CAPÍTULO 03

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ANA LÚCIA

estou deitada na nessa cama, onde ainda sinto o cheiro da minha irmã, minha querida Diana, por que meu Deus está acontecendo isso comigo?
Estou tão apavorada, quero morrer.

- papai do céu tira de mim a vida, eu quero ficar junto de meus papais e minha irmã.
Eu não quero ficar nesse lugar, não quero ser prisioneira desse povo.

Oro para Deus em soluço do meu choro, sinto que me falta o ar, e eu quero mesmo que falte, para que eu possa morrer e voltar a viver feliz com minha família.

Me desperto assim que ouço a porta se abrir.

Aquela mulher aparece, e se Aproxima de mim.

- bonequinha, vamos levantar para jantar?
Você não tomou seu lanche. -A tal Fátima diz.

Ela senta na cama e eu não consigo dizer nada, eu não tenho nenhum tipo de reação,
Eu tou com muito medo, por favor papai do céu, me tira daqui, não quero mais viver assim.

Sinto a mulher por a mão na minha testa e se espantar.

- meu Deus, essa menina está ardendo em febre. -Ela diz preocupada.

Ela se levanta e escuto indo para o banheiro, e não demora muito ela volta correndo e me pega, e me põe sentada, estou tão mole, sinto o corpo todo pesado, e a moça tira minha roupa toda.
Ela me pega no colo e então me põe dentro da banheira, na hora sinto um choque pois a água estava fria, estou tremendo muito, meu queixo bate, a moça molha uma toalha e passa na minha testa, estou tão fora de mim, que se eu morrer agora nem ia sentir.

- Vamos! Essa febre tem que abaixar. -Fala preocupada.

Sinto preocupação no tom da voz dela. Ela se levanta e pega o celular escuto ela falar no telefone.

- preciso que compra uns remédios para mim, a garota está com a febre muito alta. -Ela para por um momento e volta a falar de novo. -problemas? Que tipo de problema?

Percebo que ela fica surpresa com o que a pessoa na outra linha está falando.

FÁTIMA -e o que vamos fazer agora? Se pegarem a gente, e se descobrirem do tráfico infantil?
Temos que conseguir uma menina colombiana logo, e darmos um fora daqui, se não vão nos pegar também. -Ela para e fala. -vou estar no aguardo.

Ela desliga o telefone e volta para o banheiro, ela me tira da banheira e me enrola na toalha, me colocando na cama, ela se afasta indo para a porta.

- estou indo comprar uns remédios para você e já volto.

Eu não digo nada, só olho para ela e fecho os olhos.

HERICO RAMIREZ

Estou nessa porra de favela, tentando achar meu filho, o cobrador já tinha me avisado que ele e a Maria Rita estavam perdidos, perdi minha esposa, que inferno, porque ela não ficou em casa?
Os Gonzalez também morreram, os polícias estão matando e prendendo até os inocentes, que bando de filhos da puta, está acabando com o meu reinado.
Preciso achar meu filho, preciso ir embora daqui.

Estou dentro do carro, perdido nos meus pensamentos quando começam a atirar no meu carro.

- porra vamos logo, esses filhos da puta estão se aproximando. Vai logo. - falo nervoso.

O motorista começa a acelerar, mais dando ré.

- ahrowmmmm . -Grito frustrado por não conseguir entrar na favela.

- liga para o cobrador, ele tem que encontrar meu filho. -Falo e Assim um de meus homens fazem.

COBRADOR

A DAMA DO DESTINO Onde histórias criam vida. Descubra agora