Às dez em ponto minha equipe e eu estávamos na sala de reuniões, munidos de todas as informações que pudemos coletar sobre nossa nova empresa, assim como um plano de ação para atender as necessidades do meu cliente. Não direcionei meus esforços para saber sobre Uzumaki Naruto, o CEO da Uzumaki, pois ele não era meu foco, e sim sua empresa, mas Sakura, uma das minhas assistentes, descobriu que ele era um homem na casa dos trinta anos, muito focado nos negócios, e o tipo do cara discreto que pouco aparece em mídias sociais.
Não fazia diferença para mim, eu não precisava persuadi-lo a gostar de mim ou confiar no meu trabalho, já que foi ele mesmo que me escolheu. Eu precisava apenas provar para ele que sua escolha tinha sido a melhor. E eu não pouparia esforços para provar isso ao senhor Uzumaki Naruto, CEO da Uzumaki.
Pela enorme parede de vidro que dividia a sala de reuniões do setor de Gestão de Contas Especiais, pude ver sr. Jiraya se aproximando acompanhado de quatro homens de terno, e sua secretária ao lado segurando uma prancheta. Eles conversavam animadamente e as vozes que entravam abafadas na sala de reuniões me pareceram familiares, mas não consegui distinguir nenhuma delas. Quando eles pararam quase que em fila para entrar na sala, seu Jiraya à frente de todos, e me levantei para dar boas-vindas, fazendo minha equipe se levantar também. Deveria ter permanecido sentado. Quando ele entrou, foi como levar um soco no estômago. Todas minhas estruturas se abalaram pela sua presença inesperada.
O perfume vetiver invadiu minhas narinas, me fazendo sufocar. No meu peito, o coração fazia batucada, e um calor sem precedentes subiu pelo pescoço e rosto. Minhas pernas bambearam, meu queixo caiu... Por Kami, ele era ainda mais bonito de terno!
― Uzumaki, esse é o seu garoto! ― disse sr. Jiraya.
― Sasuke, esse é o Uzumaki Naruto, CEO da Uzumaki. Ele esticou a mão, seu sorriso tinha um ar de perversão, pois sabia que estava brincando comigo, pirando minha cabeça.
― N...naru? ― Estava desnorteado, fora de mim.
― Uzumaki Naruto, como vai? ― Apertei sua mão.
Aquela sensação de abrasamento que senti na pousada em Suna voltou com força total. Sua mão quente segurando a minha, seu dedão alisando discretamente as costas da minha mão, seu sorriso sacana aberto, rasgando seu lindo rosto em dois, seus olhos conectados aos meus, e eu tonto com sua presença, queria dizer tanta coisa, perguntar tanta coisa, fazer coisas...
Apenas fiquei ali, mudo, segurando sua mão, sentindo os mais confusos sentimentos tomar conta de mim. Queria xingá-lo por ter sumido no dia seguinte sem nem ao menos dizer obrigado, queria abraçá-lo por estar ali, pois eu sabia que era por mim. Mas como?
― Feche a boca! ― Ele empurrou meu queixo pra cima. ― Vai pingar...
― Rhm... ― Limpei a garganta, soltei sua mão e ainda confuso com o que estava acontecendo, mantive a compostura que se exige a um profissional como eu, e apresentei minha equipe a ele, ele apresentou a dele, sr. Jiraya nos deixou para começarmos e reunião e foram as duas horas mais longas da minha vida.
Falar sobre trabalho foi fácil, era o que eu fazia de melhor. Propus algumas modalidades para as principais necessidades da sua empresa, apresentei as soluções mais viáveis ao tipo do negócio, garantindo uma gestão qualificada, ágil e segura para a Uzumaki. Naruto, ou Uzumaki, me ouviu com atenção, depois debatemos alguns assuntos pertinentes e por fim, estávamos todos satisfeitos com o resultado da reunião.
Difícil foi manter os olhos longe dele, não sorrir feito um bobo enquanto ele falava, não respirar fundo quando seu perfume invadia minhas narinas...
Difícil foi manter a concentração no negócio e no propósito da reunião. Quando a reunião acabou e todos se levantaram, meu coração disparou. Nos cumprimentamos, rasgamos sedas uns aos outros, e nos aproximamos todos da porta.
