— Bom dia. — O buquê de rosas vermelhas ganhou destaque dentre todas as coisas próximas a porta, e dentre as coisas próximas a porta, Kakashi.
— Vai me pedir em casamento de novo? — Iruka voltou sua atenção a seu caderno, estava avaliando as documentações de sua grande escola, não era fácil ser um diretor, era pior ainda quando se era um Ômega solteiro neste cargo.
— A esperança é a última que morre. — O homem alto adentrava a sala, caminhando em direção ao grande vaso branco elegante, que ficava em cima de um pequeno pilar de madeira, próprio para as flores que ele trazia.
— Sabe muito bem que eu não estou interessado em relacionamentos. — Nem mesmo olhou para Kakashi, estava completamente concentrado em seu caderno e em sua papelada bagunçada em cima da mesa.
— Eu sou um homem bem paciente. — Kakashi se senta em uma cadeira em frente à mesa de Iruka. Era intervalo e os professores poderiam comer e descansar por alguns minutos, mas o Alfa fazia questão de ficar na sala de Iruka.
— Quando você ver o Orochimaru, fale para ele vir até minha sala. — Kakashi parou de balançar sua perna ao ouvir a frase, sua sobrancelha havia se curvado em curiosidade. — E eu não quero saber de você ficar me espionando até minha casa, eu sou um adulto e sei muito bem me cuidar. — O mais alto se desmontou na cadeira, bufando longo e quase soltando seu livro no chão.
— Acima de um homem adulto, você é um Ômega e é disso que eu tenho medo. — Kakashi se ajustou na cadeira ao receber o olhar torto de Iruka sobre sua posição que prejudicaria suas costas. — Eu não me preocuparia se, você sabe, você tivesse uma marca... — Kakashi senta novamente na cadeira, apoiando os cotovelos na mesma e lançando seu charme para cima de Iruka que já havia se acostumado com aquilo.
— Não precisa se preocupar, se um dia eu tiver uma marca, ela não vai ser feita por você. — Iruka aproxima seu rosto perto de Kakashi, mas antes que o mascarado pudesse tirar sua máscara e o beijar, ele recua novamente.
— Claro, claro. — Ele volta a sua primeira posição, pernas cruzadas com seu livros em mão, lendo seu livro com a capa completamente preta. — E porquê você quer que eu chame o Orochimaru? Meus filhos vão ser mais bonitos. — Iruka engasga com sua própria saliva, deixando suas bochechas vermelhas e sua expressão de vergonha nítidos.
— COMO!? VOC- — Sua tosse o impediu de continuar a gritar, batia em seu peito com uma leve dor na região.
— Ele é um Beta e você é um Ômega, fora que eu consigo sentir o seu cheiro. — Iruka senta novamente em sua cadeira, completamente sem tosse. Ele olha para Kakashi com sua cara de constrangimento e puxa seu corpo, fazendo a cadeira com rodas voltar para o lugar de antes.
— Saia! — O Ômega abriu uma de suas gavetas e pegou uma cartela de remédio.
— Eu consigo me controlar, eu sou um adulto! — Seu tom irônico fez o moreno ficar ainda mais irritado.
— Você me deixou desconfortável, por favor, saia! — Sem reclamações, Kakashi se levantou e caminhou até a porta, podendo ouvir o barulho do remédio saindo da cartela e sendo engolido. — E não se esqueça de chamar o Orochimaru! — Kakashi bufa forte ao ouvir o nome do Beta mais uma vez, odiava entrar em contato com ele, todos os professores o achavam estranho.
O Alfa caminhava pelos corredores, olhando os alunos espalhados por todos os cantos, podia olhar para qualquer lugar que haveria um aluno ali. Caminhou em silêncio até a sala dos professores, onde encontrou Kurenai e Asuma flertando entre eles e Orochimaru bem distante dos dois, nem mesmo prestando atenção.
— Iruka mandou você me chamar? — Seu olhar afiado foi direto com o olhar de jabuticaba de Kakashi, que se surpreendeu rapidamente.
— Aprendeu a ler mentes? — Kakashi colocou seu livro em cima da mesa e puxou uma cadeira para poder se sentar, já Orochimaru se levantou, arrumando as coisas em sua mesa e caminhando até a porta.
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Alfa no Alfa
FanficOmegaverse Um erro, péssimo erro. Não havia percebido que estava mexendo na conta errada, agora estaria tudo arruinado, anos de trabalhos duro jogados no lixo por um erro medíocre. Por mais que corresse, não havia para onde se esconder, mesmo que pu...