Sasuke levantou os braços, se espreguiçando e soltando um leve gemido de satisfação ao estalar suas costas. O intervalo ainda não havia acabado, então o moreno permanecia sentado em sua mesa, mexendo no celular que havia ganhado de seu irmão após quebrar o outro ao jogá-lo na mesa.
— Estou estranhamente irritado hoje. — Sasuke relaxou um pouco seu corpo, deitando-se um pouco mais em Juugo ao seu lado. Apoiou sua cabeça do grande braço do Alfa, apenas Karin estava do outro lado da mesa.
— Deve ser o Naruto que está irritado hoje. — Juugo falou olhando para frente, sabia que Naruto estava o olhando estranho hoje, mas não sabia o porquê.
— Sim, com certeza... — Suigetsu levantou do banco, guardando o celular em seu bolso direito. — Já volto. — O albino saiu sem olhar para trás, caminhava respirando fundo e ignorando as vibrações de seu celular. — Chora criança. — Chegou no corredor, encostando na parede ao lado da grande porta que interligava os corredores ao refeitório.
— Confundiu a pessoa. — Uma voz doce foi emitida do outro lado da linha, Suigetsu retirou o celular do ouvido e olhou novamente para ver quem havia lhe ligado, pois tinha total certeza de que era Naruto.
— Quem é então? — A pessoa havia ligado do celular do loiro, Suigetsu colocou no vivo a voz e começou a olhar ao redor, procurando por alguém.
— Gaara, desculpe por ligar pelo celular do meu irmão, mas é que eu precisava falar com você. — A voz estava próxima, o ruivo apareceu andando por trás do albino. Suigetsu não se assustou, podia escutar os passos do ruivo pela chamada e alguns passos atrás de si, ao se virar, desligou a chamada e olhou nos olhos verde-água do Ômega à sua frente.
— Então, o que deseja? — Sua sobrancelha arqueada revelava sua atenção dobrada na conversa.
— Queria te perguntar uma coisa... — O ruivo parou e olhou para todos os lados, tendo agora total certeza de que não haveria ninguém ali para ouvir a conversa. — Sei que você percebeu que meu irmão está estranho hoje. — Suigetsu virou sua cabeça para trás, olhando para Juugo ao lado de Sasuke e logo em seguida para Naruto, que parecia que iria matar o ruivo com apenas o olhar.
— Ciúmes do Juugo, o que é um pouco estranho já que eles tem uma marca. Ele não deveria ser tão ciumento assim... — Gaara rapidamente percebeu as intenções de Suigetsu ao ouvir seu tom de voz duvidoso, não poderia contar que seu irmão era um Dominante.
— Meu irmão não fazendo coisas estranhas é que é estranho. — A fala de Gaara fez com que a atenção do albino voltasse na conversa. — Mas eu estou aqui pra te pedir um favor... — Os olhos verdes brilharam em luxúria, Suigetsu sabia que não poderia vacilar, pois Gaara ainda era irmão de Naruto.
— Já avisando que não vou fazer nada absurdo. — Levantou ambas as suas mãos na altura do ombro, demonstrando resistência ao pedido ainda não feito.
— Depende, se eu te pedir para fazer com que meu irmão sinta mais ciúmes do Juugo como vingança ao que ele fazia comigo e ao Lee, você acharia um absurdo? — Gaara cruzou os braços, olhando nos olhos do Beta que havia ficado realmente surpreso com o pedido do pequeno.
— Uou, não imaginava que você era vingativo... — Suigetsu recuou dois passos, não estava gostando do provável rumo que aquela conversa tomaria.
— Não se preocupe, não vai precisar fazer muita coisa, mas eu quero que ele sinta um pouco do que eu senti. — O ruivo imediatamente olhou para os pés do albino, seus instintos estavam lhe dizendo que ele iria correr. — Tudo bem se você n-
— Suigetsu-san não vai fazer isso. — Lee apareceu atrás de Gaara, que levou um susto ao ouvir sua voz vindo de trás de seu corpo. — Senti uma coisa vingativa em mim e resolvi vim ver o que você estava aprontando Gaara-kun. — Lee desviou de seu namorado e caminhou até Suigetsu, segurando em seu ombro e olhando novamente em Gaara, que virou o rosto emburrado, sabia que escutaria um sermão agora. — Não vamos combater violência com violência, ainda mais quando se trata do seu irmão. — Lee deu dois tapas leves no ombro de Suigetsu.
— Mas o que ele fez com você-
— O que ele fez comigo já está no passado. — Lee se aproximou mais de Gaara, o mesmo havia desfeito os braços e o olhado irritado. — A vida do Juugo pode ficar em perigo, eu e você sabemos disso. — Abaixou sua cabeça ao lado do ouvido do ruivo, sussurrando para que somente ele pudesse escutar sua fala.
