CAPÍTULO 02.

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ANA LÚCIA

Estou me sentindo tão mal, minha mãe e meu pai foram mortos, minha irmã está comigo, eu estou com tanto medo, não sei para onde estão nos levando.
O lugar onde estou é escuro e está se movimentando.

Por que fizeram isso conosco, por que nossa vida acabou assim, eu não quero ficar sem minha irmã, meus Deus estou tão apavorada, eu queria minha mãe e meu pai aqui comigo, sinto falta do beijo da mamãe e dos abraços do papai.

Agora só resta eu e Diana, minha irmã mais velha, eu estou abraçada com ela e chorando tanto, sinto que vamos morrer.

Me perco nos meus pensamentos, e orações que não percebo quando paramos de nos movimentar, então a porta se abre, e um clarão toma conta de dentro e machuca meus olhos, acho que foi pelo o fato de estarmos no escuro, e durante a viagem , nós ficamos amarradas e de olhos vendados.

Só dentro desse caminhão que nos desamarram e podemos tirar as vendas,

Um homem se Aproxima e puxa minha irmã e a mim com força.

Estou tão apavorada, não consigo nem falar, o medo toma conta de todo o meu corpo.

Saímos do caminhão e logo avistamos uma casa, e uma mulher espera sorrindo, em pé na porta.

—"será ela a nossa sequestradora" ? (Penso)

Ela sorrir para nós.

— são muito lindas, vem minhas queridas, vou levar vocês para comer algo, tomar um banho e descansarem. -A Fátima fala

Eu e minha irmã olhamos uma para a outra, como eu queria sair dali, mais eu sou só um criança e agora órfã, só tenho a minha irmã.

Está difícil pensar que não irei ver meus pais mais.

Ficamos intactas no mesmo lugar e a tal mulher insisti, em chamarmos para entrar. De repente um dos homens me pega pelo os cabelos, me apavoro e começo a gritar.

— Solta ela! sabe que elas não pode ter nenhum arranhão. -Ela diz, firme.

O homem parece voltar a si e me joga no chão, e eu choro caída ali, ele grita comigo para calar a boca, e na mesma hora meu corpo treme.

Minha irmã está apavorada, ela não se abaixa para me ajudar, sinto que ela está em choque. Sou tão pequena e já entrando nesse mundo horrível.

Entramos para casa a dentro.
E lá eu vi na mesa, vários tipos de comida, minha irmã não perdeu tempo e já se sentou para comer, e eu não consegui comer quase nada, simplesmente a comida não desce, Ela fica entalada na garganta.

A moça olha para mim com um ar de preocupada.

— bonequinha, você tem que comer.
Vai ficar doente assim, e seus novos pais não vão querer levar vocês. -Fala tentando me acalmar.

Congelo ao ouvir a frase "seus novos pais".
Como assim? Pais não são mercadorias que se joga fora e compra outro.

Então no impulso eu dou um grito.

— eu não quero novos pais, eu quero os meus de volta. -Eu falo questionando.

Começo a chorar, o homem dar um soco na parede mandando eu calar a boca, porém eu não me calo e começo gritar pedindo meus pais de volta.

E é nesse momento que meu inferno começa, sou lançada na parede, foi tudo tão rápido que quando vi já estava com a testa sangrando.

Escuto a Mulher gritar com ele.

A DAMA DO DESTINO Onde histórias criam vida. Descubra agora