The Powers Of Tree

New roommate

Olhei para os dois que notaram minha presença, mas não deram muita importância, apenas olharam de volta para a diretora, nenhum dos dois parecia estar dispostos a falar o que acabará de acontecer, até que a garota decidiu dar um passo a frente, eu não consegui ouvir direito, mas parecia que ela estava botando a culpa nele. Desviei minha atenção para a estrutura interior do colégio, era antiquado e com uma aparência antiga, o formato das janelas, de algumas portas e alguns detalhes nas paredes, mas ao contrário, havia vários armários com cores diferentes, alguns eram amarelos, outros verdes e azuis-escuros, não sei se havia outros tipos de cores, minha visão não é uma das melhores, mas pelo que eu reparei foram essas até agora, logo atrás da discussão havia Duas escadas grandes que levavam ao segundo andar, os detalhes no corrimão de madeira a deixava rústica e bem elegante, no meio da escada havia dois sofás médios de tom vermelho veludo e logo em cima um quadro com uma moldura com tantos detalhes, aquilo parecia ser feito de ouro puro, era de se esperar que estivesse o retrato do fundador da escola, mas não, apenas uma árvore, com as folhas de um verde que parecia brilhar, com um tronco em um tom amêndoa e em volta daquela vistosa pintura, havia algumas plantas menores, como flores e arbustos. Estranhei um pouco por não ser um quadro de algum homem ou mulher, com uma expressão de austeridade.

— Já é a 9 vez que eu vejo vocês dois se desentendendo no corredor, vocês vão direto para a sala da Graham, e sem nenhuma provocação, entenderam? – cheguei mais perto dos três ali, umas duas ou três pessoas passavam por nós indo para algum lugar, os dois a minha frente deram um sorriso meio forçado e sem graça para mim, logo indo depois na mesma direção até a escada com o andar totalmente perfeito e sem provocações, como se aquilo nem tivesse acontecido. A senhora respirou fundo e voltou com seu sorriso orgulhoso e superior em sua expressão, juntou as mãos e olhou para mim. – me perdoe pelo infeliz imprevisto, normalmente os alunos são mais... Comportados...

— sem problemas, mas... porque o quadro central não há uma foto de um dos fundadores da escola, e, aliás, a senhora não me disse seu nome.

Ela olhou surpresa e depois deixou em sua face uma expressão pensante, a mesma ficou alguns segundos assim até olhar para mim novamente.

— peço perdão novamente pela minha falta de atenção, eu sou a diretora Diluna Cappelli, e sobre o quadro, a árvore representa uma antiga lenda sobre os poderes, você não deve ter ouvido falar dela, já que nunca estudou aqui. – ela disse caminhando lentamente em direção ao quadro, não deixei de acompanhar-lá puxando minha mala, a minha atenção foi puxada para todo o quadro. – essa é a árvore-da-vida, quando o céu e à terra ainda eram meras lendas, ela crescia virtuosa e grande, com as doses forças da natureza, um dia, o olhar vermelho da morte se apoderou da árvore, tendo assim, as suas doze forças sendo divididas em dois grupos, aonde enxergavam o mesmo céu, mas em tempos, dimensões e espaços diferentes, um sendo representado pela lua e outro pelo sol, assim quando houve o eclipse, eles se juntaram para destruir o mal e reconstruir a humanidade com a bondade enraizada, porém não passa de uma mera lenda. – aquele conto realmente mexia com a diretora, parecia que ela realmente acreditava no que dizia, eu queria perguntar mais sobre essa história, mas penso que ela irá me achar irritante ou curiosa demais. – Sunnyside tem 4 prédios principais, o primeiro seria o que nós estamos, o prédio das aulas, temos tanto laboratórios, quanto a biblioteca, quanto a cantina, esse é o maior prédio, então se cuide para não se perder.

 Nós começamos a andar por um dos corredores até chegarmos ao pátio do Colégio, era cheio de vida, havia uma fonte que deveria jorrar água nela, perguntei o porquê daquilo não estar acontecendo em minha mente, mas provavelmente deveria ser para não gostar muita água, amanhã deve religar pelo que eu penso.

