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Chegar à pousada foi uma tarefa árdua, primeiro porque meu pau estava duro como uma rocha, e não foi negligenciado por Naru, que o alisava por cima da bermuda e beijava meu pescoço enquanto eu tentava me concentrar no caminho e na direção. Jogo sujo? Sim, porque eu também queria sentir seu volume em minha mão, mas precisava dela para passar marcha e segurar o volante do carro.
― Seu sacana! ― Mordi seu lábio quando ele me beijou e quase saímos da estrada. Por sorte era pertinho e logo chegamos na pousada.
Estacionei o carro, nos devoramos um pouco mais a ponto de deixar os vidros do carro embaçados.
― Que delícia! ― sussurrou enquanto lambia meu pescoço.
― Você é quente, Naru!
Já estava quase montando em seu colo. Era boca contra boca, mãos em todas as partes do corpo e quando ele tentou abrir o botão da minha bermuda, decidi que era hora de irmos para o quarto.
― Meu quarto ou o seu?
― Tanto faz... ― Ele mordeu meu lábio inferior.
― O seu, porque o meu é o último.
Descemos do carro, ele segurou minha mão e praticamente estramos na pousada correndo. Os olhos de Nagato cresceram quando ele nos viu descabelados, lábios vermelhos, mãos dadas e uma pressa injustificada, pelo menos para ele.
Para nós, nossa pressa tinha todo fundamento, pois tínhamos fome um do outro. Enquanto eu tentava enfiar a chave na porta do quarto, Naru me abraçava por trás, pressionando o pau duro na minha bunda, alisando meu abdômen, devorando meu pescoço, e eu entendi naquele momento como seria a dinâmica da coisa, e porra... meu corpo estava em brasa.
Quando a porta finalmente abriu, ele enfiou a mão por dentro da bermuda e apertou meu pau por sobre a cueca. Minhas pernas bambearam.
― Kami!
― Não, Sasuke, sou eu mesmo, Naru... ― Ele mordeu minha orelha enquanto me alisava e me conduzia para dentro do quarto.
― Por Kami, Naru, eu vou gozar só com as preliminares...
Primeiro ele arrancou minha camisa, depois eu segurei a barra da sua e a levantei até a altura do peito, que ele terminou tirar enquanto eu lambia e mordia seus mamilos e bicos do peito. Depois ele segurou minha cabeça e com ferocidade mordeu e beijou meus lábios, tão forte que seus dentes me arranharam. Abri o botão e o zíper da sua bermuda jeans e a abaixei até seus joelhos, que ele se encarregou de tirar sozinho, chutando para o lado. Quando ele se ajoelhou na minha frente, eu me perdi.
Ele abaixou minha bermuda e cueca, tudo junto, o suficiente para livrar meu pau e logo o enfiou na boca, até a base, fazendo um arrepio percorrer minha coluna.
― Aaah! ― Tombei a cabeça para trás enquanto ele me chupava. Segurei seus cabelos com força, empurrando sua cabeça no meu pau, fazendo ele ir fundo a ponto de ter ânsia.
― Isso, Sasuke... fode minha boca! ― Ele me engoliu novamente e olhou para mim, aquele olhar sacana de quem sabe que está matando alguém de prazer, e esse alguém era eu.
― Merda! ― Eu estava perdido, porque há tempos não tinha um homem tão gostoso e sensual chupando meu pau, disposto a tudo comigo, e talvez por carência ou coisa parecida, eu não queria que fosse apenas uma noite. Segurei sua cabeça e o puxei para cima, pois queria provar o sabor do meu pré gozo na sua língua, e porque, se ele continuasse me chupando daquele jeito, eu chegaria no meu limite rapidinho, e eu queria aproveitá-lo o máximo possível.
Na cama, já com camisinhas e lubrificante na mesa lateral, e sem roupa alguma, ele foi gentil, carinhoso e um inferno de tão quente. Estávamos deitados, ele de lado, eu de costas, ele alisando meu corpo e beijando meus lábios, eu deitado em seu braço, olhos fechados, sentindo o prazer indescritível dos seus lábios brincando com os meus, da sua mão quente passeando sobre minha pele em chamas, seus dedos fazendo um carinho gostoso em meus cabelos, seu pau pressionado no meu quadril e meu pau dando um pinote a cada vez que sua mão descia pela barriga e alisava meus pelos...