Naruto colocou a mão na base da minha coluna quando nos enfileiramos para sair da sala e eu tive que conter um gemido.
― Almoça comigo? ― Ele sussurrou, sua boca bem na minha nuca e sua respiração quente arrepiou todos os pelos do meu corpo. Meu estômago afundou, e não foi de fome.
Saímos da sala e eu teria respondido sim, se todos não tivessem se virado e formado um círculo. Dei uns passos à frente e fiquei na outra extremidade, de frente para Naruto, desejando que seus olhos cruzassem os meus para que ele visse o sim estampado ali.
― Obrigado, todos! Tenho certeza de que trabalhar com vocês vai ser de grande valia, para as duas empresas.
― Eu que agradeço a Uzumaki por ter nos dado essa oportunidade.
― Não há de quê, Sasuke. Espero que possamos almoçar juntos um dia, só nos dois, assim eu posso ter uma conversa mais intimista com o novo gestor da conta.
Puta merda! É agora...
― Bom, pode ser hoje se você quiser, estou disponível.
Pra você, estarei sempre disponível, Naru!
― Ótimo! ― Ele respondeu e seus olhos se prenderam aos meus, fazendo meu peito inflar.
― Bom, senhores, eu encontro vocês na empresa daqui a duas horas. ― Ele disse para sua equipe. Nos despedimos de todos mais uma vez, eu dei algumas instruções para Sakura, e quando entramos no elevador, eu, Naruto e os caras da sua equipe, a tensão sexual ricocheteou para todos os lados. Naruto ao meu lado, os caras na frente, os números em ordem decrescente no painel do elevador e sua mão apertou minha bunda.
Eu pulei e tossi, pois não esperava por aquilo. Um sorriso cínico apareceu em seus lábios e naquele momento eu entendi: estava perdido!
A ansiedade em estar a sós com Naru novamente corroendo minhas vísceras. Cada um seguiu para seu carro e Naru me conduziu para o dele.
Uma Mercedes-Benz AMG GT, vermelha, coisa mais linda. O vidro era tão escuro que posso garantir, ia contra as normas de trânsito mundial. Teria babado pelo seu carro, mas minha cota estava superada para aquele dia.
Assim que entrei no carro, com minhas expectativas nas alturas, me virei para pegar o cinto, mas Naru me puxou pela gravata.
― Solta essa merda! ― Em seguida seus lábios estavam me devorando.
― Hmm... ― Difícil conter um gemido sendo que desejei aquele beijo desde o dia que tinha acordado sozinho naquela cama de pousada.
Achei que tinha superado Naru e toda noite alucinada que vivemos, mas não! Estava tudo lá, nos seus lábios, na sua língua, no seu sabor e na sensação de plenitude que sentia enquanto ele me beijava, como se seus lábios fosse meu lar.
Era um sentimento novo e inesperado, mas delicioso e que preenchia necessidades que eu nem imaginava que possuía, como suas mãos em mim, seu cheiro ao meu redor, seu calor me aquecendo... Eu estava sofrendo mais uma vez de paixonite aguda, e temi, naquele momento, que meu quadro se agravasse terrivelmente, mas ao invés de me proteger, eu abri as portas para que ele entrasse.
Ele me beijava com necessidade e desespero, sugando meus lábios de forma dominadora, conduzindo o bailar das nossas línguas, me apertando com suas mãos, tão forte que chegava a ser dolorido, mas delicioso como um inferno. Logo meu pau virou uma barra de aço dentro da cueca boxer.
― Sasuke Uchiha... ― Ele sussurrou em meu ouvido quando começou a beijar e mordiscar meu pescoço. ― Que porra de feitiço você jogou em mim? ― Sua mão subiu pela minha coxa e apertou meu pau por sobre a calça.
― Oh, droga! ― Meus olhos rolaram para trás, e o fato de querer foder com ele, ali mesmo, me fez lembrar de onde estávamos.
― Naru! ― Eu o empurrei de leve, pois precisava respirar e pensar ao mesmo tempo, e com suas mãos e lábios em cima de mim, era impossível.
― Não podemos... você é meu cliente agora.
― Podemos sim, Sas... Ninguém precisa saber. ― Ele segurou meu rosto entre as mãos e me puxou para mais um beijo, mas eu desviei.
