new colleague

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Suspirei com o acontecimento, olhei para o chão vendo tres livros de capa dura, eles eram de tons bem claros com as lombadas do livro em dourado, de longe o aspecto parecia ser feito de ouro, vi uma mão pegar um deles, o tom de pele tão pálido, quase partindo para o branco, já que estava no chão, era um livro sobre psicologia das cores, analisei a capa enquanto me erguia, permanecendo assim, de pé. Olhei para a pessoa que era um pouquinho mais baixa que eu, sua aparência poderia se dizer como alguém albina, mas não chegava a ser assim, sua pele não era totalmente esbranquecida, ainda havia um pouquinho de cor, parecia que eu estava em um mundo monocromático.

— me desculpe pelo esbarrão. – ele fez um pequeno sorriso, levou a mão até perto de mim a abrindo, levei o livro que peguei ate sua mão, ele logo levou até uma bolsa azul-claro os guardando. — não tem problema, se eu tivesse acordado mais cair isso não iria acontecer… Eu… nunca te vi por aqui… você é nova? — afirmei balançando minha cabeça, ele pegou seu celular olhando a hora, ele segurou meu braço e começou a andar rápido. — eu sou a Ceci, pode me chamar no masculino também, não tem problema.

— o-ok… mas…porque Você está quase correndo? — eu perguntei quase sendo arrastada a força, ela me mostrou o celular com as horas apontando faltar 2 minutos para bater o sinal. Ela havia explicado que só tinhamos 1 minuto para chegar nas salas, por sorte do universo, talvez, as aulas do grupo luz ficavam perto do meu grupo.

Subimos para o segundo andar rapidamente, por mais que precisávamos correr para chegar a tempo na sala, era proibido correr pelos corredores, mesmo não havendo ninguém por ali, se a diretora soubesse seria uma punição leve, parece que os alunos daqui tem um medo extremo da própria diretora. Ela havia me deixado entre as salas, e foi assim, logo entrando em uma sala a umas 3 portas da onde eu estava, olhei em volta prestando atenção nas portas com as placas dos números logo a cima da guarnição das portas, elas eram como quase todo o colégio, eram feitas de madeira escura, com uma pequena fresta com vidro transparente em sua parte superior, essa parte também tinha um formato um pouco meio-círculo, a guarnição da porta também tinha detalhes gravados na madeira, olhei para os rótulos com os números de tom branco, 189 era a sala a minha frente, virei minha cabeça para trás vendo ser a 190, andei um pouco em direção a porta do lado, avistei o número 192, andei até ela, a porta estava fechada, mas dava para ouvir várias vozes, cheguei perto abrindo-a, alguns olhares vieram até mim, porém logo voltaram ao foco da conversa, naquele cômodo deveria haver no mínimo 25 alunos, eu acho, todos estavam uniformizados, alguns com suéters verde-grama com o símbolo de estranho.

Andava devagar, até uma das carteiras que estavam vazias, cheguei nela e coloquei minha mochila sobre a mesa de madeira, fico pensando, se esse lugar pegar fogo… já era… né?

Olhei para o lado vendo o corpo feminino do meu lado de repente, seus cabelos eram cacheados, como um 3A ou 3B, sua pele morena, seu corpo baixo e com um sorriso alegre e curioso nos lábios, seus olhos brilhavam como de uma criança vendo um brinquedo novo.

— oi. – ela tinha uma voz totalmente doce, e o sentimento de alegria para o coração. – você é nova não? Eu sou a Ray, é meu apelido, na verdade, porque meu nome é Raissa, Raissa Myers para ser mais exata, qual é seu nome? Você tem cara de Isabelle… esse é seu nome? – a mesma falava rápido e conseguia incrivelmente ter uma dicção boa, as vezes erravam algumas sílabas, talvez poderia ser jornalista ou algo relacionado a falas, ela era um mais baixa que eu, era até engraçado olhar para alguém menor que você.

— Eu sou a Ma-– sem previsão o professor de história entrou na sala, em rapidez todos os alunos foram para seus lugares, não terminei minha fala e a garota já se sentou ao meu lado.

o professor nem prestou atenção nos alunos e já começou a escrever no quadro, apenas deu um breve "Bom dia", só ouvi a voz da menina perguntando se podia juntar a carteira junto a minha, pois pela fala dela, eu era novata e precisava das anotações antigas, ele olhou para trás mexendo a cabeça em afirmação. A aula não foi tão chata, já que eu era boa em história, mas foi bem divertido ficar com alguém falante ao lado, ao contrário de Rony ela era muito falante e curiosa, a outra aula tinha começado e nos duas ainda batiamos papo, eu havia perguntado sobre a cor vermelha nos olhos. "a cor vermelha é sinal de maldade, mais tarde eu te explicarei melhor..." foi exatamente essas palavras que ela havia dito, isso explica porque minha colega de quarto havia ficado tão assustada quando citei aquilo.

— o sinal já vai bater. – disse olhando para seu relógio de pulso. – você vai adorar conhecer a Helo e a Sophi, elas são muuuuuito legais.

— acho que sim. – disse no mesmo momento em que o sinal havia tocado, antes da professora liberar toda a turma passou um trabalho em dupla para pesquisar sobre como cada país consegue o dinheiro em turismo. – quer fazer... comigo?

— SIM, óbvio, vem, vamos.

Ray me puxou para fora da sala, mas não indo para o andar de baixo, e sim, para o andar de cima, o telhado, onde encontrei duas garotas sorridentes acenando para a gente.

The Powers Of TreeOnde histórias criam vida. Descubra agora