― Isso é tortura... ― Segurei sua mão e levei ao meu pau, fechando seus dedos em volta, ansioso pelo seu toque.
― Tá com pressa? ― Ele lambeu meu lábio inferior e punhentando levemente meu pau.
― Oh! Não... ― Elevei meu quadril, tentando foder sua mão, mas ele me soltou. Naru então se esticou para trás, pegou o lubrificante e derramou um bocado no meu pau.
― Ahh... ― Era gelado e um sorriso rasgou meu rosto.
― Malvado!
― Seu sorriso é lindo... ― Ele beijou minha bochecha. ― Levante essa perna... ― Ele puxou minha coxa para cima. ― Segure seu joelho... Sua voz rouca era sedutora e depois de ter feito tudo o que ele mandou, seus dedos roubaram um pouco de lubrificante do meu pau e levaram à minha bunda. Virei-me um pouco de lado e deixei que ele introduzisse seus dedos em mim, pois a espera já estava agonizante, e eu não via a hora de tê-lo no meu traseiro. Foi uma torturante e deliciosa preparação para recebê-lo. Naru não teve pressa, e enquanto ele me maltratava de prazer, sussurrava palavras sacanas em meu ouvido, me beijava, mordia, lambia, metia os dedos lentamente, um, depois dois, aumentando o ritmo das estocadas, e quando meu corpo convulsionou, prestes a explodir de prazer, ele pegou a camisinha, encapou seu pau e meteu em mim, sem delicadeza alguma.
Eu urrei de prazer e dor, mas logo seus lábios sugaram e beijaram os meus e enquanto ele estocava com vontade, seus gemidos reverberavam em meu peito, que recebia golpes violentos do meu coração. Enquanto ele metia, me masturbava.
Uma sincronia perfeita de movimentos, e eu, totalmente entregue e passivo, deixei que ele comandasse nossos corpos, sem pudor algum, apenas sentindo cada centímetro do seu pau maravilhoso bombando dentro de mim, das sua mão quente subindo e descendo, dos seus lábios sugando os meus, seus dentes me arranhando, sua língua me provando, e quando ele urrou de prazer, minha mente deu voltas e eu cheguei ao ápice, jorrando sobre meu estômago, melando sua mão, sentindo seu ritmo desacelerar quando ele estocou com força, uma vez, duas vezes, e depois parou, seu rosto fundo em meu pescoço, sua respiração arrepiando os pelos do meu corpo, nossos corpos colados de suor, e ele saiu de dentro de mim, mas permanecemos deitados, na mesma posição, corações se acalmando, o som do mar e de nossas respirações e eu simplesmente adormeci em seus braços.
Acordei no dia seguinte me perguntado se tudo não passou de um sonho, mas apesar da cama vazia, seu perfume vetiver estava impregnado no meu travesseiro, na minha pele, na minha alma...
Sempre fui um cara independente e nunca me envolvi emocionalmente com ninguém, apenas porque gosto de ser solteiro, gosto de baladas, joguinhos de sedução, cada dia uma pessoa diferente para dividir a cama, dormir sozinho, andar pelado pelo apartamento, ter meu próprio espaço...
Mas depois daquela noite com Naru, eu me senti... incompleto.
Acordei pensando nele, e ele nem ao menos me deixou um recado na recepção da pousada. Simplesmente se foi, e eu passei os últimos dias das minhas férias lembrando de cada ínfimo detalhe daquela noite, desde a hora que ele entrou no meu carro para irmos jantar, até a hora que ele saiu de dentro de mim e eu dormi em seus braços.
Quando fiz meu check out na pousada, tive que fazer um esforço sem precedentes para não cair na tentação de pedir seu contato.
Eu sabia que iria ligar, o problema é que Naru, aparentemente, era como eu: não curtia segundas vezes.
O meu problema era que, com ele, eu teria até uma terceira vez.
Dirigir sozinho até Konoha foi outro martírio e, por diversas vezes, me amaldiçoei por ser tão estúpido, pois meus pensamentos iam e vinham e lá estava Naru em cada um deles.
E, pela primeira vez na vida, eu estava sofrendo com dor de cotovelo, uma ressaca de amor, e a única cura era voltar para casa e para caça! Foi o que eu fiz. Durante o dia organizava a bagunça do novo meu apartamento e à noite arrumava a bagunça do meu coração. Na segunda feira, de volta ao trabalho, Naru não passava de uma lembrança gostosa e ardente.

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