XV

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— Queria estar em casa. — Deidara brincava com a ampulheta de Sasori, o mesmo não tirava os olhos dos papéis, estava muito ocupado analisando os documentos que Deidara não fazia questão de entender.

— Hoje é dia de você ficar comigo. — Deidara relaxou na cadeira bufando forte, Sasori começou a mexer no notebook em sua mesa.

— Sempre é dia de ficar com você. — Deidara dizia acariciando sua barriga, estava irritado por novamente não ter ido com Obito e por ter que usar um vestido que Sasori havia lhe dado ao invés de uma blusa larga e uma bermuda escura de Tobi.

— Nunca reclamou disso antes. — Sasori parou de escrever no aparelho e olhou para o loiro, que virou o rosto evitando a troca de olhares.

— Não sou mais como antes. — Às carícias em sua barriga fizeram Sasori perceber que Deidara estava deixando de ser manipulado por seu charme. — Vou sair. — O loiro levanta caminhando até a porta, Sasori levanta logo em seguida.

— Onde vai? — O ruivo saiu de trás de sua mesa e caminha até o loiro, que apenas bate a porta e sai caminhando pelo grande andar do prédio, entrando no elevador e descendo para os primeiros andares.

— Ele está ficando chato não é? — Deidara sorriu para sua barriga, falando como se a pequena criança que estava crescendo em seu ventre pudesse ouvi-lo. — Vamos passear, vamos. — Deidara saiu assim que o elevador abriu as portas, caminhando até a saída e procurando por alguma loja interessante. — Essa papelaria... — Deidara parou ao ver uma grande papelaria, bem enfeitada e tingida de vários tons de roxo e laranja. — Quer ver a titia? — Deidara entra pela porta da frente, sendo incrivelmente surpreendido pelo designer de dentro, era tão lindo e tão... Konan...

— Seja bem-vindo. — A mulher de cabelos roxos olhava com um leve sorriso para seu amigo que andava admirando cada detalhe dos desenhos nas paredes.

— Foi... Você quem desenhou? — Deidara olha para os desenhos nas paredes, eram simples mas tão estilosos, que faziam Deidara se sentir estranhamente relaxado.

— O que você acha? — Konan pegou uma xícara e colocou um pouco de chá de folhas de hortelã e entregou para o loiro que sentou em um pequeno banco em frente ao balcão. — Mas o que o trás aqui? — Konan senta no banco atrás do balcão, olhando para Deidara que tomava o chá com uma cara emburrada.

— Vim pro trabalho com o Sasori, mas não aguentei ficar naquela sala e resolvi dar um passeio. — Voltou a tomar seu chá olhando ao redor, admirando os objetos à venda na loja.

— Antigamente você não aguentava ficar um segundo longe dele, mas hoje você não aguenta nem olhar no rosto dele? — Konan apoiou sua cabeça em sua mão, olhando profundamente nos olhos azuis de Deidara.

— Eu não sei, não é como se eu não o amasse mais, mas... — Deidara coloca a xícara no balcão e tenta encontrar a palavra correta para sua frase.

— Isso é normal. — O loiro olha para a mulher com um rosto confuso. — Acho que você esqueceu que quando os Ômegas ficam grávidos, eles acabam ficando mais grudados com o pai. Então não é como se você não amasse mais o Sasori, e sim, que você está mais atraído no Tobi por ele ser o pai do meu sobrinho. — Konan caminhou até Deidara, levantando a madeira que usava de porta para separar os lados e acariciando a barriga do loiro quando chegou perto dele.

— Então eu ainda amo o Sasori? Eu ando ficando muito confuso com meus sentimentos a cada dia que passa. — Deidara apoia sua cabeça em sua mão enquanto sentia a quente mão de Konan sob sua barriga, podia sentir facilmente o calor da mesma sobre seu vestido.

— Ômegas em trisal é realmente confuso, mas eu duvido que você tenha deixado de amá-lo só por que engravidou do Tobi, até porque vocês namoram desde a fundação da Akatsuki. — Konan puxa um pequeno banco que tinha ali perto e senta ao lado do loiro que volta a tomar o chá.

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