Capítulo 21 - Emma/Jeff

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Emma

Estamos em um restaurante e eu não paro de rir, o Jeff é engraçado demais.

— Eu juro, Emma, ele me olhou com aquela cara toda suja de tinta e disse que iria me matar. — Ele fala rindo.

— Eu te mataria, Jeff, você jogou tinta no seu melhor amigo só porque ele atrapalhou uma possível noite de sexo.

— Eu estava tentando ficar com ela a meses, Emma.

O garçom chega com a conta e ele paga, nos levantamos e eu olho pra ele esperando o próximo passo do nosso dia. Acabamos de almoçar .

— Que tal um cinema? — Ele pergunta olhando o relógio.

— Acho ótimo, mas eu quero muito ver um filme de romance. — A verdade é que eu não me importo de ver outro filme, mas quero ver o que ele vai dizer.

— Tomara que tenha um com o Bradley Cooper. — Ele fala e eu olho surpresa pra ele. — Sempre com esse olhar de surpresa pra cima de mim.

— Não sabia que gostava de romance.

— Tem muita coisa que não sabe sobre mim, Emma... Eu posso ser o maior cafajeste desse mundo, mas também posso ser o mais romântico.

— Eu duvido. — Ele ri.

— Eu sou o dono de uma das maiores coleções de filmes de romance desse mundo. — Ele fala e eu, claro, não acredito. — Não acredita? Ok, vai lá, me pergunte sobre qualquer filme de romance.

— Ok... — Penso em um filme.. — Amor e uma estalagem.

— Humm.. Muito bom, bem clichê da Netflix.

Um homem de sorte?

— Nicholas Sparks estava bem inspirado.. — Ele fala e eu olho pra ele surpresa.

— Ta, agora vou tornar um pouco difícil. Você vai ter que fazer um breve resumo sobre os filmes. Ele ri concordando. Estávamos andando em direção ao cinema. — La vai. Como perder um homem em 10 dias.

— Ela está disposta a conseguir o cargo dos sonhos na revista em que trabalha, e ele quer convencer o chefe a qualquer custo de que consegue fazer uma mulher se apaixonar por ele. O trabalho dela é fazer um homem se apaixonar e depois afasta-lo... — Corto ele.

— Cara, como assim tu curte romance? Eu to chocada.

— Eu curto todos os tipos de filme, meu bem, e a minha mãe é a louca dos filmes de romance, a maioria eu já vi por causa dela.

— Preciso conhece-la, vamos nos dar bem. — Falo rindo e noto ele olhando pra mim com um sorriso, só agora me deu conta do que eu disse.

—Você se dar bem com todo mundo, Emma.

— Não com você. — Falo divertida.

— Você não se dar bem com a minha outra versão.

— Eu odeio pessoas duas caras.

— Minhas duas caras adora você. — Ele fala debochado e eu começo a rir.

Jeff

Estamos na fila da pipoca e eu nunca me senti tão bem perto de alguém como estou me sentindo perto da Emma, ela é divertida, inteligente, tem uma ótima mira e adora conversar. Estamos nos saindo super bem.

— Pronto, agora vamos. — Ela fala com a pipoca na mão.

Entramos na sala de cinema e nos sentamos, a sala não está muito cheia, o filme é um romance que parece ser legal. O filme começa e ficamos vendo em silêncio, desvio o meu olhar da tela e fico olhando pra ela, ela é linda, tão natural, nela não vejo nada do que vejo nas mulheres que costumo ficar. Ela não usa quilos de maquiagem, não usa roupas chamativas e mesmo assim é atraente, sua beleza é encantadora.

— Olha, ele já está apaixonado, serio, esses filmes são bem previsíveis. — Ela fala e eu sorrio olhando pra ela. — E é por isso que eu amo, eu odeio suspense, ataca a minha ansiedade, prefiro os previsíveis.

— Quem disse que ele já está apaixonado?

— Olha lá, não para de pensar nela, espera da o horário dela chegar em casa para abrir a porta do seu apartamento para causar um "encontro inesperado"...

— Ele pode esta querendo só transar com ela.

— Ele é o solteirão pegador, não transa com a mesma mulher mais de uma vez, e adivinha só? Eles já transaram... É claro que ele está apaixonado.

— É, realmente, se ele é um solteiro e não para de pensar em uma única mulher, ele está apaixonado. — Falo olhando fixamente nos olhos dela.

Ela fixa seus olhos nos meus e não desviamos por nada. Uma vontade de beijar ela assume o meu corpo e eu tento reprimir isso, mas parece que ela não, ela joga o balde de pipoca no meu colo e me beija.

Puta merda, eu estou beijando ela.

Beijo a boca dela com tanta vontade que eu acho que precisava disso para sobreviver, boto minha mão em sua nuca a puxando mais para mim, puxo o seu cabelo e ela bota suas mãos nos meus. O beijo é desesperado e gostoso. Eu poderia passar horas a beijando, mas precisamos de ar. Nos separamos e eu dei vários selinhos em seus lábios não querendo para esse beijo por nada. Ela me olha e abre um sorriso. Porra, o sorriso mais maravilhoso que eu ja vi. Pego a na sua mão e voltamos para o filme que agora já não me interessa mais. 

Não era para ser amor.  [QUICK STORY]Onde histórias criam vida. Descubra agora