― Faz parte das regras da empresa... Oh! ― Era difícil argumentar com ele lambendo meu maxilar de uma forma que me deixava louco.
― Foda-se! ― Ele segurou minha mão e levou ao seu pau. ― Eu quero você! Ele estava duro e a lembrança daquele monumento dentro de mim fez minha bunda se apertar. Eu queria colocá-lo na boca, sentir o rastro do seu pré gozo na minha língua, ter ânsia quando sua glande grande e rosada atingisse minha garganta...
Mas estávamos dentro de um carro, e no estacionamento da empresa.
― Me tira daqui Naru! ― Catei seus lábios com os meus, e comecei a comandar o beijo enquanto alisava seu pau.
― Hmmm... ― Um gemido arranhou sua garganta quando ele projetou o quadril para frente.
― Vamos, Naru! Me tira daqui... ― sussurrei e depois lambi sua orelha.
― Ok! ― Ele pareceu sair do transe, ligou o carro e quinze minutos depois estávamos dando entrada no primeiro hotel que avistamos próximo a empresa. Já no quarto, parecíamos dois loucos sedentos à procura de água.
Nossos lábios não se desgrudavam e tirar as roupas foi imediato, pois tínhamos pressa, mas precisávamos preservar os botões de nossas camisas. Quando finalmente conseguimos ficar totalmente nus, ele me pressionou na porta e começou amassar seu pau duro no meu enquanto prendia minhas mãos acima da cabeça e beijava meus lábios. Naru tinha um estilo dominador, mas era carinhoso e se preocupava com meu prazer.
Seus movimentos não eram bruscos, e sua pegada, apesar de ser levemente dolorida devido à força que ele empregava em seus dedos, era deliciosa e me deixava em estado de êxtase, pois cada vez que ele me tocava e me beijava, mas eu queria tudo dele.
― Me chupa! ― Ele apoiou a mão na porta e se afastou para que eu me ajoelhasse na sua frente. Admirei seu pau cheio de veias antes de enfiar na boca, apenas a cabecinha, depois até sua glande atingir minha garganta, do jeitinho que eu imaginei.
Naru segurou meu rosto entre as mãos e começou a foder minha boca até o ar me faltar.
― Ah! ― O empurrei para poder respirar e olhei em seus olhos.
Por Kami, ele era ainda mais perfeito do que eu lembrava! Aqueles pelos loiros na sua pélvis, subindo pelo umbigo, seu abdômen dividido, seu peitoral musculoso na medida certa, seus braços torneados, seu sorriso sacana, exalando luxúria, sedução, tesão...
Porra! Eu estava caidinho por ele! Era um caminho sem volta. Logo seu sorriso se esvaiu com uma troca de olhar que mesmo em silêncio, disse tudo que eu precisava saber: ele também estava caidinho por mim! Naru me puxou e me beijou com paixão. Eu arfava descontroladamente e vez por outra um gemidinho escapava da minha garganta quando ele me mordia, ou me apertava, ou bombava meu pau, que pingava de tanta vontade.
― Você geme gostoso, Sas. ― Ele segurou minha coxa e no instante seguinte eu estava com as pernas enlaçadas em sua cintura, nossos lábios grudados e ele me conduzindo para a cama.
― Quero você gemendo assim quando eu meter no seu cuzinho apertado...
― Por favor, Naru, que eu já tô chegando ao meu limite. Ele me colocou de quatro e antes de meter com vontade, me deu o beijo grego mais delicioso da minha vida. Sua língua era ávida e as mordidinhas que ele dava na bochecha da minha bunda só tornava o prazer ainda mais alucinante.
Quando seu dedo entrou em mim e raspou minha próstata, meus cotovelos cederam, e logo eu estava mordendo o travesseiro para conter a vontade de urrar de prazer.
Naru me torturou a ponto de eu derramar porra no lençol, e quando ele percebeu que eu não conseguiria resistir e logo gozaria feito um louco, ele se encapou, me lubrificou e meteu em mim aquela forma ardida e gostosa. Dessa vez eu urrei, e quando as estocadas vieram, em seguida, eu não aguentei e gozei antes do esperado.
