de mim, irritada.

Eu realmente queria e precisava ouvir suas respostas, e ao mesmo tempo não conseguia me conter quieto. A euforia, ansiedade, exaustão e mais um milhão de sensações que eu jamais conseguiria descrever estavam se agarrando em mim e me transformando.

O meu coração estava prestes a explodir, o sangue esquentava em meu interior, os olhos e cabeça doíam devido ás circunstâncias e a única coisa que eu queria fazer era gritar. Gritar alto, muito alto, tão alto que o mundo inteiro conseguiria ouvir, e encontrá-la. Abraçar Alyssa e finalmente sentir o seu corpo contra o meu, segurá-la e realizar todos os sonhos que eu tenho só nesse pequeno afeto.

A ideia de ter Alyssa por perto novamente, me causava queda de pressão. Sempre que eu idealizava imensamente cada mínimo detalhe do nosso encontro, -porque sim, eu acreditava infinitamente que a encontraria- o meu corpo tinha uma reação trágica. Eu ficava tonto, com as mãos e pés frios, sentia náuseas, e passava por uma crise de ansiedade intensa.

Alyssa era simplesmente a pessoa mais importante da minha vida, desde... Sempre. Me doía tanto o peito não poder segurar suas mãos, o seu rosto, acariciar os cabelos ruivos e sentir que ela era minha como antes. Estar ao seu lado em todos os momentos, ser seu melhor amigo e lhe dar o meu ombro sempre que ela precisasse, vivenciar fases, conquistas, felicidades ao lado dela... Ela era simplesmente a minha vida.

Fomos separados ainda tão jovens, nem mesmo o nosso primeiro beijo aconteceu. Eu sonhava com a sua voz, seu sorriso, seu corpo, seu abraço e com a mulher incrível que ela deve ter se tornado.

Meu coração ainda pertencia à ela, e seria dela para sempre. Eu nunca a esqueci, nunca ao menos tentei.

Alyssa... Como dói, Alyssa. Dói tanto.

Eu coloquei uma das mãos na frente dos olhos e respirei fundo, já me sentindo alterado. As mãos da Raquelle seguraram os meus braços e ela puxou uma cadeira para que eu pudesse sentar, se ajoelhando em minha frente e entrelaçando nossas mãos com força, fazendo um exercício de respiração comigo para que eu melhorasse.

Designated;;KNJOnde histórias criam vida. Descubra agora