Prólogo

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Para todos os lados que se olha só há areia, é noite e por mais que todas vezes que se fale em deserto se pense em calor, o frio era como se estivesse em uma geleira.

Nenhum deles sabia como chegaram ali ou o que havia acontecido, pedaços de metal e plástico estavam espalhados no chão, o vento fazia a areia cortar a pele e a falta de umidade fazia a boca ficar seca, a única água que parecia existir era a própria saliva e até essa parecia que ia acabar em breve.

Todos andam sem direção, juntos, mas sem ver nenhuma outra pessoa no caminho, sem saber para onde estão indo, sem saber quanto caminharam estão totalmente e inevitavelmente perdidos.

— O que aconteceu com Matheus? — pergunta Daiyu, ninguém responde, todos sabem o mesmo que ela e a resposta é nada.

O céu até agora escuro, brilha como se uma lua vermelha atrás das nuvens surgisse do nada, é possível se ouvir o barulho de trovões como se os cães do inferno latissem para eles.

De repente, um raio vermelho cai na frente deles, como se tivesse sido direcionado diretamente para cair ali e realmente havia.

Quando o lampejo toca o chão se transforma em uma moça, ela era baixa com mais ou menos um metro e sessenta, cabelos longos castanhos e lisos com um pouco de volume, sua pele era bastante clara.

Ela usa um vestido vermelho com aberturas dos lados que mostram as suas belas pernas, os pés calçados com botas de couro marrom escuro, a roupa era adornada com detalhes dourados feitos em ouro maciço, com um decote longo que marcava seus seios fazendo-os parecer volumosos, usava maquiagem; um batom vermelho nos lábios e lápis nos olhos, sua pele era bem clara, tinha olhos castanhos escuros e unhas compridas pintadas de vermelho.

Ela olha para eles com um olhar totalmente superior e ameaçador, ela estava muito diferente, mas eles ainda reconheciam aquele olhar.

— Renata?! — pergunta Daiyu.

— Então vocês finalmente chegaram. Eu me perguntava quando isso iria acontecer... — diz Renata.

— Onde estamos? — pergunta Max com a mão na empunhadura da sua espada.

— Vocês estão no meu mundo.

— Seu mundo?

— Sim, tudo que vocês vêem aqui é meu. Acho que vocês acabaram viajando no tempo, eu diria que uns nove anos no futuro do tempo de vocês. — replica Renata.

— Como assim seu planeta? Não estamos mais no planeta Terra?

— Não, garota, você entendeu errado. Sim, essa é a Terra, o meu planeta e aqui eu sou Deus.

— Impossível! Não deixariam que isso acontecesse! — esbraveja Daiyu.

— Ah, eles tentaram me impedir, não foram fortes o suficiente.

— Matheus nunca deixaria isso acontecer.

— Matheus? Eu matei Matheus.

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