— Não pensei nisso... — Gaara se virou de costas irritado, ainda mais que não podia negar o fato de que seu irmão era realmente um descontrolado e que poderia facilmente acabar matando o ruivo sem muito esforço.
— Sinto muito pelo incômodo Suigetsu-san, pode voltar a sua mesa e por favor, esqueça essa conversa. — Seu grande sorriso escondia as verdadeiras coisas que queria dizer ao albino, mas sabia que não podia fazer isso.
— Claro... — O mesmo deu as costas do local ainda sem entender bem o que havia acabado de acontecer. — Tenho um pouco de medo da família Uzumaki...
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— Sasuke. — A porta da sala de aula estava aberta e mais uma vez Juugo estava ali em frente, esperando pelo moreno novamente. — Eu lev-
— Yo Sasuke! — Naruto entrou na frente de Juugo, o sinal havia batido para alertar os alunos de que as aulas já haviam acabado e que era para eles retornarem para suas casas. — Vamos? Você disse que me levaria naquela loja hoje depois da escola. — Naruto caminhou barrando Juugo, pegou a mochila do moreno com apenas um braço, sorrindo com seu rosto próximo ao seu.
— Loja? Que loja? — Hinata olhava ambos ao longe, a voz de Sasuke era medrosa e confusa.
— Ora Sasuke, não se faça de bes-
— Desculpe Naruto, mas eu e o Sasuke já temos compromisso para essa tarde. — Rapidamente a mochila de Sasuke foi tomada das mãos do loiro. — Venha Sasuke, não podemos nos atrasar. — Juugo pegou delicadamente na mão do Uchiha e começou a puxá-lo para fora da sala. Naruto segurou firme no outro braço de Sasuke, olhando fixamente para Juugo, que olhou para trás ao perceber que Sasuke não estava mais andando.
— Solta ele. — Os olhos do Uzumaki permaneciam azuis, mas suas pupilas estavam começando a se afinarem. Naruto também não percebia a força que estava fazendo no braço do Uchiha, ferimentos causados pelos próprios parceiros não refletiam em seus corpos.
— Naruto. — Shikamaru colocou sua mão sobre a mão que segurava o braço fino de Sasuke. — Eu levo você naquela loja. — A atenção do Uzumaki rapidamente voltou ao Nara ao seu lado, que lhe olhava implorando para acabar com aquela situação.
Naruto soltou o braço de Sasuke que foi puxado por Juugo para fora da sala, Suigetsu apenas correu atrás de ambos com sua mochila ainda aberta nas costas. O loiro respirou fundo olhando pra frente, tentando fazer com que suas pupilas voltassem ao normal, Shikamaru parou com o corpo reto ao seu lado, ainda quieto e esperando que o loiro voltasse ao controle de seu corpo.
— Vamos? — Shikamaru ousou dizer algo depois de alguns segundos em silêncio, grande parte dos alunos já haviam ido embora, isso incluía Hinata, que aparentemente foi correndo conversar com alguém.
— Vamos... — Os passos firmes e seu olhar com o cenho franzido demonstrava que ainda estava irritado, provavelmente estava ainda mais irritado com Juugo.
— Karin-san! — Hinata corria do lado de fora da escola, havia avistado a ruiva junto de algumas amigas suas de outras salas.
— Oi Hinata, precisa de alguma coisa? — Karin para e se vira na direção da morena, que para de correr e apoiar ambas as mãos nos joelhos, cansada de tanto correr a sua procura.
— Você tem um minuto? — Arrumou sua postura, olhando para a ruiva que acenou a cabeça.
— Claro, podem ir na frente, eu alcanço vocês. — Karin acenou para as amigas e caminhou junta de Hinata até a lateral do muro da escola, olhando ao redor para que não houvesse ninguém ali para escutar a conversa. — Pode dizer. — Karin mantinha um sorriso fraco no rosto, um sorriso suficiente para confortar a garota a sua frente.
— Qual é a relação do Sasuke-san e do Naruto-kun? — Karin tirou imediatamente o sorriso do rosto e entrou em desespero, a ruiva não sabia mentir e não poderia contar nada a Hinata, havia prometido guardar segredo para Sasuke sobre sua relação com Naruto.
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Alfa no Alfa
FanfictionOmegaverse Um erro, péssimo erro. Não havia percebido que estava mexendo na conta errada, agora estaria tudo arruinado, anos de trabalhos duro jogados no lixo por um erro medíocre. Por mais que corresse, não havia para onde se esconder, mesmo que pu...