— Pelo que você pode ver, aquele prédio com uma altura menor, é onde você encontrará as atividades extracurriculares, deixarei você se acostumar com  rotina da escola antes de entrar em uma, terá apenas uma semana para decidir qual clube fará parte. – mesmo ainda tendo uma semana inteirinha para eu poder escolher com toda calma, senti a pressão de ter que entrar em algo para não perder nota, já que aquilo parecia obrigatório, segurei meus dedos e olhei para os outros prédios que pareciam ser maiores ainda. – a nossa frente, temos a arena, nos chamamos assim, mas não vamos vocês para lutarem contra si para sobreviver igual ao coliseu, é apenas um lugar de treinamento que praticará ao menos 3 aulas na semana, as armas não saíram dele, e se saírem, haverá uma punição muito grave, e por último, os dormitórios, vamos. 

Cappelli andava a minha frente, já estava um pouco escuro por, ainda por cima, havia uma floresta logo atrás da arena, aquilo deixava o local a noite muito assustador. Quando já havia subido apenas dois andares do prédio, já me sentia cansada de carregar minha mala pela escada, eu seguia para aonde a mulher direcionada, ela parou diante a uma porta me esperando chegar mais perto para dizer algo.

— algumas regras importantes que você deveria saber, são: não permitimos customização dos uniformes, nosso toque de recolher nos dias de semana são: 9 horas da noite; nas sextas e sábados: meia-noite em ponto e aos domingos 11 horas da noite, já que ter a aula na segunda, há várias categorias de uniformes e sua colega de quarto poderá explicar.

Ela continuou falando as regras e regras, eu já não suportava mais aquela voz, será que vai ser assim o ano inteiro? Quando ela acabou de me apresentar a escola eu não tinha dúvidas que precisava de um bom banho e dormir.

Bati duas vezes na porta, ouvindo um entra de longe, não hesitei entrando, colocando minhas malas no interior do quarto e  fechando a porta logo em seguida, dei alguns passos a uma cama vazia deixando minha mochila e me perguntando onde estaria a pessoa que teria dito para eu entrar, olhei em volta vendo que a parte de sua cama era bem decorada, com várias plantinhas e alguns livros nas prateleiras. Vi a porta do que parecia ser o banheiro se abrindo e avistando uma garota com o cabelo molhado e parecendo estar vestindo um pijama de calças e manga longa, ela deu apenas um breve sorriso que havia sido retribuído por mim.

— você deve ser nova, meu nome é Aixa, mas pode me chamar de Rony – ela parecia ser bem alegre e carismática, ela se sentou na cama logo pensando seus cabelos. – qual o seu nome? E qual o seu poder?

Era uma das primeiras vezes que alguém estaria sendo legal comigo, eu não sabia como reagir a tal ato de gentileza, eu fiquei alguns segundos em choque antes de ousar responde-la.

— pode me chamar de Mareah... acredito ser o de força... não sei muito bem

— não tem problema, amanhã eu te mostro a sua sala, e se quiser pode passar o intervalo c comigo, podemos nos tornar amigas até. – ela disse antes de se deitar e cobrindo o seu corpo, eu desfiz a minha mochila e minha mala rapidamente guardando em gavetas e armários, deixando minimamente organizado, peguei minhas coisas antes de ir para o banheiro tomar um banho, havia parado na porta olhando para Aixa.

— aliás, prazer em te conhecer. – disse antes de entrar e trancar a porta, logo indo para meu banho. Não havia demorado muito, já que queria apenas deitar e dormir, não havia lavados os cabelos então não precisaria me preocupar em seca-los, voltei para o quarto vendo Aixa ler algum livro com apenas a luz da luminária ligada, o resto do quarto encontrava-se em completo breu, caminhei em silêncio até a minha cama logo me deitando e colocando o cobertor da escola sobre meu corpo.

Novos amigos? Treinamento? Clubes? Não conseguia parar de pensar nisso antes de dormir, não sabia o que eu esperaria amanhã, mas não acredito que irá ser algo ruim.