― Isso, garotão! Goza pro seu macho! ― Ele sussurrou entre dentes enquanto meu corpo convulsionava de prazer, e deu um tapa na minha bunda, que ardeu, e fez meu pau jorrar um pouco mais.
Umas estocadas depois ele gozou, e eu pude sentir cada pulsação do seu pau em mim, pois já estava sensível o suficiente para isso. Meus gemidos eram descontrolados e quando ele desabou sobre mim, eu desabei na cama.
Nossos corpos suados e colados, seu corpo pesando sobre o meu e seus lábios depositando beijinhos no meu ouvido e bochecha. Eu estava no céu!
― Como você me achou? ― perguntei com a voz mole.
― Nagato me deu seu cadastro. Não foi difícil... ― Ele rolou e se deitou ao meu lado. Nós viramos de lado para ficarmos cara a cara.
― Confesso que fiquei tristão por você ter ido embora no dia seguinte, sem dizer nada.
― Hm... Eu também fiquei magoado por você não ter perguntado por mim. ― Ele se deitou de costas e me puxou para que eu me aninhasse em seu peito.
― Como você sabe que eu não perguntei?
― Eu perguntei pro Nagato... Somos primos.
Primos? Uau!
― Achei que tinha sido só uma noite pra você... Não quis criar expectativa sobre nós.
― Teria sido, se você não tivesse me enfeitiçado. ― Ele beijou meu cabelo e eu dei uma risadinha de satisfação. Suas palavras foram música para meus ouvidos, porque eu estava igualmente enfeitiçado por ele.
― Você sabe que não podemos, né? ― Eu alisava seu peito. ― Faz parte das normas da empresa...
― Depois pensamos nisso. Vamos curtir o momento. ― Seus braços me envolveram num abraço gostoso. Eu queria não pensar, mas eu estava envolvido demais, mesmo que tivesse sido apenas duas fodas deliciosas, meu coração já estava tomado por Naru, e eu queria, mais que tudo, curtir o momento.
Mas eu prezava muito pelo meu emprego! Foi então que algo importante passou pela minha cabeça:
― Você escolheu a H&H Co. por minha causa? ― Olhei para ele.
― Sim... Quer dizer... Sua empresa tinha recebido a carta convite pra participar da licitação, então já estava no páreo, e quando eu descobri que você era um dos gestores de contas especiais, foi fácil tomar uma decisão. Difícil foi convencer os outros acionistas, mas como eu sou o presidente, a palavra final é minha. Sentei-me, pois comecei a ficar preocupado com o rumo da conversa.
― Como você descobriu que eu era um dos gestores? Naruto deu uma risada alta e gostosa, a mesma que ele tinha dado dentro do meu carro quando perguntei se ele iria me matar e roubar meu rim.
― Sua cara faz parecer que sou uma pessoa terrível, Sasuke! ― Ele disse ainda com um sorriso largo nos lábios.
― Sim, eu stalkeei você, mas não dessa forma perversa que você tá pensando!
― Você me stalkeou? ― Meu queixo caiu.
― Mais ou menos. Eu pesquisei seu nome no LinkedIn, apenas isso. Tem tudo lá...
― Hm... É verdade. ― Me deitei novamente em seu peito. ― Que bom que você é um psicopata. Eu não teria sua coragem...
― Hei! Eu não sou um psicopata... ― Ele se deitou sobre mim e me fez cócegas.
― Ahh... Não faz isso! ― gritei ao tentar segurar suas mãos enquanto me contorcia sob seu corpo.
― Só achei que você valia a pena. ― Seus olhos encontraram os meus. Ele engoliu em seco. Ficamos sérios e meu coração disparou dentro do peito.
― Obrigado! Penso o mesmo sobre você. ― Engoli em seco. Nos beijamos, dessa vez com calma e delicadeza. Aquele beijo que começa devagar e quando nos damos conta, estamos querendo beijar aquela boca para sempre. Teríamos evoluído para outra rodada de foda gostosa, mas eu precisava almoçar e voltar para empresa.
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Sonhos...
RomanceAlguns sonhos devem ser realizados!!! Outros, nunca se realizarão... Que tipo de sonho terá Sasuke Uchiha??? Personagens do tio Moto, baseado na linda história O amante do CEO de JV Leite.